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   Fonte: meldomelhor.blogspot.com  RÉGIS  BONVICINO   nasceu na cidade de São Paulo, em 25 de fevereiro de 1955.  Formou-se em Direito pela USP, em 1978. Trabalhou como articulista do jornal Folha de S. Paulo e de  outros veículos até ingressar na magistratura, em 1990. É casado, desde 1992,  com a psicanalista Darly Menconi e tem três filhos: João, 27, Marcelo Flores,  20, e Bruna, 14. Seus três primeiros livros, Bicho  papel (1975), Régis  Hotel (1978) e Sósia  da cópia (1983) foram por ele mesmo editados. Hoje, estão reunidos  no volume Primeiro tempo (Perspectiva, 1995). Entre suas participações em leituras de poesia destacam-se  as atuações em Buenos Aires (1990); Miami (Miami Book Fair, 1992); Copenhague  (1993); na III Bienal Internacional de Poetas em Val-de-Marne (1995), fazendo  leituras em Paris (Maison de La Amerique Latine) e Marselha (Centro  Internacional de Poesia); Berkeley (1996), com Michael Palmer, e na San  Francisco State Universty. Em 1998, apresentou-se com Charles Bernstein no  Segue Performance Foundation, de Nova York; no ano de 1999 esteve em Santiago  de Compostela, na Universidade de Santiago. Fez leituras em Iowa City (2000),  com Michael Palmer, e em Chicago; participou do IV Encontro Internacional de  Poetas de Coimbra (2001). Destaca-se ainda sua participação na Feira do Livro  da Cidade do México (2004). Seu trabalho está traduzido para o inglês,  espanhol, francês, chinês, catalão, finlandês e dinamarquês.
 Entre 1975 e 1983, dirigiu as revistas de poesia Qorpo Estranho – com três números –, Poesia em Greve e Muda. Fundou, em 2001, e  co-dirige, ao lado de Charles Bernstein e Alcir Pécora, a revista Sibila ( http://www.sibila.com.br),  publicada atualmente pela Martins Editora.
 Extraído de  http://www.regisbonvicino.com.br/autor.htm Página recomendada por TT  Catalão.
 VEJA  TAMBÉM transcriação de  Régi Bonvicino  em>> TRANSCRIAR. Org. Julio Plaza. See more poems of this poet in PORTUGUESE & in  ENGLISH >   TEXTOS EM PORTUGUÊS  / TEXTOS EN ESPAÑOL 
                     ============================= BONVICINO, Régis.  Estado  crítico.  São Paulo, SP: Hedra, 2013.  114 p.14x21 cm. Capa:  Marcos Cartum.   ISBN 978-85-7715-185-1  “ Régis Bonvicino “ Ex. bibl. Antonio Miranda   «Régis Bonvicino é uma espécie de  flâneur do século xxi, um poeta lírico baudelairiano na era do capitalismo terminal,  cujas duras narrativas do dia a dia e o uso recorrente de material da cultura  popular seriam apenas  requintados se não  fossem, antes, descargas distópicas a infiltrar-se no próprio tecido prosódico.  Seja como for, vão contra todas as expectativas, talvez apesar delas. Os poemas  de Estado Crítico são requintados,  oblíquos eestranhamente prescientes em sua luta feroz com a vida.»   CHARLES BERNSTEIN       Poema claro   Metido num sleeping bag  sobre a grade do respiro do metro  manhã de sol, motores, passos  o alarme do carro dispara   antenas no topo dos prédios  o semáforo fecha, abre  copos furados de plástico  o cheiro da canela, suave,   destroçada pela chuva de verão deitado, em si, sem qualquer assédio um edifício verde de vidros opacos   se ergue inerte, sem elo, uma flor tardia do cedro cai na grade sol  alto, puro ego.     