ANTÔNIO ALBINO PINHEIRO MARINHO
( 1932 - 2007)
O poeta e jornalista Antônio Albino Pinheiro Marinho nasceu em maio de 1932, na cidade de Belo Jardim (PE). Iniciou-se no jornalismo em 1951, no Recife e nessa época já freqüentava grêmios e associações ligadas às letras e ensaiava criações literárias de vários gêneros. Em 1958 transferiu-se para São Paulo, a convite do jornal Última Hora, do qual foi, sucessivamente, redator, secretário gráfico, secretário de redação e editor, atuando tanto na primeira quanto na segunda edições. Simultaneamente atuou como redator free-lancer em diversas agências de publicidade, entre as quais a Interamericana e a Marcos Pereira Publicidade e atuou como secretário de redação do combativo semanário Brasil Urgente, desde sua fundação até seu fechamento em 1964.
A partir do início da década de 60, começou a criar letras de música, tendo diversos parceiros, principalmente sua mulher, Osinete Marinho, compositora de talento. Após 64, ficou ainda por algum tempo na Última Hora, tendo-se refugiado, depois, na publicidade, como redator da MPM Propaganda. Posteriormente, foi chefe de promoção e propaganda da Edobrás - Editora Documentação e Cultura. Voltou ao jornalismo em 1969 (exercendo a secretaria de redação da revista Banas), e participou, simultaneamente, de equipes de produção de programas de variedades da antiga TV Tupi. Em 73, assumiu a editoria geral do DCI - Diário do Comércio e Indústria, tendo comandado a reforma gráfica e editorial do jornal naquele ano.
Em 75, estava na chefia de reportagem da sucursal paulista de O Globo, onde ficou até setembro de 79, quando foi para a Unipress Assessoria de Imprensa e Divulgação como chefe de redação e, depois, no mesmo cargo, para a Unipress Editorial (do mesmo grupo), editando e/ou supervisionando a edição de vários jornais e revistas institucionais de empresas e entidades. Deixou a Unipress em 1990, passando a atuar como free-lancer de publicações diversas. Em maio de 1997 transferiu-se para Brasília onde, até janeiro de 2003, prestou serviço, como consultor na área de Comunicação, ao Ministério de Desenvolvimento Agrário e ao Incra - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
Em 2001, por instância de amigos, publicou pela Thesaurus Editora de Brasília, o livro de poesias Do Despertar da Lembrança. No momento tem em preparo dois outros volumes de poesias (Do Despertar da Dor (e Alguns Poemas Amenos) já em edição - e Do Despertar da Libido (Poemas Eróticos), em preparo. Além destes, prepara também: Pequenos Contos do Amor Proparoxítono; Os Contos Reportagens; e um romance ainda sem título.
Atualmente, Antônio Albino Marinho, dedica-se à correção, revisão e copydesk de textos (principalmente livros) para editoras e autores da Capital da República.
Albino deixou-nos mas continuará vivo em nossa memória, como uma pessoa amena, sensível, apaixonado. Costumava sair com ele e com nossa amiga Marta Helena de Freitas para jantar, ocasião em que lia para nós os últimos poemas de sua trilogia e tomava sua cerveja sem álcool (por causa da saúde) e comentava sobre a comida com a expertise de um gastrônomo. Era, além disso, um defensor das liberdades humanas em geral e da imprensa em particular, em tom sempre exaltado. Deixou-nos no dia 21 de abril, durante as festas de aniversário de Brasília... Eu estava na Europa mas ele chegou a telefonar para a minha casa pouco antes de... como para despedir-se de mim. Fiquei desolado com a ausência dele. Todos nós ficamos. O poema a seguir foi escrito pelo João Carlos Taveira, cujas palavras consideramos nossas. Antonio Miranda
ELEGIA PARA O POETA ANTÔNIO ALBINO
A cidade perdeu um habitante,
os pássaros perderam um irmão,
eu perdi um amigo.
Em versos cheios de desejo
e volúpia, Albino cantava o amor
com a alma de menino.
(Os homens são mesmo pouco metafísicos.
Ainda recordo sua têmpera
na estóica luta contra o tempo.)
Mas quem virá nos dizer da saudade
que hoje inaugura sua face de âmbar
no dorso desta ausência?
Livre, o poeta viaja e sonha
com amadas, musas, ninfas...
Sua palavra nos pertence!
João Carlos Taveira
Brasília, 23/4/2007.
» Poesias de Albino
Antônio Albino responde em versos às provocações do Barão de Pindaré Jr. O ilustre Barão ficou irritado com as férias dos turistas pobres em uma guerra de farofa e mosquitos...Imperdível.
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