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SOBRE “MEMÓRIAS INFAMES” DE ANTONIO MIRANDA

Por Leonardo de Magalhaens

 

 

Leonardo de Magalhaens

Um Olhar Crítico

Volume III

Belo Horizonte

2010

 

 

Publicado em:

http://academiacontagensedeletras.weebly.com/uploads/5/0/3/0/5030226/um_olhar_crtico_ldm_vol_3.pdf
p. 69- 76 do pdf

  

Sobre “Memórias Infames” (Anome Livros / 2009)

poemas de Antonio Miranda (Brasília, DF)

(http://antoniomiranda.com.br)

 

 

 

 

O Poeta enquanto Leitor

 

         Abordamos em ensaios anteriores as fontes da criação poética corporificadas

nos poemas, onde a participação do Autor seria um eco de um contexto, o espelho de

uma época, seja por leituras ou por vivências; ou uma resistência, um contra-ponto ao

estilo da época; ou ainda, um não situar-se na época, sendo antes um anacrônico, um

deslocado, um 'gauche', um 'nascido póstumo', um 'flutuante'.

 

         Existem os Poetas que deixam ecoar as leituras e vivências de um momento, a

ponto de serem verdadeiras testemunhas; outros, procuram negar tudo o que a época

diz, fazem tudo ao contrário, são dissonantes; e outros não tem acesso à leitura, ou

não vivem a época, ou, tendo lido e vivido, procuram esquecer tudo que

leram/viveram.

 

         Aquele que segue a Época, é um 'farol', um 'príncipe', conduz em igual,

acomodado ou não, mas sempre integrado. Tendo voz ativa, será líder. Aquele que

nega a Época pode passar por louco ou marginal, ou visionário, e será idolatrado

depois de morto (qualquer semelhança entre Nietzsche e Raulzito será mera

coincidência?). E aquele que não sabe (não leu e/ou não viveu) será um original,

enquanto aquele que leu e/ou viveu terá que se esforçar para ser 'original'.

Este ensaio cuidará em situar o Poeta enquanto Leitor, que dialoga com os

múltiplos textos anteriores (e servirá de interlocutor para textos futuros), e cria sua

obra em diálogo (nos sentido dados por Bahktin) com todos os outros – lidos e

imaginados. Até porque os bons autores imaginam os seus leitores de agora e de

amanhã (Walt Whitman que o diga!) e sabem 'digerir' a Tradição da Época com uma

sensível reverência e uma elegante ironia. (Se for apenas reverente, será mais um na

multidão de seguidores; se for irônico, cairá na fila dos rebeldes, marginais, dos

dissonantes)

 

         A importância da Intertextualidade não diminui a singularidade do Poema – a

corporificação da Poesia (imagem abstrata por excelência) pois a Autoria transmite

ao texto seu espaço de subjetividade, de indivíduo numa Época mas também em

relação a Época (afirmando ou negando), uma vez que o Estilo é original em relação a

outro Estilo (do passado ou do futuro). Cada poema é um conjunto fechado de

palavras certas em posições certas. No sentido de que modificar qualquer verbete é

arriscar-se ao desmoronamento do edifício de cartas.

 

         Aqui não será situada a pessoa do Autor nem sua trajetória literária (matéria

suficiente para mais de um livro, onde destacaríamos uma impressionante tentativa

de diálogo com a obra alheia - no caso um poeta grego! - nos cantos de  “Eu,

Konstantinos Kaváfis de Alexandria” (Thesaurus, 2007) (1)) Atentos a leitura dos

poemas de Antonio Miranda, evitaremos abordar Antonio Miranda.

 

         O Poeta que escreve para Poeta não pode dispensar a metalinguagem, onde

vem contrapor as palavras X a realidade, ou o ideal X o factual. Não pode esquecer

que trata-se de um diálogo (feito de monólogo + leitores) com outros poetas/literatos,

que sabem tanto quanto ele (se não qualitativa, pelo menos quantitativamente)

 

         O livro já abre com a 'síndrome' da poesia atual (dito pós-moderna) a

metalinguagem.

