CÉSAR RASEC
César Rasec é doutor em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Tese: "Jorge Mautner e seus múltiplos".
Também é mestre em Cultura e Sociedade, pela Ufba, no Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade da Faculdade de Comunicação. Dissertação: "A trajetória de vida de Luiz Caldas: ascensão, inflexão e retomada".
Na graduação, diplomou-se jornalista pela Faculdade de Comunicação da Ufba.
Dentre os seus escritos, destacam-se a biografia ensaística "Jorge Mautner em Movimento" e o livro "Concrecoisa – Volume 1".
Na área musical, gravou o CD "Concre-som" (o som da Concrecoisa), em parceria com Frederick Steffen. Com Luiz Caldas, lançou o disco "Melosofia" (homenagem a dez filósofos) e participa do projeto de discos mensais (canções inéditas e em vários estilos lançadas em www.luizcaldas.com.br).
Ainda realizou o CD "Bossa Negra", em parceria com o poeta e cantor Narlan Matos.
Além de letrista e poeta, César Rasec realiza pesquisa em várias áreas, com destaque para a música baiana, a canção popular brasileira e as teorias biográficas. Ainda desenvolve projetos visuais com fotografia, pintura e designer gráfico.
Mantém desde 2010 o blog Concrecoisa (http://concrecoisa.blogspot.com.br), com postagens às sextas-feiras.
Veja também o livro: RASEC, César Jorge Mautner em movimento. (clicar <<<)
O mundo estava inscrito na palma da mão.
Desde sempre, desde o nascimento.
Até o último suspiro.
Tudo estava ali, marcado.
Na mão.
O mundo.
A força.
Os calos.
Tempos idos.
E a mão fez as marcas vencer a dor.
E a dor virou eco.
Um eco que é o último suspiro das
inscrições na pele.
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Era uma vez uma hera.
Era uma hera verde.
E várias heras cresceram no dorso do
tempo.
A era fez a hera secar.
O verde virou cinza.
Já era!
As proximidades diferentes estão no espaço.
O espaço.
Faço.
Poço.
O esforço.
Força.
Farsa.
As proximidades diferentes estão no espaço.
O esforço.
Força.
Farsa.
O espaço.
Faço.
Poço.
O espaço está sempre ocupado, até com o nada, que é toda ocupação.
Na fila, o papo de várias pessoas, já em andamento.
...
– Oxente, rapaz... Se oriente, viu? Tá tudo certo.
– Deixa de patrulha! Deixa rolar... O mundo é cibernético e todo mundo sabe de todo mundo.
– Senha 44.
– Vixe, quanta sem-vergonhice no ar.. Cê viu? Eu vi a foto na internet. Belezura!
– De quem?
– Nem te conto...
– Contaê?!
– Senha 45.
– Só amanhã. Chegou a minha vez. Já estão me chamando pela senha.
– Oxe, e amanhã você vem novamente?
– Não. Você me acha na internet.
– Vixe, como as coisas são rápidas. Já tenho um novo amigo.
– Fui!
– Vá lá.
– Senha 46.
RASEC, César. Concrecoisa: volume 1. Salvador, BA: Tecnomuseu, 2015. 56 P. 15X21 cm. ilus. col. ISBN 978-85-89851—04-6 “ César Rasec “ Ex. bibl. Antonio Miranda
RASEC, César. Concrecoisa: volume 2. Salvador, BA: Tecnomuseu, 2017. 56 P. 15X21 cm. ilus. col. ISBN 978-85-89851—05-3 Ex. bibl.
Antonio Miranda
Concrecoisa é pensamento, é ideologia, é ensaio, é arte visual, é abstração,
é desejo e é esperança.
É brinquedo da letra, da forma, da palavra, da cor, da fonte tipográfica, da
arrumação e desarrumação.
Concrecoisa é também história visual, cromática, ordenada e matemática.
A concrecoisa pertence ao mundo digital
( www.concrecoisa.blogspot.com.br ) (...)
* * *
Concrecoisa À Frente
Giniel inventou uma máquina capaz de modificar a essência da pessoa.
Na Máquina da Transformação M/B-69, tudo aquilo que é provida de maldade vira bondade.
Em Trusgy, seu país, o presidente deu ordem para a população passar pela M/B-69.
Em menos de 10 anos, como um milagre, todos os trugysianos estavam em estado de paz e dominados pela de bondade e civilidade.
Sem maldade, as penitenciarias de Trusgy viraram parques e centros de educação.
A profissão policial foi extinta.
Todos que combatiam a criminalidade migraram para a área da educação.
Os seguranças viraram desportistas.
Só quem não passou pela M/B-69 foi o presidente Preyon, que se achava totalmente do bem.
E era!
Ele se matou no último dia de governo, quando percebeu que a semente da maldade de querer ficar no poder estava contaminando o seu coração.
Preyon estava à frente de seu tempo e Trusgy nunca mais precisou de governante.
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Aproveitem e desfrutem a verbivisualidade criativa (poiética) de César Rasec. E podem seguir no blogue do autor: http://concrecoisa.blogspot.com.br/
Página ampliada e republicada em novembro de 2017
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