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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CÉSAR RASEC

 

César Rasec é doutor em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Tese: "Jorge Mautner e seus múltiplos".

Também é mestre em Cultura e Sociedade, pela Ufba, no Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade da Faculdade de Comunicação. Dissertação: "A trajetória de vida de Luiz Caldas: ascensão, inflexão e retomada".

Na graduação, diplomou-se jornalista pela Faculdade de Comunicação da Ufba.

Dentre os seus escritos, destacam-se a biografia ensaística "Jorge Mautner em Movimento" e o livro "Concrecoisa – Volume 1".

Na área musical, gravou o CD "Concre-som" (o som da Concrecoisa), em parceria com Frederick Steffen. Com Luiz Caldas, lançou o disco "Melosofia" (homenagem a dez filósofos) e participa do projeto de discos mensais (canções inéditas e em vários estilos lançadas em www.luizcaldas.com.br).

Ainda realizou o CD "Bossa Negra", em parceria com o poeta e cantor Narlan Matos.

Além de letrista e poeta, César Rasec realiza pesquisa em várias áreas, com destaque para a música baiana, a canção popular brasileira e as teorias biográficas. Ainda desenvolve projetos visuais com fotografia, pintura e designer gráfico.

Mantém desde 2010 o blog Concrecoisa (http://concrecoisa.blogspot.com.br), com postagens às sextas-feiras.

 

Veja também o livro: RASEC, César  Jorge Mautner em movimento. (clicar <<<)

 


O mundo estava inscrito na palma da mão.

 

Desde sempre, desde o nascimento.

 

Até o último suspiro.

 

Tudo estava ali, marcado.

 

Na mão.

 

O mundo.

 

A força.

 

Os calos.

 

Tempos idos.

 

E a mão fez as marcas vencer a dor.

 

E a dor virou eco.

 

Um eco que é o último suspiro das

 

inscrições na pele.

 

 

 

 


Era uma vez uma hera.

 

Era uma hera verde.

 

E várias heras cresceram no dorso do

tempo.

 

A era fez a hera secar.

 

O verde virou cinza.

 

Já era!

 

 

 

 

 

 

As proximidades diferentes estão no espaço.

 

O espaço.

 

Faço.

 

Poço.

 

O esforço.

 

Força.

 

Farsa.

 

As proximidades diferentes estão no espaço.

 

O esforço.

 

Força.

 

Farsa.

 

O espaço.

 

Faço.

 

Poço.

 

O espaço está sempre ocupado, até com o nada, que é toda ocupação.



Na fila, o papo de várias pessoas, já em andamento. 

...

 

– Oxente, rapaz... Se oriente, viu? Tá tudo certo.

 

– Deixa de patrulha! Deixa rolar... O mundo é cibernético e todo mundo sabe de todo mundo.

 

– Senha 44.

 

– Vixe, quanta sem-vergonhice no ar.. Cê viu? Eu vi a foto na internet. Belezura!

 

– De quem?

 

– Nem te conto...

 

– Contaê?!

 

– Senha 45.

 

– Só amanhã. Chegou a minha vez. Já estão me chamando pela senha.

 

– Oxe, e amanhã você vem novamente?

 

– Não. Você me acha na internet.

 

– Vixe, como as coisas são rápidas. Já tenho um novo amigo.

 

– Fui!

 

– Vá lá.

 

 

– Senha 46.

 

RASEC, César.  Concrecoisa: volume 1.  Salvador, BA: Tecnomuseu, 2015.  56 P.  15X21 cm. ilus. col.  ISBN 978-85-89851—04-6  “ César Rasec “ Ex. bibl. Antonio Miranda


 

RASEC, César.  Concrecoisa: volume 2.  Salvador, BA: Tecnomuseu, 2017.  56 P.  15X21 cm. ilus. col.  ISBN 978-85-89851—05-3   Ex. bibl.
Antonio Miranda

 


 

 

 

Concrecoisa é pensamento, é ideologia, é ensaio, é arte visual, é abstração,
é desejo e é esperança.

 

É brinquedo da letra, da forma, da palavra, da cor, da fonte tipográfica, da
arrumação e desarrumação.

 

Concrecoisa é também história visual, cromática, ordenada e matemática.

A concrecoisa pertence ao mundo digital
                         ( www.concrecoisa.blogspot.com.br )          (...)

 

* *  *

 

Concrecoisa À Frente

 

Giniel inventou uma máquina capaz de modificar a essência da pessoa.

 

Na Máquina da Transformação M/B-69, tudo aquilo que é provida de maldade vira bondade.

 

Em Trusgy, seu país, o presidente deu ordem para a população passar pela M/B-69.

 

Em menos de 10 anos, como um milagre, todos os trugysianos estavam em estado de paz e dominados pela de bondade e civilidade.

 

Sem maldade, as penitenciarias de Trusgy viraram parques e centros de educação.

A profissão policial foi extinta.

 

Todos que combatiam a criminalidade migraram para a área da educação.

Os seguranças viraram desportistas.

 

Só quem não passou pela M/B-69 foi o presidente Preyon, que se achava totalmente do bem.

 

E era!

 

Ele se matou no último dia de governo, quando percebeu que a semente da maldade de querer ficar no poder estava contaminando o seu coração.

 

Preyon estava à frente de seu tempo e Trusgy nunca mais precisou de governante.

 

 

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Aproveitem e desfrutem a verbivisualidade criativa (poiética) de César Rasec. E podem seguir no blogue do autor:  http://concrecoisa.blogspot.com.br/

 

 

 

 

Página ampliada e republicada em novembro de 2017


 

 

 
 
 
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