 

Não hesita em dizer: “o mesmo poema é muitos” (“Metapoema”, p. 11)

Toda uma Poesia auto-referente – a Poesia que fala sobre... Poesia! A palavra

enroscada em si-mesma, a Linguagem debruçada sobre a Linguagem, só não é pior

que uma aula de Línguística! A mania do Poeta em explicar a Poesia cria nada mais

nada menos que uma selva de ecos e espelhos onde ele mesmo vai se perder.

 

Poesia é essas outras coisas

que só existem na Poesia”

 

(“O indizível”, p. 12)

 

“-- circulo e me

circuns

(e)screvo”

 

(“Círculos”, p. 20)

 

         Mas a Poesia sobre Poesia não foge ao círculo vicioso, a menos que a Poesia

seja um veículo para uma viagem rumo a outro locus, situado numa 'geografia

sentimental'. Não que Poesia seja apenas 'sentimento', mas precisa de sentimento. (E

todos têm sentimentos, mas nem todos são poetas!)

 

         O que salva a Poesia auto-referente é a evocação (chamada 'memória') do

vivido. A vida evocada desde a vivência uterina. Digamos, uma lírica 'memória' do

útero,

 

Faço a regressão, vou em busca

do entendimento que não tinha,

mas sabia, sem saber, eu sabia.

 

Tento decifrar o que ficou gravado.

Não sei o que é, Mas o que não sei

molda tudo o que sei, e o que serei.

 

                            (“Antes de nascer, eu ouvia”, p. 16)

 

         A memória re-construi o Ontem, pois a re-evocação é uma presentificação do

Eu-ontem feita pelo Eu-hoje que obviamente não mais a 'mesma pessoa'. Há um

abismo (não de continuidade!) entre o eu-que-vivi-ontem e o eu-que-relembro-agora.

 

         Assim são as “Memórias Sentimentais de João Miramar” de Oswald de

Andrade, que não sabemos se encadeiam prosa ou destilam poesia. ( 2) As memórias

exigem uma nova linguagem, entre a vigília e o sono, entre fragmentos e

pedregulhos, onde as partes nunca formam um todo, onde a coesão e coerência (ah,

as aulinhas de redação!) não passam de ambições de um racional inexistente.

 

         O extenso “Memórias Infames” (p. 26-45) carrega o Leitor para dentro deste

universo de recortes, fragmentos, cenas e cenários que o Eu-de-hoje monta para si

mesmo tendo como referência (o epicentro) o Eu-de-ontem. O poema vem em ondas,

ora joga-se para dentro, ora vertendo para fora, não há um ponto de equilíbrio além

do Sujeito que enuncia.

 

         “Fizemos um pacto: eu era outro.” ou “Se (me) n  amava / e saía de mim” ou

Identidade – dialética – inversa” quando a Sexualidade nasce do Eu para ou outro,

do prazer solitário para o amor a dois (ou para um ménage a trois...) , quando o

erótico transborda do pleno amor do si-mesmo ofertado como dádiva ao prazer do

outro. (Caso o fenômeno de reciprocidade não ocorra, temos a rejeição, a frustração,

o egoísmo e o narcisismo.)

 

A sexualidade – recriada pela memória – vai transbordar igualmente nos

poemas “Meu primeiro amor”(pp. 48-53), “Não Mais” (p. 72) e “Nu em suores” (p.

74), quando a bela disposição das letras – poesia tradicional de qualidade – serve

como veículo para transportar (eis aqui a 'metáfora'!) as muitas memórias gravadas

no corpo (e nos corpos!) quando a chama do amor vivido é poeticamente reaquecida.

 

Nu, irredutível nu, naquela paisagem

que é de qualquer um — se quisesse,

sempre em movimento, deslizante, polido

pelo roce e suor, saliva; arfante, pés.

Nu, irremediável nu, em suores, cores,

refletindo sua relação com o mundo.

