POESIA BRASILEIRA
EM LIVROS DE ARTE,
EDIÇÕES ESPECIAIS
E ALTERNATIVAS
(e muitas obras raras e comerciais de qualidade.)
BREVE BIBLIOGRAFIA
[em construção]
por
Catarina Helena Knychala & Antonio Miranda.
Organizada a lista por SOBRENOME do autor. Organized by Author´s SURNAME. Organizado por el APELLIDO del autor:
ANTOLOGIAS e obras coletivas devem ser buscadas pelo sobrenome do organizador ou, eventualmente, pelo título da obra.
Escolha o link:
A – B – C – D/E – F – G – H/I – J/K – L – M – N - O – P - Q/R – S – T – U/V/W – X/Y/Z.
EE = edição especial, não raras vezes comemorativas ou de homenagem ao autor, geralmente com capa dura, ilustrada, muitas vezes para distribuição como brinde ou de veiculação comercial para públicos mais exigentes.
LA = edição alternativa, artesanal, do autor, de instituições em fins lucrativo, eventualmente fora de comércio. Também usado para designar livros de arte, de confecção esmerada, papéis especiais, com ilustrações às vezes fora do texto e assinadas pelo autor.
OR= obra rara, no caso brasileiro, impressa até o final do século 19 ou, eventualmente, mais recentemente, mas escassa no mercada.
EM ALGUNS CASOS, PODE HAVER A COMBINAÇÃO DE MAIS DE UMA CATEGORIA: EXEMPLOS: LA/OR, EE/OR.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: também incluímos, excepcionalmente, edições mais comerciais, mas de autores importantes, cujas edições se destacam por sua importância para a difusão da obra dos autores. Nestes casos, não usamos nenhuma classificação ou designação, como nos casos anteriores.
Definição de “livro de arte” segundo Catarina Knychala:
“o livro que, além de símbolo cultural com valores semânticos, apresenta-se como um objeto com valores artísticos tais como boa qualidade e beleza do papel, dos caracteres tipográficos e de encadernação, arquitetura e diagramação harmoniosas e não necessariamente ilustrado; mas, se contiver ilustrações, são consideradas não só as feitas com processos manuais como a xilogravura, a gravura em metal, a litografia e a serigrafia como também fotografias artísticas e reproduções por processos fotomecânicos”.
Não pretende ser um inventário de obras raras nem de primeiras edições para bibliófilos. Alguns livros podem ser categorizados como raros e serem primeiras edições, mas entraram na Bibliografia por serem de circulação mais restrita ou por serem livros de arte e/ou especiais.
Repetindo: NÃO INCLUIMOS obras raras em geral, salvo aquelas que podem ser consideradas como Livros de Arte, Edições Alternativas e Edições Especiais conforme os critérios adotados nesta Bibliografia seletiva. O mesmo se aplica às edições comerciais em geral, por mais bem impressas que sejam, e de autores consagrados pela crítica. Pode incluir, excepcionalmente, obras que contêm o número do ISBN ou ISSN mas que são notoriamente de circulação mais dirigida, gratuita e/ou de menor possibilidade de venda em livrarias, salvo no caso das edições especiais (que costumam ser distribuídas graciosamente pelos patrocinadores, mas com exemplares também comercializados, até em larga escala). O nosso objetivo é justamente destacar obras de circulação mais restrita, menos encontráveis em livrarias e bibliotecas, e que às vezes não são enviadas à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em cumprimento à determinação da Lei do Depósito Legal..
Outra intenção da presente bibliografia é revelar edições fora dos grandes centros editoriais, uma geografia da criação poética mais panbrasileira do que revelam os catálogos editoriais e as livrarias.
Damos um destaque especial às edições de livros de autores brasileiros traduzidos a outras línguas, lançados fora ou dentro do Brasil, porque eles não entram na Biblioteca Nacional pelo Depósito Legal e precisam ser inventariados, desde que apresentem alguma qualidade gráfica.
Incluímos editoras como a de Massao Ohno que foi pródiga no lançamento de autores e títulos, sobretudo dos “novíssimos”. As edições vão de trabalhos primorosos como a caixa com os textos de Renata Pallotini (“Livro de Sonetos” , 1961) que pode ser considerado livro de arte gráfica; passando também por edições bem ilustradas e de esmerada confecção (“EE”: edições especiais) a outras mais modestas, algumas vezes de autores desconhecidos, mas que merecem ser inventariadas na categoria de “edição alternativa” (EA) agora que bibliotecas, bibliófilos e estudiosos estão reunindo e preservando os exemplares de sua vasta ação editorial.
Damos especial atenção às confrarias de bibliófilos, associações de poetas, edições dos próprios autores, as editoras reconhecidamente fora de série como (exs. Alumbramento, Fundo de Ouro Preto, Editora Noa Noa, Macunaíma, Dinamene, Nephelibata) assim também algumas das edições dos movimentos Concretismo, Processo, Arte Postal, etc. e alguns documentos menos comuns como catálogos, livros-objetos, etc.
Também incluímos obras atuais, contemporâneas, quando merecem destaque. Inclusive edições mais comerciais, mas com projetos gráficos esmerados, como muitos títulos da Ateliê e da CosacNaif.
Estamos mais inclinados pelo sentido do acervamento (no sentido do controle bibliográfico) do que do colecionismo, entendendo que tais edições devem ser divulgadas para atender à demanda de pesquisadores, de leitores comuns, indicando-lhe as melhores edições havidas, ou acontecendo. Trabalho mais de bibliotecário do que de livreiro ou bibliófilo.
O universo dos livros impressos estaria composto de categorias, destacando-se as seguintes: obras raras, edições de arte, edições especiais, edições alternativas, edições comerciais. Há elementos que diferenciam tais categorias, mas sempre há uma zona de fronteira entre elas que exige arbítrio, dependendo dos objetivos da classificação. Há casos em que um livro caberia em mais de uma categoria e exige definir em qual localizá-lo preferencialmente.
Excepcionalmente e arbitralmente, mas não necessariamente arbitrariamente, incluiremos também algumas edições de obras de editoras comerciais extintas e até de outras contemporâneas, cujas obras, mesmo não sendo nem de arte, nem especiais ou raras, merecerem destaque por serem significativas para a poesia brasileira em seu processo formativo ou divulgativo. Autores consagrados ou novatos que mereçam registro. Serão consideradas “alternativas” por falta de uma designação mais adequada.
Esta bibliografia faz parte do tema que Catarina Helena Knychala, mestre pela Universidade de Brasília, vem pesquisando desde 1978 e fará parte de um trabalho que ela pretende publicar. Trata-se, portanto, de um adiantamento, incompleto. É autora de muitos artigos científicos e divulgativos, catálogos bibliográficos e organizadora de mostras de livros brasileiros. Autora do célebre O Livro de Arte Brasileiro (editora: Presença ano: 1983).
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