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Foto: http://www.gicult.com.br

 

PACÍFICO RIBEIRO

estudou o primário em Jequié, posteriormente transferindo-se onde fez curso de Ciências e Letras, no Colégio Ipiranga. Em 1947 tornou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Federal de Direito da Bahia. Advogado militante por mais de 40 anos na capital e interior. De 1959 a 1961 foi diretor do Departamento de Terras do Estado da Bahia, e entre 1963/64 foi advogado do SUPRA (órgão do Ministério da Agricultura).

Foi um dos fundadores da Academia de Letras de Jequié, vindo a ocupar a cadeira de número 9 desta entidade.

Faleceu aos 93 anos, em 2011.

Obra poética:  “Urtigas e Malaguetas (Motivos da Bahia)” (Editora: Livraria Progresso Editora, BA, 1962);  “O meu Canto de Amor a Jequié”(1988). “Sonetos Remanescentes” .(1991).

 

Urtigas e Malaguetas (Motivos da Bahia)” (Editora: Livraria Progresso Editora, BA, 1962);

 

VEJA E LEIA TAMBÉM O ENSAAIO:

POETA JORGE MEDAUAR – por Pacifico Ribeiro –análise do poema MEU NETO - ENSAIOS

 

JEQUIÉ

Jequié, terra do sol, formoso ninho,
Que me afagou na infância e mocidade.
Do seu berço ainda sinto todo arminho,
Aquecendo a ternura que me invade.

Desce o Rio de Contas de mansinho.
Beijando a parte morna da cidade.
Revejo a igreja, a ponte, o Jequiezinho,
E colho em cada rua uma saudade.

Minha terra cresceu, bela e virente,
Surgiram novas ruas, nova gente,
Velhos amigos já não vejo mais!

A bruma do passado me entristece,
Envolvendo minh´alma numa prece,
E cobrindo o jazigo de meus pais.  

                 (1988)

 

REVISTA DA LITERATURA BRASILEIRA   LB 46  São Paulo: 2007.  Direção: Aloysio Mendonça Sampaio.  Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

        SONETO

       A poesia me atrai desde menino.
Do soneto a louvar o estilo terso,
vou seguindo os preceitos do destino
com a feliz emoção de fazer verso.

         No decassílabo e no alexandrino
o estro concentra o meu ideal disperso,
se, assim, me encontro, poeta e peregrino,
entre sonhos e lágrimas imerso.

         De tanto amor, enleios, inquietude,
plantei mil ilusões na juventude
para colher lembranças na velhice.

         Brotaram-me, porém, estas sementes,
— pobres versos que são remanescentes
do que sonhei, sofri... e em vão os disse..

                            Salvador, BA. 1991

 

 

Página publicada em setembro de 2019


 

 

 
 
 
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