 

(“Nu em suores”)

 

Destaque: O Jovem na Livraria

 

         Meio ao barulho do trânsito, aos trapos humanos, a miséria da existência, a

pobreza e a insatisfação, o jovem leitor, fascinado, lendo 'de pé', sem qualquer

comodidade, consegue ir-além do caos externo e mergulhar num mundo de imagens

construídas de /por palavras.

 

http://antoniomiranda.com.br/poesia_ilustrada/portugues/o_jovem_na_livraria.html

 

         Temos em “O Jovem na Livraria” uma pérola da poesia de referências. Tudo a

erudição que foi absorvida pelo Autor e vertida pelo Eu Lírico. Temos aqui

referências à C. Drummond, Maiakovski, Mallarmé, dentre outros. Temos o poeta

enquanto leitor, a imagem do jovem deslocado na livraria (justamente um símbolo da

Erudição, da Tradição Literária)

 

         As múltiplas leituras podem produzir Autores do tipo 'caixas de

ressonância' (quantas cópias de Melo Neto e Leminski brotam por aí !) ou Autores de

fina sensibilidade para deslizar entre as 'florestas de símbolos' e saírem ilesos com

uma Obra singular. Em diálogo. Significa: a controlar as referências e as influências.

A menos que se queira ser conhecido como autor de paródias ou (hélas!) plagiador.

 

         Encontraremos intertextualidades conscientes e inconscientes (ver Bakhtin)

onde muitas vezes o Autor nem sabe que dialoga com outro Autor, cita sem perceber,

imagina-se autor de um pensamento lido em sua tenra infância. Cabe ao literato se

abrir para a leitura atenta (dos leitores e/ou dos críticos) e 'encontrar a si mesmo na

fala alheia'.

 

         Fato é que muitos sofrem da “síndrome da Influência”, que contagia todos os

literatos de boa-vontade, que – tal qual Borges – continuam a querer escrever o livro

71que gostariam de ler! Aqui o Eu Lírico caminha com Maiakovski e discursa com

Mário de Andrade (“Ode ao Burguês”) a declarar/re-evocar – em “Suicídio de

Maiakóvski” e “Maiakovskianas” - que “sem forma revolucionária não há arte

revolucionária”. (Esperamos que o Autor esteja a acompanhar a Obra poética de

Wilmar Silva / Joaquim Palmeira)(3)

 

         Era culpa de Maiakóvski se ele poeta era mais 'revolucionário' que a

Revolução? O ser poeta não seria ser propriamente de 'vanguarda'? Como deve o

poeta guiar a Revolução e não ser atropelado pelo 'plebeísmo'? E não ser vítima,

como o próprio futurista russo finalmente foi? A 'massa' deve ser educada para

entender o Poeta OU o poeta deve 'entregar tudo mastigado' para a livre deglutição?

 

         Os poemas “Encurralado”, “Assim caminha a Humanidade” e “Rodoviária do

Plano  Piloto” soltam a voz sobre o drama da tragédia da comédia humana que

rasteja pela terra sem coragem de tomar a História nas mãos e trocar a opressão da

desigualdade pelo coletivo da igualdade.

 

O homem escraviza a família e o céu,

devora seus semelhantes, trapaceia

e se instaura como um deus dissimulado.

 

         'Quem é o homem?' seria a indagação a ecoar a cada estrofe deste poema

(“Encurralado”) onde, por sua vez, ecoam as indagações do poema de CDA,

Especulações em torno da palavra homem” (4),

 

Mas que coisa é homem,

Que há sob o nome:

Uma geografia?

Um ser metafísico?

Uma fábula sem

Signo que a desmonte?

Como pode o homem

Sentir-se a si mesmo,

Quando o mundo some?

