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POESIA INFANTIL  /  POESIA INFANTO-JUVENIL

Coordenação de LILIANE BERNARDES

RACHEL DE QUEIROZ

RACHEL DE QUEIROZ
(1910-2003)

 

Romancista, mas também poeta , nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendendo, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna — "dona Miliquinha" — era prima de José de Alencar, autor  de "O Guarani"), e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas em Quixadá, onde residiam e seu pai era Juiz de Direito nessa época.

 

Em 1977, por 23 votos a 15, e um em branco, Rachel de Queiroz vence o jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda e torna-se a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro.

 

Leia a resenha do livro "Mandacaru, poemas de Rachel de Queiroz"  aqui no Portal de Poesia Iberoamericana>>>

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS    /    TEXT IN ENGLISH


 

Telha de Vidro

 

Quando a moça da cidade chegou,
veio morar na fazenda
na casa velha...
tão velha...
quem fez aquela casa foi seu bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
Mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha..a.
A moça não disse nada;
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro,
queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora
o quarto onde ela mora
e o quarto mais alegre da fazenda.
Tão clara que, ao meio-dia, aparece uma renda
de arabescos de sol nos ladrilhos vermelhos
que, apesar de tão velhos,
só agora conhecem a luz do dia...

A lua branca e fria
também se mete às vezes pelo claro
da telha milagrosa...
ou alguma estrelinha audaciosa
carateia no espelho onde a moça se penteia...
Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta, fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você não experimenta?
A moça foi tão bem sucedida?
Ponha uma telha de vidro em sua vida!



Glass Tile

When the town girl arrived,

she came to live in the farm
at the old house…
too old…
that house was built by my grandpa…
They let her to sleep at the dormitory,
a room with no light, so dark!
Dived into the sadness
from its darkness and its single little door…
The lady didn´t say a word;
but she asked someone to bring from the downtown
a glass tile,
she wanted it was lit up,
her room with no light…

Now the bedroom where she lives
is the liveliest at the farm.
So clear that, at noon,
it is like a lace of the sun arabesques
on the red bricks even being very old,
just now see the sun light…

The white and cold moon
also gets in the light
of the miraculous tile…
Or some daring little star
makes face on the mirror
where the lady combs her hair…
One day you told me
that your life it was all darkness,
gray, cold,
without a moonlight, without a flash…
Why don´t you try?
Wasn´t the lady so well succeed?
Put a glass tile on your life!


 

Fonte do poema em inglês: FURTADO, Isaac. Mosaicos da Misericórdia; arte e reflexão. Fortaleza: edição do Autor, 2009, sem identificação do tradutor.

 

   Página publicada em dezembro de 2009

 

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