GLAUCO MATTOSO E A “ESTÉTICA DO PÉ SUJO” EM
MANUAL DO PODÓLATRA AMADOR
Ana Paula Aparecida Caixeta
Wilton Barroso Filho
Glauco Mattoso, criador do Jornal Dobrabil, vem construindo uma vasta obra literária desde 1970. Atualmente é o maior sonetista de todos os tempos e entre contos e sonetos, despeja nas palavras sua angústia e revolta causadas pela cegueira. Seu nome é proveniente do seu autoescárnio, reflexo de sua condição de cego – devido a um glaucoma congênito. Pedro José Ferreira da Silva, paulistano nascido em 1951, intitulado como “poeta maldito”, o novo “boca do inferno”, é descendente literário de Gregório de Matos e Manuel du Bocage e se destaca por sua escrita escarnecedora e crua, expositora de suas sensações. Isso lhe permite moldar uma estética singular, própria, que tece seus textos e caracteriza sua obra.
A partir da “apreciação estética de obras de arte individuais e no conhecimento das circunstâncias históricas que condicionam a obra de arte externamente” segundo Hegel, em Cursos de Estética I (2001, p.44), é possível reconhecer a obra de Glauco Mattoso no campo artístico literário.
Para isso, é necessário buscar elementos que formam e completam a obra do autor, levando a uma construção estética particular. De acordo com o filósofo, isso é possível por se tratar “de uma apreciação que é feita com espírito e senso, apoiada em conhecimentos históricos, que por si mesmos permitem penetrar em toda a individualidade de uma obra de arte.” (HEGEL, 2001, p.44)
Podem-se observar, na obra desse artista, características que se fazem presentes na linguagem por ele utilizada, seja em prosa ou em verso, construindo um modo particular de olhar o mundo a partir de suas sensações. Destas sensações, Glauco expõe, sem receio algum e com deboche, a cegueira e o fetiche: ambas o levam ao sadismo ao masoquismo comum em seus textos. Em praticamente todo o livro há a presença forte de situações de humilhação e degradação, com um viés erótico, sofridas ou desejadas pelo narrador:
[...] a lambida, quando dada diretamente sobre a pele, já é uma carícia oral, um gesto erótico, que implica o prazer físico de pelo menos uma das partes – ao passo que a ideia que se quer habitualmente passar é antes de tudo ética: a bajulação, o servilismo, a renúncia à dignidade (...) Um rosto no chão, uma boca num pé, uma língua numa sola é algo que estimula o sadismo e o masoquismo, o fetichismo, o voyeurismo, o onanismo. É um ato sexual. Pelo menos pra mim. (MATTOSO, 2006, p.96)
A necessidade em desvendar os critérios de uma estética glaucomattosiana veio à tona a partir do momento em que identificamos características singulares na escrita deste autor, provinda, basicamente, dos condicionantes mencionados acima e a licenciosidade: tudo isto apresentado com uma linguagem escarnecedora, que se faz presente por meio da coprofagia – releitura escatológica da antropofagia oswaldiana. Mattoso(2006) diz
Fiz a apologia da merda em prosa & verso, de cabo a rabo (...) Se no meio dos poucos bons tem tanta gente fazendo merda e se autopromovendo ou sendo promovida, por que eu não posso fazer a dita propriamente dita e justificá-la?
Essa justificativa, para ele, é a coprofagia: “uma reciclagem dos detritos e dejetos dessa digestão”, ou seja, da antropofagia oswaldiana. (2006, p.143-144)
Por meio da coprofagia, Glauco Mattoso vai ao sub-humano ou, como ele mesmo comenta: o desumano, o excretado, o excluído. Ele recupera aquilo que é simplesmente negligenciado no contexto social, literário e artístico. O que ele chama de coprofagia é um resgate de leituras, articuladas por sua memória e expulsas por suas palavras. O poeta aprofunda-se numa estética que se apropria deliberadamente de outros textos. Essa postura paródica é utilizada pelo autor em, praticamente, todos os seus trabalhos, desde os romances, ensaios ou sonetos. E diz “Em terra de leigo, original é quem plagia primeiro.” (MATTOSO, 2006, p. 143)
Nessa temática, Mattoso não parte do humano para chegar aos excrementos. Ele inicia a partir dos excrementos para chegar ao humano. É como se ele começasse por baixo propositalmente a fim de desvendar o lado oculto e inimaginável do ser. E comenta: “Pessoalmente, sempre tive os pés no chão e nunca senti tesão por anjo. Quero aquilo que existe e acontece. Desejo pôr a cara nos pés de quem os tem no chão.” (2006, p. 73).