 

         “Com passos de formiga e sem vontade” (Lulu Santos) assim caminha a

Humanidade , a deixar uma trilha de ossos, ruínas, genocídios, lixo, desmatamento,

subliteratura, novelas televisivas, pseudo-músicas, barulhos comerciáveis, trânsitos

caóticos, poluição visual, etc etc, enquanto ouvimos os intelectuais (pagos pelo

Sistema ) apregoarem que 'vivemos no melhor dos mundos possíveis' e que pensar

diferente é 'coisa de gente desajustada ou infectada por utopias'.  

 

a história da humanidade

é a prova da insanidade

a que estamos submetidos

— sem deus, sem destino

 

         A Solidariedade socialista é 'utopia' para aqueles que desfrutam das riquezas e

deixam os demais nas misérias, e para aqueles que vivem na miséria e sonham em

atingir – algum dia? - um acesso às riquezas (privilégio de poucos fidalgos). Assim, os

ricos agradecem. [Os pobres não se unem contra os ricos por dois motivos básicos:

pobre não gosta de pobre; e pobre inveja o rico, porque quer ser também rico – tanto

que quando enriquece até esquece os demais parentes na pobreza.]

 

Destacamos também a criação de imagens – mais do que descrições, são

sugestões, mais do que pinturas, são figuras de linguagem. Assim norteamos nossa

leitura de “Se me movo”, “Mar”, “Barco à deriva” e “Janela para dentro”, os poemas

que fecham (mas não concluem) esta edição. (Nada de conclusões: ainda temos um

CD – com a Voz do Poeta - no encarte!)

 

A 'fluidez' psicodélica em 'se me movo',

se os pássaros me vêem, sou cristal

se o rio passa, eu também passo

— passado, frio, além, miragem

 

ou a ondulação da maré em 'mar',

 

o mar sem fissuras

um mar sem vincos, estrias

um mar-amplidão

sem marcas, em movimento

 

mar a que tudo vai

mar adiante, mar amor

 

ou a  'imagética' fremente em 'barco à deriva',

 

Pássaros sem pouso, nuvens estagnadas.

Ilhas (ainda) desabitadas, escaladas impossíveis.

Sonhar. Ares degradados, repouso, vácuo

e um olhar sem rumo, sem prumo, turvo.

 

Explicitam um espaço de invenção que o jogo de palavras permite a partir dos

pluri-significados, e das torsões semânticas,

 

A janela olhando o horizonte,

o horizonte dentro da janela.

Olhando para dentro: sem você.

Quando aportaremos, seguros?

As paredes estalam. Estremecemos.

Nada além disso, é o bastante.

 

(janela para dentro, p. 89)

 

         O simbolismo imagético nasce (ou é tecido) numa poesia enquanto exercício de

introversão, de introvisão, de olhar-para-dentro, onde se há referências ao 'mundo

externo' estas são mescladas com o 'estado de espírito' do Eu Lírico. Assim são

construídas as poéticas de Rimbaud (ecos de “Barco Bêbado”), Baudelaire (algo de

As Janelas”),  Verlaine (ressonâncias de vários poemas) (5), onde o simbólico - e o

sonoro – diz além das palavras através do trampolim das palavras.

 

Antes que a orla virasse muralha e vidro,

horizonte tapado, visão retroversa, errática

 

 

         São imagens não explicadas, mas sentidas. Recuperam todo o peso da palavra

que flutua leve livre de um sentido único, conceitual, de dicionário. “pássaro

adiantado no tempo / — o inverno anuncia dias calados.” Aqui qualquer denotação é

suspeita, e toda conotação é possível. As figuras de linguagem tomam de assalto as

cidadelas do significado. O que está fora apenas reflete o que viceja dentro, Uma

chuva letárgica, atrasada molha sem pressa, afogando.