Pistas  (2)   Na calçada o mendigo  mãos na cabeça   o motor do viaduto atormenta  atrito dos pneus na pista   ninguém perde o sentido  andando como barata tonta  o cadáver de.um rato  enigma   ruídos refletidos  na parede do túnel  o crânio de um arcanjo  urubu grafítado   na cabeça do craqueiro  talvez a solução seja  colar o adesivo  "Jesuscristo es mi  manager"       DeRégis Bonvicino
 ATÉ AGORA
 São  Paulo:Imprensa Oficial, 2010.
 559 p. ISBN  978-85-7060-931-1
            Régis Bonvicino é um polígrafo de  produção constante. Poesia, crítica, tradução. Além da assiduidade na web como  animador cultural. Entre as ediçções menos convencionais estão as plaquetes, um  poema coletivo (uma espécie de renga sem regra, poliglota) e até poesia  infantil. Organiza antologias, participa de antologias e tem suas próprias  antologias, em português, espanhol, francês  e inglês. Acaba de sair, pela Imprensa Oficial  do Estado de São Paulo, um volume com a poesia produzida "Até  Agora".  Régis nasceu em 1955 e está  com 55 anos de idade, ou seja, em plena maturidade, todavia jovem e produtivo. 
 Na  ordem cronológica inversa, Até Agora inclui  suas edições  de 2007 (Página Órfã) até o início de sua  carreira poética em 1975, de sua obra de estréia Bicho papel, publicado quando entrava nos vinte anos.
          O posfácio "Significando o fazer,  até agora: a palavra poética de Régis Bonvicino" é de João Adolfo Hansen,  professor de Literatura Brasileira da USP. Revela:           "Bonvicino pensa as palavras materialmente: são a matéria a que aplica  dissoluções calculadas que evidenciam, nas deformações e incongruências, a  intencionalidade  do ato poético,  demonstrando que a naturalidade com que o leitor as recebe e entende como  imagens é convenção arbitrária, entre outras, de hábitos herdados" (p.  551). (...) "O processo chama-lhe a  atenção  para o próprio movimento da  leitura feita como (de)composição de restos de significação sem direção  predefinida que o esvazia na materialidade e como materialidade do  processo" (p. 552).  Mais  adiante, arremata: "Essa inquietude  antiunitária de uma consciência lucidamente aplicada à dissolução de imagens é  eficaz como evidência da materialidade do artifício retórico (de) construtivo  da forma" (p .553).            Só mesmo indo aos poemas para entender a  construção/desconstrução na poética de Bonvicino, que exige releituras, adverte  o prefaciador. A seguir, dois poemas: o primeiro do último livro e o último do  primeiro livro. Trinta e cinco anos entre um e outro, agora no meio do  caminho...           Régis Bonvicino recebeu o  Prêmio Jabuti de Poesia de 1991 e tem uma  parceria com Charles Bernstein na criação e  manutenção da revista Sibila, agora exclusivamente eletrônica (http://www.sibila.com.br).      Para Darly
 À maneira de Creeley
 Nada para um homem sujo
 só água numa cuba
 sequer um olhar
 