O gosto de Glauco Mattoso é mais fino que a própria estética. Isso leva a uma concepção erudita que consolida seu fetiche como uma percepção particular, sendo possível caracterizá-lo como produtor de uma estética singular.
Esse artista converte suas sensações em escárnio, debochando de si e de todos a fim de ganhar força para deblaterar contra sua condição humana. A ironia crua está acionada em seus textos formando uma linguagem própria, provinda dessa condição.
Assim, o riso escarnecedor, libertador, ganha seus textos como representação de uma manifestação estética.
A própria narrativa de GM tem um gesto estético. Qual é o gesto presente nele? Essa pergunta é fundamental para que se chegue à paideia glaucomattosiana.
Obras que possuem uma mesma estética chegam a um mesmo resultado. O autor, ao ampliar sua obra, vai se enquadrando numa estética criada por ele. Seu trabalho começa a tomar uma forma. Cabe aqui desvendar qual é a forma moldada por Glauco Mattoso, a partir dos estudos sobre o Manual do podólatra amador.
O período clássico tinha a arte como uma representação da realidade. Hegel discorda disso e vem dizer que a arte não é cópia da realidade e sim, uma outra realidade. Nesse contexto, podemos trazer a criação artística como um meio de possibilidades. Fazendo um diálogo com Milan Kundera em que ele aponta os “egos experimentais”, podemos perceber que seriam estes as possibilidades que vão além da vida real, criadas pelo artista.
Glauco Mattoso tem em sua obra a presença nítida (ou não) de fatos da vida real. O autor joga com a realidade e a ficção fazendo com que o leitor se perca nessa brincadeira sem conseguir distinguir uma da outra. A obra fala por si só, porém, o autor a carrega de ações que zombam da realidade e chocam o leitor. Aproximar-se da realidade é pensar o real, a vida, o cotidiano. Até que ponto podemos acreditar na veracidade destes fatos narrados?
Um romance autobriográfico, que, antes de ser autobiográfico, é um romance, traz em si uma outra realidade, a possibilidade da obra de arte. A autobiografia aponta para a realidade do autor, mas está no limbo entre ficção e realidade.
O romance de Glauco Mattoso traz uma nova realidade por meio do gesto artístico. E nesse contexto, ele é transformador.
Podólatra, homossexual e literato, GM transpõe as palavras e se manifesta como ser verdadeiramente possuidor de desejos, suscetível às ações reais que chocam e rotulam, mas que devem ser assumidas sem restrições. É nesse sentido que o escritor compõe, ele próprio, um painel formado por autores ditos antipadrões. Escritores cuja arte se abre e aborta os sentimentos antes ignorados e trancafiados pelos apelos morais.
Seguindo essas primícias, é possível entender que a obra Manual do podólatra amador é uma amostra da literatura que caminha em um universo “à parte” e que compõe, a partir das sensações do autor, uma estética própria: a “estética do pé sujo”.
Mas o que é estética?
A pessoa tem a necessidade de sentir: a vida, as coisas, as pessoas, a natureza, o mundo. A procura de uma definição para o “sentir” é fruto da racionalidade. É inerente a pessoa a reflexão e tendência ao domínio de tudo. Pensar invoca soberania. Mas como pensar a sensação?