 

         Não se explica um poema. A 'explicação' do poema é o próprio poema. O poeta

e crítico Octavio Paz assegura que a 'imagem poética' não é explicável. E quanto mais

'imagens' tiver, melhor o poema, assim mais 'inexplicável'. Não exatamente

'hermético' – seja ao Crítico ou ao Leitor. 'Inexplicável' no sentido de tudo que se diga

sobre o poema é inútil e redundante. [Se a Crítica reevoca/repete a Imagem ela é

pleonástica; e se nega a Imagem, é surda, cega e muda.](6)

 

         O máximo que a Crítica pode fazer é situar um dado Texto num determinado

Contexto, além de considerar que há uma Autoria (um estilo, um subjetivismo, etc), e

assim contextualizar o Escrito na Época, em diálogo (afirmando ou negando) com a

experiência e/ou a leitura, a espelhar ou idealizar - através da Literatura - um modo

de vida.

 

mar/10

Leonardo de Magalhaens

 

 

http://leoleituraescrita.blogspot.com

http://meucanoneocidental.blogspot.com

Blog do poeta Antonio Miranda

http://antoniomiranda.com.br/poesia_ilustrada/poesia_ilustrada.html

 

Notas:

(1)poema e prosas de Konstandinos Kavafis

http://poesiaseprosas.no.sapo.pt/konstandinos_kavafis/poetas_konstandinoskavafis01.

 

htm

(2)trechos de “Memórias sentimentais de João Miramar” (1924) de Oswald de

Andrade (1890-1954)

 

 

"O PENSIEROSO

Jardim desencanto

O dever e processões com pálios

E cônegos

Lá fora

E um circo vago e sem mistérios

Urbanos apitando noites cheias

Mamãe chamava-me e conduzia-me para dentro do oratório de mãos grudadas.

- O anjo do Senhor anunciou à Maria que estava para ser a mãe de Deus.

Vacilava o morrão do azeite bojudo em cima do copo. Um manequim esquecido avermelhava.

- Senhor convosco, bendita sois entre as mulheres, as mulh

- Senhor convosco, bendita sois entre as mulheres, as mulheres não tem pernas, são como o

manequim de mamãe até embaixo. Para que nas pernas, amém."

 

 

Indiferença

 

"Montmartre

E os moinhos do frio

As escadas atiram almas ao jazz de pernas nuas

Meus olhos vão buscando lembranças

Como gravatas achadas

Nostalgias brasileiras

São moscas na sopa de meus itinerários

São Paulo de bondes amarelos

E romantismos sob árvores noctâmbulas

Os portos de meu país são bananas negras

Sob palmeiras

Os poetas de meu país são negros

Sob bananeiras

As bananeiras de meu país

São palmas claras

Braços de abraços desterrados que assobiam

E saias engomadas

O ring das riquezas

Brutalidade jardim

Aclimatação

Rue de La paix

Meus olhos vão buscando gravatas

Como lembranças achadas."

 

(3)”Ode ao Burguês” (Mário de Andrade)

 

http://www.revista.agulha.nom.br/and.html#ode

 

mais sobre Vladimir Maiakovski em

http://www.culturapara.art.br/opoema/maiakovski/maiakovski.htm

 

(4)poema de CDA, “Especulações em torno da palavra homem” em

http://serpensar.vilabol.uol.com.br/palavrahomem.htm

 

(5)Rimbaud, “Barco Bêbado” (duas traduções)

http://www.gargantadaserpente.com/toca/poetas/rimbaud.php?poema=5

 

http://www.arquivors.com/rimbaud1.htm

 

Baudelaire, “As Janelas” / Les Fenêtres

http://teorialiterariaufrj.blogspot.com/2009/06/analise-do-poema-as-janelas-de-charles.html

 

alguns poemas de Paul Verlaine em

http://www.algumapoesia.com.br/poesia/poesianet024.htm

 

http://www.beatrix.pro.br/index.php/paul-verlaine/

 

http://www.citador.pt/poemas.php?poemas=Paul_Verlaine&op=7&author=96

 

(6)mais sobre Octavio Paz  em

http://cdeassis.wordpress.com/2009/12/15/octavio-paz-de-poetas-e-poesia/

 

http://www.ufrgs.br/proin/versao_2/paz/index16.html

 

Sobre “Reversión” (Anome / Tropofonia / 2010)

poemas de Javier Galarza (Argentina)


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