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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

EU, KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA

Brasília: Thesaurus Editora, 2007.  48 p. ilus.

 
Leia os seguintes poemas do livro na seção POESIA ILUSTRADA:

EU KONSTANTINOS KAVÁFIS  DE ALEXANDRIA – I
EU KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA – II
EU KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA – III
YO, KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA –
VI

YO, KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA – VIII
EU KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA – IX
EU KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA – X
EU KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA – XI
EU KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA –XII

YO, KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA – XIII

EU, KONSTANTINOS KAVAFIS DE ALEXANDRIA - XIV

 

Konstantinos Kaváfis —Kωνσταντίνος Πέτρου Καβάφης —, (1863-1933) nasceu e morreu em Alexandria, cidade egípcia que o fascinava  e o desesperava. Pequena, mítica, parte da história seminal dos povos do Mediterrâneo. Descendente  de gregos, viveu no confronto com outras culturas sobreviventes, sob o protetorado inglês. Estudou na Inglaterra em sua adolescência e juventude, anos certamente decisivos para a sua formação intelectual e liberal, não obstante as diferenças com o conservadorismo e o moralismo vitorianos.

Paralela à sua iniciação na literatura, entregou-se à vida amorosa clandestina e desregrada, de que são testemunhos os extraordinários poemas que deixou e que sobreviveram, já que ele resistiu à publicação em vida. Poesia ora sensual ora de ensejo histórico, mas sempre numa linguagem concisa, sem retórica e, não raras vezes, anti-lírica, pós-simbolista.


Meu contato com a poesia de Kaváfis é de décadas, desde que adotei a língua castelhana, pois os meus conhecimentos de grego não me habilitam para uma leitura proveitosa dos originais. Só recentemente é que descobri as excelentes traduções de José Paulo Paes ao nosso idioma. E a este grande tradutor e poeta devo o enorme prazer da leitura de “Konstantinos KaváfisReflexões sobre a poesia e ética” (São Paulo: Editora Ática, 1998) que descobri, por acaso, em um sebo de Campo Grande, MS. Da leitura das “Reflexões” —escritas entre 1902 e 1911—, no quarto de hotel por causa da convalescença de uma súbita crise de saúde que me acometeu, veio a idéia de escrever este longo poema, que comecei antes mesmo de completar a leitura do texto.  Felizmente, não tinha ao meu alcance os poemas de Kaváfis, salvo alguns fragmentos contidos na referida obra.

Não pretendi jamais imitar o estilo do autor. Quis, tão-somente, transformar as idéias e impressões do poeta sobre sua vida e sua poesia, em um texto poético. Recurso estritamente literário, de risco. O recurso intertextual foi inevitável porque Kaváfis, mesmo na prosa, conserva seu estilo conciso e eminentemente poético, fugindo do tom descritivo e da pura especulação filosófica. As reflexões conservam o tom confessional e poético porque, o poeta não pretendeu jamais separar-se de sua obra, apesar de perguntar-se: “Não mente sempre a Arte? E não é quando mente mais que ela se revela mais criativa?” Criador e criatura se confundem.

Escrevi este poema em transe. Jamais no sentido mediúnico, que está fora de meu universo de idéias. Quis apenas verter as reflexões kavafianas e meus entendimentos de sua ousada, admirável e singular personalidade, que pulsa em seus escritos.

 

Que minhas palavras não sejam em vão.

E não descuido em proferi-las

para o triunfo de minhas idéias.

Mesmo que não surtam efeito imediato.


”O que eu disse não foi em pura perda.”  KK

 

 

 

(Campo Grande, MS, Brasil, 18-19 dezembro 2006) 

 

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COMENTÁRIOS

 

“Porém, “Konstantinos...’ ainda voa mais alto. A sua uniformidade de sabor tão grego, a originalidade são amplamente conseguidas: “sou um grego apaixonado pela forma/ disposto a absorvê-la e a possuí-la”, “Banalidades e seriedades se esvaem/só o que é belo sobrevive e redime”, ou como decisivo final beethoviano; “Levo séculos corroendo os alicerces/ deste mármore impostor / e o meu orgulho sobriviverá”. (...) ‘Antonio Miranda: Kaváfis é uma obra prima”. Poeta VASCONCELOS SOBRAL. Queluz, Portugal, set. 2007.

“Li o primeiro [Eu, Konstantinos Kaváfis de Alexandria] no próprio dia 19, voltei a lê-lo no dia 20, criação fascinante de uma invulgaridade extrema que me apaixonou. (...) Poesia clara como água cristalina, difícil como a cristalinação da água. Muito lhe agradeço me ter dado tanta beleza. No XIV do Konstantinos, por exemplo. É fascinante!”  ARTUR DE VASCONCELOS SOBRAL, Queluz, Portugal. 23/8/2007.
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Grande Antonio Miranda:

Também grande poeta. Tanto que estou re-lendo o Konstantinos, poema cujos meandros sublimam a existência em nome da grandeza humana. Além do mais, poesia verdadeira.

JORGE TUFIC, Fortaleza, Ceará, jun. 2007.

 

Meu caro Antonio Miranda,

        obrigado pelo belo livro,  que já li e de que muito gostei.É dos que ficam nas minhas estantes. Abraço e cumprimentos do Gilberto Mendonça Teles. Rio de Janeiro, jun. 07

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“Chegando de férias, encontrei seu magnífico Eu, Konstantinos Kaváfis de Alexandria. Apesar de conhecer bem os poemas dele, pude aprender e apreender mais lendo você/Konstantinos. Esses exercícios intertextuais geralmente acabam em bons livros, como o seu. (...) se KK lesse seu livro, eataria certo de que o que disse não foi pura perda.  RITA MOUTINHO, poeta, lexicógrafa. Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, 24/5/2007


 

“É bem diverso o trabalho de Antonio Miranda quando se debruça sobre a poesia do grego Konstantinos Kaváfis (1863-1933). Em Eu, Konstantinos Kaváfis de Alexandria (Brasília: Thesaurus, 20070, Miranda não faz um tradução, no sentido próprio do termo: elabora um longo poema inspirado na obra poética de Kaváfis, em quatorze partes sem título, numeradas à romana, e escrito na primeira pessoa do poeta grego. Confessa não ter pretendido imitar o estilo do autor, e sim “transformar as idéias e impressões do poeta (...) em um texto poético”. O que importa, no caso, é verificar se conseguiu produzir um texto que lembrasse o poeta grego, e em que grau ou profundidade o obteve.  Pode-se dizer que logrou o que pretendia, o texto de Miranda compõe um belo poema, partindo de certas constantes ou características da poesia de Kaváfis, inclusive assumindo  uma posição antilírica que lhe é própria, sobretudo quando foge ao tom descritivo e de pura especulação filosófica do autor grego. O trabalho de  Miranda é importante por dar uma boa idéia da poesia de Kaváfis, tão pouco divulgado entre nós.” 

FERNANDO PY, na seção LITERATURA da Tribuna de Petrópolis, 20-04-2007.

 

 

Escrevo para agradecer a você pelo envio do primoroso
EU, KONSTANTINOS KAVÁFIS DE ALEXANDRIA

Ou devo dizer KONSTANTONIOS KAVÁFIS DE MIRANDRIA?
ALVES DE AQUINO =
O Poeta de Meia-Tigela  - Fortaleza, CE, 20/01/2016


 

 

 

 
 
 
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