Refletir sobre algo tão abstrato e envolvente não é simples. Os estudos estéticos, desde a antiguidade clássica, buscavam um conceito que os definissem e enquadrassem a visão estética na possibilidade de universalizá-la. Primeiramente chamada Estudo do Belo, a partir da Idade Moderna, essa discussão passa a ser entendida como estudo da Estética. Isso ocorre logo após a concepção de uma visão racionalista que possibilitou se pensar a sensação em contexto com o mundo. Dessa nova abertura filosófica, a Estética foi sendo melhor interpretada, tornando-se assunto de devida importância para a Filosofia.
Antes de ser Estética, é importante lembrar que essa “sensação” era conceitualizada como algo idealizado e espelhado, denominado Belo. Este Belo estava acima da razão humana, sendo apenas um modelo de comparação para definição daquilo que o mundo continha: natureza, humanidade e suas criações. Temos nesse contexto, uma perspectiva que, aparentemente, exclui o envolvimento do ser com o mundo e, em busca de uma ideia, recorre a parâmetros inalcançáveis, divinos.
Em contrapartida, temos um pensamento mais racional, humano, que, em milênios atrás, definia esse Belo como algo mais abrangente, abarcador das sensações diversas, porém, pensado metricamente. Apesar de restrita, atribuindo ao objeto a condição estética, que, por sua vez, deveria estar dentro de padrões predefinidos, essa concepção conseguia pensar além do Belo em si. Ela levantava questões importantes, inerentes à sensação, que envolviam outras perspectivas estéticas: o feio, o risível, o trágico.
A Estética foi ganhando espaço, e durante longa data, tornou-se fonte de discussão entre filósofos. Nesse contexto, diversos pensadores trouxeram noções mais profundas e, ao mesmo tempo, sutis que, expunham as sensações humanas a partir da relação consigo mesmo, com o outro e com o mundo.
Sentir é viver. A Estética é fruto desse sentir. É possível, a partir dela, entender o ser e suas ações. Se não, ao menos chegar próximo daquilo que fecunda as relações humanas em contextos inesgotáveis. Representada pela arte, é ela que possibilita desvendar aquilo que, moralmente, é ocultado.
Como é sabido, a Arte é a representação da manifestação estética. Por meio dela, o ser passou a expressar o que há de mais íntimo e inenarrável. Nessa perspectiva, ela consegue ultrapassar o tempo e evocar a história, contextualizando a vida. Somente pela Arte, a humanidade dialoga com o tempo e o espaço, quebrando as barreiras convencionais, transformando o homem a partir da Estética.
Entendendo, pois, o que é estética, podemos, então, evocar nosso objeto de estudo: o romance autobiográfico de Glauco Mattoso, intitulado Manual do podólatra amador: aventuras & leituras de um tarado por pés.
Este livro foi publicado, pela primeira vez, em 1986. Trata-se de uma narrativa autobiográfica e também fictícia, em que Glauco Mattoso nos conta as suas “aventuras” sexuais. É preciso esclarecer que parte dessas “aventuras” será apresentada como tortura e violência sexual, muitas vezes sem o consentimento do relator (dizemos “sem o consentimento” porque, no decorrer do texto, Mattoso deseja a violência, a humilhação e se imagina no lugar de torturados).
Trabalhamos, especificamente com a 2ª edição publicada em 2006. Esta nova publicação vem acrescida de alguns trechos e mais um capítulo final.
O interesse em trabalhar com este título surgiu a partir do momento em que foi possível perceber que este romance ainda é mal digerido, pouco estudado e rotulado como “a autobiografia de Glauco Mattoso”. Porem é nítida a opção do autor em não se fixar em uma só categoria literária, passeando por outros gêneros e dificultando, à primeira vista, uma percepção mais clara dos caminhos traçados por ele. Isso já é suficiente para se ter em mente que esse texto não é puramente autobiográfico, tendo nítidas características ditas pós-modernas, como consta:
[...] a podolatria, elevada à categoria de transgressão dos padrões sexuais, acaba convertendo (ou pervertendo, ou subvertendo) a experiência erótica em experimentação estética, e portanto um texto que bagunce com os gêneros gramático-sexuais fatalmente bagunçaria também o gênero literário, sendo, destarte, pós-moderno por definição. (MATTOSO, 2006, p. 244)
Glauco comenta, na página 162, a dificuldade (na verdade, o medo) em produzir um romance ou memória. Essa afirmação dada por ele no Manual é uma forma de dizer que sua escrita não seria propícia para este ou aquele estilo, cabendo ao próprio texto ir moldando seu formato e brincando com os gêneros.