 mãos sujas
 aroma de
 amantes talvez
 
 ou além
 alguma coisa como areia
 para esfregar
 
 com os dez dedos e ter
 ao cabo —
 o corpo dessa mulher
   Sem título (5)
 Mudar
 Se
 A
 Coisa
 São
 Não
 Homens
 Que
 Pensam
 Homens
 
 Homens
 Pensam
 Que
 Homens
 São
 Coisa
 A
 Se
 Mudar
  ===================================================== De Régis  BonvicinoREMORSO DO COSMOS
 (de ter vindo ao sol)
 JUNHO DE 1999 - ABRIL 2003
 São Paulo: Ateliê Editorial,2003
     MAKE  IT  NEW                        Serviram-me  veneno à mesa                    sanha  de “mentes tacanhas”                    Apaguei  da cabeça                    qualquer  idéia de vário                      E  me tornei (eu) mesmo                    vítima  do menosprezo?                    no  final do século                    nada  além                      de  pegar cigarros do maço                    levar  o garfo à boca                    ir  e vir etc                    (Hoje,  alguém em mim que eu desprezo)                                                                              para  a Darly       CANÇÃO (8) (TRADIÇÃO BRASILEIRA)                        Pária,  minha língua,                    manifesto  engano                    denuncia-se  outro:                    esta  fiel canção                      que  seduz e o tom                    encanta,  esmagando                    o  verbo recôndito                    o  que chama e traz                        além  de evidências                    da  compra e da venda?                    Acorda-se,  em frases                    diaadia  e sempre                      a  luz que atrai, não                    sobrevive  à estrela?                    inópia  hipnótica                    de  anúncios e letras       MÚSICA                        Dias  de agonia e pus                    (um  silêncio ininterrupto)                    na  cama, entre os fios,                    meu  pai morreu muito       SUOR                      O  mar o mormaço o meio-dia                    um  cão se delicia                    nas  ondas do mar                    verde,  a mata                      verde  avança                    no  rochedo                    o  esqueleto de um peixe                    na  areia da praia                      a  brisa                    o  que tenho a dizer?                    o  que ela diz                    o  rouco marulho das ondas                    sim                    e  nada além de ser                                                                   Trindade,  1/2003       QUARTO POEMA (Canalha densamente canina)   Flores exalam medo, cólera de cor, magnólias exalam silêncio tulipa intimidada,   o idioma dos medos folhas caducas das calêndulas sem janeiro remorso do cosmos   de ter vindo ao sol a rosa e seu perfume, seco sombra   apavorada de begônia azul de hortênsia, visgo arredio, tenso   crisântemo em pânico pétalas vermelhas do rododendro trêmulas não do vento     NO BECO DO PROPÓSITO   a estrela desaproveita o sol queima lâmpadas à noite o flamboyant entrando no telhado da casa da esquina   tem favas pretas, & semente, manhã azul pétalas vermelhas de vênus no muro,   o arbusto se ergue, esguio, da pedra como vulto um cão, de passagem, rói um osso os cravos cheiram muito   para a Bruna Paraty, 12/7/2000       COM A BRUNA (ela aos 8 anos)   Ao atravessar o parque folhas sob os pés pisando, em mim, o outono    ABSTRACT (2)  Gaivotas caindo na águaem Niagara, verde.
 Esgotam-se os dólares.
 Um homem dormia num vão
 numa esquina da Lexingtonna calçada
 da Collaborative High School –
 School of the Future –
 entre a porta de vidroe as telas de arame,
 caixas de papelão,
 uma espécie de abrigo
 (cigarros pisoteados),“Visitors: no trespassing”
 Ele não obedeceu ao aviso
 Em Manhattan, só o rato é democrático /9/2002            VARIAÇÃO HORACIANA  O esqueleto do morcego é um dejetoInóbvio
 Diante do espelho
 Avança
 Sob a pele
 Do meu próprio
 Esqueleto de morcegoDejeto inóbvio
 Diante do espelho
 Avanço
 Sob a pele
 Do meu próprio
 
