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OSWALD DE ANDRADE em Português y Español See also: POEMS IN ENGLISH
Vejam: A POESIA PARA OS POETAS – sobre a poesia de OSWALD DE ANDRADE fragmento de ensaio de GILBERTO MENDONÇA TELES - ENSAIOS
Vejam: MODERNISMO : TRADIÇÃO E RUPTURA, por IVAN JUNQUEIRA, ensaio extraordinário (!!!) publicado originariamente na revista POESIA SEMPRE, da Fundação Biblioteca Nacional, em 1993. IMPERDÍVEL. Inclui texto sobre o poeta OSWALD DE ANDRADE: http://www.antoniomiranda.com.br/ensaios/modernismo_tradicao_e_ruptura.html
MANIFESTO DA POESIA PAU-BRASIL [1924] por OSWALD DE ANDRADE MANIFESTO ANTROPÓFAGO por OSWALD DE ANDRADE Nasceu e faleceu na cidade de São Paulo, onde participou dos movimentos literários que mudaram a cultura brasileira de seu tempo. O Movimento Modernista (iniciado oficialmente em 1922, que não guarda relação com o modernismo latino-americano), foi demolidor de tradições européias desgastadas e instaurador de estéticas libertadoras dos formalismos repetitivos, além de buscar elementos nacionalistas e populares na sua composição. Participante do Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1925) e escreveu obras importantes na prosa e no ensaio. Mais conhecido como polemista, também foi um poeta original e criativo, a começar por seu Primeiro Caderno do Aluno de Poesia O. de A. (1927). “E assim nasceu uma poesia nacional que, levantando as tarifas da importação, criou uma indústria brasielira. / É certo que houve algum contrabando europeu, mais ou menos disfarçado, mas deu aos poetas novos a esperança de viverem sobre si, à custa do trópico, sem adaptações escandalosas. / Eis o serviço que ele prestou, sorrindo, e que provalvelmene não sabia tê-lo prestado. / Atirou no que viu e matou o que não viu”. JOÃO RIBEIRO
... e parecem ignorar que poesia é tudo:
jogo, raiva, geometria, assombro, maldição e pesadelo mas nunca cartola, diploma e beca.
OSWALD DE ANDRADE
Miolo desentranhado de conferência proferida no Museu de Arte Moderna de São Paulo, 19/03/1949
3 DE MAIO Aprendi com meu filho de dez anos Que poesia é a descoberta Das coisas que eu nunca vi
3 DE MAYO Aprendí con mi hijo de diez años Que la poesía es el hallazgo De las cosas que nunca ví
ERRO DE PORTUGUÊS Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio teria despido O português
ERROR DE PORTUGUÉS Cuando el portugués llegó Bajo una lluvia Vistió al indio ¡Qué pena! Fuera una mañana de sol Y el indio habría desnudado Al portugués
(Traducciones de Kori Bolivia) Extraídos de Poetas portugueses y brasileños de los simbolistas a los modernistas/ Organización y estudio introductorio de José Augusto Reabra. Buenos Aires: Instituto Camões; Brasilia: Thesaurus, 2002)
DITIRAMBO
Meu amor me ensinou a ser simples Como um largo de igreja Onde não há nem um sino Nem um lápis Nem uma sensualidade
DITIRAMBO Mi amor me enseñó a ser simple Como un atrio de iglesia Donde no hay ni una campana Ni un lápiz Ni una sensualidad.
SECRETÁRIO DOS AMANTES I Acabei de jantar um excelente jantar 116 francos Quarto 120 francos com água encanada Chauffage central Vês que estou bem de finanças Beijos e coisas de amor
II Bestão querido Estou sofrendo Sabia que ia sofrer Que tristeza este apartamento de hotel
III Granada é triste sem ti Apesar do sol de ouro E das rosas vermelhas
IV Mi pensamiento hacia Medina del Campo Ahora Sevilla envuelta en oro pulverizado Como una dádiva s mis ojos enamorados Sin embargo que tarde la mia
V Que alegria teu rádio Fiquei tão contente que fui à missa Na igreja toda a gente me olhava Ando desperdiçando beleza Longe de ti
VI Que distância! Não choro porque meus olhos ficam feios.
I 116 francos Cuarto 120 francos con agua corriente Calefacción central Ves que estoy bien de finanzas Besos y cosas de amor
II Bestia querida Estoy sufriendo Sabia que iba a sufrir Qué tristeza este apartamento de hotel.
III Granada sin ti A pesar del sol de oro Y de las rosas rojas.
IV Mi pensamiento hacia Medina del Campo Ahora Sevilla envuelta en oro pulverizado Los naranjos salpicados de frutos Como una dádiva a mis ojos enamorados Sin embargo qué tarde la mía
V Qué alegría tu cable Quedé tan contento Que fui a la misa En la iglesia todos me miraban Ando desperdiciando belleza Lejos de ti. s
VI ¡Qué distancia! No lloro Porque se me ponen feos los ojos
Traducción de Jaime Tello. Extraído de Cuatro Siglos de Poesía Brasileña. Caracas: Centro Abreu e Lima de Estudios Brasileños; Instituto de Altos Estudios de América Latina/Universidad Simón Bolívar, 1983.