A paródia, característica forte dos textos de Mattoso, é a principal articuladora dessa obra, ironizando manuais sexológicos, romances e textos memorialísticos. Isso é possível de ser compreendido na medida em que o autor vai revelando sua tara com uma mistura de verdade e ficção, encaixando suas palavras em meio à intertextualidade.
O texto começa com definições, apresentações, justificativas. Glauco expõe sua necessidade de “explicação” de termos e origens, comparação com outros autores, incluindo citações de clássicos a textos apócrifos – sempre com um teor paródico.
Entre “confissões” (reais e/ou fictícias) o autor tece o texto em meio a pausas, para citar outros textos, referenciar e credibilizar seus relatos. É como se as citações fossem um “referencial teórico” que legitima a obra, dando à narrativa uma característica de tese. E diz: “Para consumo menos sofisticado que o paladar acadêmico-literário, esboço minha própria tese, que deixa de lado a expressão poética pra se ater ao mero mérito da questão.” (2006, p. 247)
O autor quebra a linearidade do texto, indo e voltando em fatos e personagens. Em algumas partes, Mattoso retoma cenas ou as reconstrói, possibilitando a realização de novas ações, dando ao narrador o poder de modificar seu real destino por meio da palavra. E nesse contexto se percebe a astúcia do autor ao reformular suas lembranças a partir de seus desejos.
Em quase toda a obra, o autor se apoia ao repertório literário que adquiriu, fazendo da intertextualidade um diálogo entre grandes literatos, a partir dos reflexos de sua memória. No decorrer do texto, à medida que GM vai publicando e ganhando espaço como escritor, esse diálogo literário passa a ser feito com suas próprias publicações, tecendo uma rede temática que se aproxima da literatura sadomasoquista, pornográfica e escarnecedora, justificada e colaborada com suas próprias produções. Ele começa citando outros para depois citar a si mesmo. E brinca: “De tanto citar nomes famosos, acabei citado entre eles” (2006, p.139).
A temática utilizada pelo autor é, acima de tudo, a experiência pessoal. Ele parte do seu gosto particular, adquirido ao longo de suas vivências sexuais, fazendo dessa característica a fundamentadora de todo o texto. O fetiche por pés masculinos sujos e fétidos, desenvolvido ainda na infância, passa a ser o desencadeador das ações vividas por Mattoso.
A partir desse princípio, resulta-nos possível entender um pouco mais da escrita desse autor tão polêmico e ainda pouco comentado, buscando, no Manual do Podólatra amador, a estética criada por Mattoso a partir de seu fetiche por pés.
Para dar início a um possível estudo estético do Manual, é necessário descobrir elementos formais que constituem essa obra e levam o autor a construir uma estética singular a partir do gosto.
Até o momento, os principais elementos constituintes da estética do pé sujo podem ser descritos como:
1º- A paródia: feita sobre manuais e narrativas de educação sentimental, ela é fundamental na constituição do texto;
2º- A intertextualidade: não só como consequência da paródia, mas uma forma de credibilizar seu texto e aproximar o gosto do autor com o de outros autores (a partir das interpretações de Glauco Mattoso);
3º- O gosto: surge a partir das humilhações e violências sofridas na infância e adolescência, ligado à sensação de solidão. Tudo isso leva ao fetiche por pés masculinos sujos e mal cheirosos;
4º- O cheiro: associado ao castigo/punição e ao mesmo tempo, à liberdade de se aproximar daquilo que comumente causa repulsa;
5º- A ironia e o escárnio: acreditamos que entre esses dois aspectos está a escrita de Glauco Mattoso.