 
 QUASE  Em mais uma troca oca de mim para mim mesmo entretanto oscilei e o silêncio revidou   subi um degrau reverso visível como que num encanto sapos no estômago   ratos nas entranhas pus na medula Duro como ferro e inexpresso   cavei um espaço no mármore um bálsamo não me alçou emérito despedido   o sol do dia finalmente me persuadiu à tarde, no Jardim Botânico Poesia Pura,   Floribunda, haste com espinhos – vermelha, branca rosíssima, como flor      O QUARTO   o quarto cheio de espelhos partidos   os cacos de vidro apinhados no cérebro   l perseguem sonhos cortam na hora do sexo            De Más companhias, 1987     NOS INTERSTÍCIOS   delírios-contra, utopias-pré, abismos   entre-signos  mortos  nos sentidos   étimos que se repetem, sonhos-des, que alguém-dis,   nos interstícios                        De 33 poemas, 1990     MORREU-ME   Morreu-me o visto como palavra,  luminosidade intercalada  pelo raio entre os azuis  com os trovões   Eis-me aqui por dentro: o que captei  fez com que eu perdesse um de meus centros   Um peso oco soa na cabeça como um lamento De Outros poemas, 1993
     VARIAÇÕES   Casa de asa da noite  Que pode ser a morte  outro destempo ímóvel  marés da lua incógnitas  eco das ondas. Morta  a podre língua amante  e seus ramos de sombra  Até que se abra a porta            De Ossos de borboleta, 1996       Extraído  de:  COSTA,Horácio, org.  A  Palavra poética na América Latina. Avaliação de uma geração.   São Paulo: Memorial da América Latina, 1992.   272 p. (Cadernos de Cultura)  14x21 cm   Capa: Mario Cafiero. ISBN  85-85373-04-0   Col. A.M.    Tão difícil quanto   tão  difícil quanto ver  o sol no inverno, ver  anjos no inferno, ser  moderno   tão  difícil quanto ver  a lua de manhã, eva  não morder maçã, ter  a mente sã   tão  difícil quanto um  leão viver de nabos, achar  lá em asno, fugir  do diabo   tão  difícil quanto o  dia voltar à véspera, saber  o que interessa, mudar  de planeta    De: 33 Poemas, 1990.       ATLAS Almak 88.  São  Paulo: 1988.  144 p.  31x43 cm. Ilus. col.  Capa: Arnaldo Antunes, Zeto Borges, Zaba  Mareau.  Editores: Arnaldo Antunes, Beto  Borges, G. Jorge Jorge, João Bandeira, Sérgio Alli, Walter Silveira, Zaba  Moreau.  Inclui poesia visual, arte  visual e gráfica de poetas e artistas do período, entre eles Arnaldo Antunes,  Duda Machado, Augusto de Cam,pos, Leon Ferrari, José Lino Grunewald, Décio  Pignatari, Hélio Oiticica e muitos outros!!! Tiragem: 1500 exs. Capa dura.          TEXTOS  EM ESPAÑOL   DeRégis Bonvicino
 Poemas [1990-2004]
 Selección y organización de Odile Cisneros y  Rodolfo Mata.
 Presentación de Eduardo Milán.
 México DF: Alforja; Conaculta; Fonca, 2006.                169 p.
     Donde   Donde yo  escribo está el  ruido de  basura de la ciudad después de  recogida siendo  triturada   hay una  lámpara  una  cómoda  con  espejo  y una  cama  sin  hacer   el otoño  está próximo  la  ventana cerrada   un  cansancio súbito  toma  cuenta de las palabras.                 Traducción: Reynaldo Jiménez     Siempre   Siempre  en frente  y  vice-versa   el sol  el  horizonte la línea  recta   Dromedários  cuadrados  son  círculos  con ángulos   Cabeza  del mar  la isla  brilla  triángulo   Negro  rojo  azul  blanco   bajo la  forma  dei  rombo   Días en el  cuarto dias en rectángulos   El punto  cerrado  círculo  tan  íntimo  de si               Traducción: Odile Cisneros   *********************   POEMAS DE REMORSO DO COSMOS     CUARTO POEMA (Canalla densamente canina)   Las flores exhalam miedo cólera de color, las magnolias exhalam silencio tulipán intimidado,   lenguaje de miedos hojas caducas de las caléndulas sin enero culpa del cosmos   de haber visto el sol la rosa y su perfume, seco sombra   pavorida de begonias azul de hortensias trampa distante, tensa   crisantemo en pánico pétalos rojos del rododendro trémulas no del viento      EN BECO DO PROPÓSITO   La estrella desaprovecha el sol quema las lámparas de noche el flamboyán entrando en el techo de la casa en la  esquina   hay habas negras, & semillas, mañana azul pétalos rojos del hibisco en la pared,   el arbusto se yerge, delgado, de piedra como rostro un perro, de paso, roe un hueso los claveles huelen bien   para Bruna Paraty, 12/7/2000       CON BRUNA (ella a los 8 años)   Al atravesar el parque hojas bajo los pies pisando, en mí, el otoño      ABSTRACT (2)   