De A partir del original publicado en Portugués (París, 1925).
CARNAVAL
Nuestra Señora de las Murgas Evohé Protectora del Carnaval en Botafogo Madre del bando victorioso En las pugnas de Momo Auxiliadora de las artísticas labores De la barraca Patrona del libro de oro Protege a nuestro querido artista Pedrinho Como lo llamamos en la intimidad Para que el brillante cortejo Que vamos a someter a la consideración Del culto pueblo carioca Y de la Prensa Brasileña Acérrima defensora de la Verdad y de la Razón Sea el más lujoso moderno y original Y tenga el veredicto unánime En la gran batalla Que dentro de pocas horas Trabarán las huestes aguerridas De la Risa y de la Locura
En la Avenida
La banda de clarines Anuncia con sus clangorosos sonidos La aproximación del impetuoso cortejo La comisión presidencial Compuesta Por distintos caballeros de la buena sociedad Rigurosamente trajeados Y montando fogosos corceles Pide permiso sombrero en mano 20 niños representando avispas Constituyen la guardia de honor
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BIBLIOTECA NACIONAL
A Criança Abandonada O doutor Coppelius Vamos com Ele Senhorita Primavera Código Civil Brasileiro A arte de ganhar no bicho O Orador Popular O Pólo em Chamas
RECLAME
Fala a graciosa atriz Margarida Perna Grossa
Linda cor — que admirável loção Considero lindacor o complemento Da toalete feminina da mulher Pelo seu perfume agradável E como tônico do cabelo garçone Se entendam todas com Seu Fagundes Único depositório Nos E. U. do Brasil
PROCISSÁO DO ENTERRO
A Verônica estende os braços E canta O pálio parou Todos escutam A voz na noite Cheia de ladeiras acesas
EPITÁFIO
Eu sou redondo, redondo Redondo, redondo eu sei Eu sou urna redond'ilha Das muiheres que beijei
Por falecer do oh! amor Das muiheres de minh'ilha Minha caveira rirá ah! ah! ah! Pensando na redondilha
======================================================== De POESIAS REUNIDAS O. ANDRADE Um prefácio de Paulo Prado Ilustrações de Tarsila, de Lasar Segall e do Auor São Paulo: Edições Gaveta, 1945. 172 p. Edição de 180 exemplares em papel Buffon, numerados e assinados pelo autor e de 20 exemplares em papel Méca Creme, marcados de "A" a "T", contendo cada um uma ponta-seca original de Tarsila. Contém os livros Pau Brasil (1925), Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade (1942), Cântico dos Cânticos para Flauta e Violão (1942) e "alguns poemas menores". Exemplar na coleção A.M. : n. 131.
o fera
pronominais
música de manivela
[Ortografia atualizada para esta página.]
ANDRADE, Oswald de. Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade; coordenação editorial Jorge Schwartz e Gênese Andrade. 1ª. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. 20,5X26 cm. ilus. Edição fac-similar. Inclui o folheto com 22 p..: “Sobre o Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade” com os textos: “A infância do mau selvagem — Manuel da Costa Pinto”; “Oswald, livro livre” — Augusto de Campos” e “Leituras recomendadas”. Edição protegida por um envelope de cartolina. ISBN 978-85-359-29294-2 Obs. No colofão da obra original consta que a edição foi de 299 exemplares “em papel ordinário” e um exemplar de luxo para Tarsila do Amaral, capa e páginas ilustradas com desenhos do Autor, impressão no dia 25 de abril de 1927 numa tipografia paulista. Exemplares numerados.
Bem cuidada edição industrial, reproduzindo esta obra bibliográfica do nosso Modernismo, acessível ao público contemporâneo em livrarias e pela internet — www.companhiadasletras.com.br e também pelos sites da Livraria Cultura e Estante Virtual —, da qual reproduzimos um dos poemas:
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Imagem extraída de DIAS-PINO, Wlademir. A lisa escolha do carinho (Rio de Janeiro: Edição Europa, s.d. HADAD, Jamil Almansur, org. História poética do Brasil. Seleção e introdução de Jamil Almansur Hadad. Linóleos de Livrio Abramo, Manuel Martins e Claudio Abramo. São Paulo: Editorial Letras Brasileiras Ltda, 1943. 443 p. ilus. p&b “História do Brasil narrada pelos poetas. HISTORIA DO BRASIL – POEMAS DESCOBRIMENTO DO BRASIL A TERRA
GANDAVO
HOSPEDAGEM
SISTEMA HIDROGRÁFICO
FREI VICENTE DO SALVADOR
PAISAGEM Cultivam-se palmares de cocos grandes, Hu certo animal se acha também nestas partes
(PAU BRASIL – Edição Sans Pareil” 1924 –Paris) * VEJA E LEIA outros poetas do SÃO PAULO em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sao_paulo/sao_paulo.html
Página publicada em outubro de 2021
Página ampliada e republicada em junho de 2009; republicada em março 2010. Ampliada em março de 2018. Ampliada em junho de 2018
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