A partir da identificação desses elementos, podemos então pensar no que seria a “estética do pé sujo”. O estranhamento que este nome causa leva ao riso imediato. Mas quando esse termo entra em contexto na obra de Glauco Mattoso, torna-se provido de significado muito especial.
Em seus mais de 50 títulos publicados, o autor se afirma em uma característica comum: a percepção a partir do gosto. Essa explicitação do fetiche é uma atitude deliberada, portanto impõe a forma de toda a obra. Mattoso usa desta singularidade para caracterizar sua escrita, fazendo dela um lugar comum, capaz de compor, digamos, um modelo único, provindo exclusivamente de suas sensações.
A palavra é sua arma. Por intermédio dela, ele consegue provocar o leitor, escarneando a si mesmo e o mundo a fim de ganhar força contra tudo e contra todos. Seguindo, descaradamente temáticas fortes, nomeadas por ele mesmo e por alguns estudiosos como desumanismo, Glauco afronta o espectador para que este reflita sobre a condição humana. O poder da palavra é por ele usado como ferramenta de choque, atingindo quem se dispuser a fruí-lo.
Para usufruir de esse poder, GM não desvincula o que mais o condiciona: o desejo. Sabe-se que é esse desejo o portal que ultrapassou a barreira da cegueira, já que o autor perdeu a visão aos 40 anos. É o fetiche a distinção geográfica de dois mundos opostos, que leva o fetiche a ser necessário para o pleno e claro reconhecimento dos espaços que se distinguem. Assim o lugar onde se sente o odor do pé sujo é o lugar sagrado onde o autor se realiza cristalinamente por meio do desejo.
Criação estética de Glauco Mattoso, a chamada “estética do pé sujo”, induz o autor a se manter numa única ideia, que desta forma passa a ser mestra de suas criações. A facilitadora natural da criação estética é a arte. Demonstrar sua arte a partir de suas sensações é a fórmula que o artista encontrou para se solidificar em sua concepção particular.
Pensando nisso, acreditamos ser possível aproximar a ação criativa de Glauco Mattoso a uma estética própria: a “estética do pé sujo”. É importante ressaltar que este nome não é aleatório, pois carrega em si a literariedade que contracena com o desejo e a estética, atuando como provocador. A condição risível que o autor fomenta em sua obra depõe a favor do título, já que esse jogo de escárnio sustenta suas palavras.
Mattoso parte de uma ironia fina, capaz de driblar significados, jogando com as imagens capturadas pelo leitor. E nesse processo, a idealização do pé sujo, no contexto mais ultrajante, invade suas palavras e produz o riso. Essa percepção risível, presente no universo glaucomattosiano, parte de terrenos moralmente excluídos e, por isso, engraçados, mas totalmente embutidos de fortes críticas à humanidade.
É necessário entender a obra de Glauco Mattoso. Mas para que haja fecundidade nesse estudo, torna-se imprescindível desvendar o processo criativo dele. O que o faz um escritor maldito? De onde vem o desejo de expor em literatura aquilo que provém do particular? Pensar as particularidades leva a uma concepção mais plausível, capaz de desvendar aspectos minuciosos, porém, de grande importância na concepção da obra.
Acreditamos que Glauco Mattoso vê o que a visão lhe ocultou. Sua sensibilidade não se esgota em seu fetiche particular, ela ultrapassa as barreiras da emoção pura e inconsciente e vai sendo moldada a partir da razão sensível do autor. Vale lembrar: razão. Essa racionalidade o encaminha a uma construção mais elaborada, premeditada e concebida ao longo de sua erudição.
Referências bibliográficas
HEGEL. G. W. Friedrich. Cursos de Estética, v.1. Tradução de Marco Aurélio Werle. São Paulo: Edusp, 2001.
KUNDERA, M. A arte do romance. São Paulo, Nova Fronteira: 1988.
MATTOSO, G. Manual do Podólatra Amador: aventuras & leituras de um tarado por pés. 2. ed. São Paulo: All Books, 2006.
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