Gaviotas cayendo en el agua en Niágara, verde. Se se agotan los dólares. Un hombre en un hueco   en una esquina de Lexington en la acera de la Collaborative High School – School of the Future –   entre la puerta de vidrio y las telas de alambre cajas de cartón, una especie de refugio   (cigarro pisoteados), "Visitors: no trespassing" Él no obedeció la señal     En Manhattan, sólo las ratas son  democráticas   13/9/2002     VARIACIÓN HORACIANA   El esqueleto del murciélago es un desecho Inobvio Delante del espejo Avanza Sobre a piel De mi propio   Esqueleto del murciélago Desecho inobvio Delante del espejo Avanzo Sobre la piel De mi propio      CASI   En un hueco trueque más de mí a mí mismo mientras tanto oscilé y el silencio replicó   subí un escalón reverso visible como en un encanto sapos en el estómago   ratas en las entrañas pus en la médula Duro como hierro e inexpreso   cavé un espacio en el mármol un bálsamo no me alzó emérito despedido   el sol del día finalmente me persuadió de tarde, en el Jardín Botánico Poesía Pura,   Floribunda, tallo con espinas – roja, blanca rosísima, como flor    =======================================================================   TRADUÇÕES DE ADOLFO  MONTEJO NAVAS      LA HABITACIÓN   la habitación  llena de espejos  partidos   los pedazos de vidrio apiñados en el cerebro   persiguen sueños cortan en la hora del sexo                      De Más companhias, 1987     EN LOS INTERSTICIOS   delirios-contra, utopías-pré, abismos   entre-signos muertos en los sentidos   étimos que se repiten, sueños-des, que alguien-dis,   en los interstícios                      De 33 poemas, 1990     ME MURIÓ   Me murió lo visto como palabra,  luminosidad intercalada  por el rayo entre los azules  con los truenos   Heme aquí por dentro: lo que capté  hizo que perdiese uno de mis centros   Un peso hueco suena en la cabeza  como un lamento            De Outros poemas, 1993     VARIACIONES   Casa de ala de la noche  que puede ser la muerte  otro destiempo inmóvil  mareas de la luna incógnitas  eco de las olas. Muerta  la podridalengua amante  y sus ramos de sombra  Hasta que se abra la puerta            De Ossos de borboleta, 1996     *De Correspondencia celeste. Nueva poesía brasileña  (1960-2000). Introducción, traducción y notas de  Adolfo Montejo Navas.  Madrid: Árdora Ediciones, 2001 – Obra publicada com  o apoio do Ministério da Cultura do Brasil.     *Nota: o tradutor Adolfo Montejo  Navas é amigo comum nosso com Wagner Barja, e o convidamos a participar da  exposição OBRANOME 2 no Museu Nacional de Brasília, durante a I Bienal  Internacional de Poesia de Brasília 2009. Montejo Navas prometeu-nos suas  traduções ao castelhano e só na Espanha, em viagem, é que conseguimos os  originais que estamos divulgando parcialmente no nosso Portal de Poesia  Ibeoramericana, com os agradecimentos.                      TEXTO EM PORTUGUÊS  -   TEXTO EN ESPAÑOL   BONVICINO, Régis.  ENTRE.  Projeto gráfico: Luzia Teles e Tarso M. de  Melo. Idealização do volume (n. 11 por Fabiano Calixto)  Santo André, SP: Fabricando Ideias,  1998.  38 exemplares.   Textos emPortuguês e Espanhol                             Ex. bibl. Antonio  Miranda
 ENTRE, DE Régis Bonvicino, encontra-se no livro "Ossos de  borboleta" (Editora 34, SP, 1996), publicado originalmente na antologia  bilingue "Desencontrarios/ Unencontraries" (Assoc. Cult. Avelino Vieira, PR,  1995).
     ENTRE
 entre motores
 e ruídos
 (pio
 dissonante
 
 e seco
 estilhaço)
 o vôo do pássaro
 cria
 
 uma nova hipótese
 de espaço
 
   TEXTO EN FRANÇAIS1/ ESPAÑOL2 / ENGLISH3:Tradução de Inês Oseki-Dépré1,  FRANCISCO  CALIXTO2,
 DANA STEVENS3
                                    FRANÇAIS1                          ENTRE 
 entre  moteurs
 et  bruits
 (trille
 dissonante)
 
 et  sec
 debris)
 le  vol de l´oiseau
 crée
 
 une  nouvelle hypothèse
 d´espace
 
                                    ESPAÑOL2
 
 ENTRE
 
 entre motores
 y  ruídos
 (pio
 disonante
 
 y  seco
 astillazo)
 el  vuelo del pájaro
 crea
 
 una  nueva hipótesis
 de  espacio
                                    ENGLISH3                           AMONG
 among motors
 and  noises
 (dry
 chirp
 
 and dissonant
 splinter)
 the  bird´s flight
 creates
 
 a  new hypothesis
 o  space
     *Página publicada em  Janeiro de 2023
 
   
   Página amplliada e republicada em junho de 2009   |