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WAGNER BARJA

(2)

Brasil

 

 

ver também WAGNER BARJA 1

 

 

AKD-MICO

(1986)

 

 

Roland Campos, em seus "Instantâneos da poesia visual brasileira" faz uma leitura de AKD-MICO, que ele considera um poema-rébus perfeito, uma instalação que critica ferinamente o establishment artístico ao colocar, atrás de um vidro, bananas formando as letras AKD e, junto a elas, um mico que as devora e desorganiza, deformando o modelo estabelecido. E Sarja ri do próprio incômodo que cria, ao colocar atrás de outro vidro, um segundo mico, comendo por sua vez as banana-letras POLE, carnavalizando a própria polêmica ao criar esta obranome que filia Barja "à estirpe da poesia visual em que a carga e significados é aportada por meio de um conluio do verbal com o não-verbal. No caso, com acréscimos de ironia". ÁLVARO FALEIROS

 

 

A concretude (e a efemeridade) das letras:

 

 

A idéia de "comer" idéias nos pertence desde que, no início do século XX, metaforizou-se o costume nativo da antropofagia, à época do descobrimento do novo mundo: comemos gente, comemos culturas, vivemos a fantasia da saída da barbárie (da animal idade) engolindo o que queríamos e o que não queríamos. Reconhecendo a ascendência, tanto dos mestres de 22, como do que ensina a poesia concreta brasileira, dois objetos/poemas visuais DO AKAD-MICO AO POLE-MICO brincam de desfazer tanto a "lei" da produção artística (e de pensamento) quanto a sua contestação. Como promessa e ameaça, o mico (em carne, osso e sentido figurado) se alinha às bananas que formam os dois prefixos, já afirmando a sua efemeridade (seu destino é tão claro quanto o olhar que o mico lança sobre elas).   MARÍLIA PANITZ

 


do AKD-mico ao POLÊ-mico

Roland de Campos*

 

 

Entre os trabalhos de Wagner Barja que podem ser classificados como intersemióticos, considero emblemático o "Acadêmico" A K D MICO (1986), publicado na revista Bric-à-brac IV. É um poerT]a­rébus perfeito, em que a charada verbo-visual proposta, com_as bananas moldando as letras A, K e D, e a figura do mico arrematando a seqüência, resulta numa mensagem mordaz dirigida ao "establishment" artístico.

 

Conforme o dicionário Aurélio, rébus é o "ideograma no estágio em que deixa de significar diretamente o objeto que representa para indicar o fonograma correspondente ao nome desse objeto". E é através desse expediente que Wagner, com sua verve satírica, manda uma banana para os imobilistas culturais de plantão, instados a pagar o mico!

 

Cumpre notar que a leitura final se dá após uma sucessão vertical de fotogramas que se abrem ao fruidor, ou, num linguajar atualizado: tal qual ocorre no descerrar gradual de uma página da internet. O que confere ao poema um caráter quase cinematográfico, fazendo-nos imaginar possíveis versões dinâmicas dele. Aliás, na exposição em que apresentou pela primeira vez seu trabalho, o autor recorreu a bananas reais e a um símio vivo, que devorou desabridamente suas frutas prediletas!

 

Esta realização de Barja se filia, seguramente, à estirpe da poesia visual em que a carga de significados é aportada por meio de um conluio do verbal e do não-verbal. No caso, com o acréscimo da ironia.

 

 

 



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