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AFONSO FELIX DE SOUSA (1925-2002)
Nasceu em Jaraguá-Goiás. Formado em Economia com pós-graduação em Economia Internacional na École des Hautes Etudes da Sorbonne.
Trabalhou no Banco do Brasil. Assistente de promoção comercial na Embaixada do Brasil em Beirute. Jornalista no Diário Carioca (Rio de Janeiro). Tradutor de numerosas obras em prosa e verso. Organizador de edições da obra de do Barão de Itararé.
Principais Obras Literárias O Túnel, Edições Orfeu; Civilização Brasileira , Rio de Janeiro , 1948 e 1976. Poemas (2ª edição em Pretérito Imperfeito) - 3ª ed. em Chamados e Escolhidos, Ed. Record, Rio, 2001). Uma de suas mais notáveis obras é Do sonho e da esfinge , Edições Orgeu; Civilização Brasileira , Rio de Janeiro , 1950, 1950, 1967 e 1976. Poemas (3ª edição em Pretérito Imperfeito - 1967 /4ª edição em Chamados e Escolhidos, Editora Record, RJ - 2001) O amoroso e a terra , Livros de Portugal; Civilização Brasileira, Record , Rio de Janeiro e São Paulo , 1953 , Poemas (5 edições). 1953, 1968, 1976 (em Pretérito Imperfeito) - 1993; 2001 (Chamados e Escolhidos).
Memorial do errante , Livros de Portugal; Civilização Brasileira. , Rio de Janeiro , 1956; 1968. Poemas (3ª ed. em Pretérito Imperfeito - 4ª ed. em Chamados e Escolhidos; Record, Rio, RJ, 2001. Íntima Parábola , Livros de Portugal; Civilização Brasileira. , Rio de Janeiro , 1960 , 1960, 1968, 1976, 2001 - Poemas (3ª ed. em Pretérito Perfeito - 4ª ed. em chamadas e Escolhidos, Record, Rio, 2001. Álbum do Rio , Livros de Portugal; Civilização Brasileira, Record , Rio de Janeiro , 1965, 1976, 2001. Poemas (2ª ed. em Pretérito Imperfeito - 3ª ed. em Chamadas e Escolhidos). Chão Básico & Itinerário Leste, Edições Quiron/INL; Record. , São Paulo e Rio de Janeiro , 1978, 2001. Poemas (2ª ed. em Chamados e Escolhidos). Quinquagésima Hora & Horas Anteriores, Philobiblion/Rio Arte; Record. , Rio de Janeiro , 1987 , 1987, 2001. Poema (2ª ed. em chamados e Escolhidos). À Beira do teu corpo, José Olympio; Record. , Rio de Janeiro , 1990 , 1991, 2001. Poemas (2ª ed. em Chamados e Escolhidos). Sonetos aos pés de Deus e outros poemas, Edições Galo Branco; Record. , Rio de Janeiro , 1996, 2001. Poemas (2ª ed. em Chamados e Escolhidos).
Prêmios Literários Nacional de Poesia Olavo Bilac do Departamento de Cultura do DF. , Rio de Janeiro, Íntima Parábola , 1957 Prêmio de Poesia Álvares de Azevedo da Academia Paulista de Letras. , São Paulo- SP , Íntima Parábola , 1961 Prêmio Ribeiro Couto de Poesia, UBE , Rio de Janeiro , Obra poética , 1997 Prêmio de Literatura do Conselho Municipal de Cultura de Goiânia. , Goiânia - GO, Obra poética , 2000 Fonte: Associação Nacional de Escritores TEXTOS EM PORTUGUÊS / TEXTOS EN ESPAÑOL
Veja também>>> POÈMES EN FRANÇAIS
Há no tempo letais misturas de venenos em cada instante a mais em cada instante a menos
Que o corpo seu fim trisca em cada instante a mais eu sei como quem cisca os seus restos mortais
ESCRITO NA AREIA
SOUSA, Afonso Félix de. À Beira de teu corpo. Trenodia. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1990. 58 p. 14x21 cm. Capa: Joatan Souza da Silva. ISBN 85-03-00387-3 “ Afonso Felix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
4
A noite em que mergulhas é densa, é densa, é densa.
É de horas que não passam por já suspenso o tempo.
É sono acumulado no sono dos abismos.
É névoa que se forma de todos os nevoeiros.
É túnel que vai dar em mais profundo túnel.
É porta que se fecha para não mais abrir-se.
É resposta em silêncio à suprema pergunta:
Se uma Luz nos espera, ou nos espera o Nada.
SOUSA, Afonso Felix de. Chamados e escolhidos. Reunião de poemas. Rio de Janeiro, RJ: Record, 2001. 624 p. 14x21 cm. Projeto gráfico: Regina Ferraz. ISBN 85-01-06212-X “ Afonso Felix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
GOETHIANA
Porque o mundo destila tanto veneno em meu peito já marcho fora da fila em cada vez mais estreito
caminho onde o olhar oscila como um farol contrafeito mostrando na água tranquila o mar revolto em seu leito
Por verdadeira e absurda a canção que fala em flores mas deixa marcas de espinhos
a expressão nunca me aturda e tristezas penas dores eu passe por seus moinhos
SOUSA, Afonso Félix de. Qüinquagésima hora & horas anteriores. Poesia. Rio de Janeiro: RioArte; Philobiblion, 1987. 108 p. (Coleção Cavalo Azul) 14x21 cm. “ Afonso Felix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
SOLOMBRA PARA CECÍLIA MORTA
Que voz é tua voz! É um aviso, é suave. Chega como em surdina, acorda oceanos, ilhas. E tem de asas batendo. Ah, fugitiva ave.
Ela sobe da Terra. Ou do céu ela desce. Sonâncias de cristais, dolorido estribilho de música interior, de madrigais, de prece.
Nenhum flash ou trovão. Ela é vaga, quão vaga e funda a percussão. De um jogral em vigília trará os entreténs, o alaúde que embriaga.
Às vezes tão estranha, erra em estranhos mundos. E em seus sussurros há de um falar em família. Sim, o que alívio traz também fere, e bem fundo.
Cecília, Cecília, Cecília.
Brasília, nov.° 1964
SOUSA, Afonso Félix de. Íntima parábola. Poemas. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1960. 87 p. 11,5X17,5 cm. “ Afonso Felix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
SONETO XIX
Ouve este búzio : mais que o mar a teu ouvido, e mais que a eterna voz com suas fúrias ternas, vezes multiplicado e vezes dividido terás o coração de um homem das cavernas. Que não te cegue tanto azul. . . Olha as gaivotas em brandas sugestões de buscas e desenhos, e poderás sentir que imprecisas derrotas cruzo antes de te ver, de cada vez que venho. Sente esse palpitar de imensidões e de ais, e a distância a contar de auroras andarilhas, e terás a razão dos trémulos cristais que o mar vai apanhando em verdes armadilhas. Fala depois ao mar — e estranha voz composta de espera e desespero, ouvirás em resposta.
SOUSA, Afonso Félix de. Memorial do errante. Poemas. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1956. 104 p. (Poesia Sempre) 11,8x17,5 cm. Retrato do autor por Rossini Perez. Ilustrações de Guima Vieira. “Afonso Félix de Sousa “
ORAÇÃO DA LAPA
Ó Marias, que no olhar fosco guardais luas de graça plenas, perdão se venho estar convosco na hora sempre de minhas penas,
e se assim busco em vosso ventre doce favo de céus amargos e as pérolas que arrancais de entre contorções e tristes letargos.
Eu, vago e poeta, ante os altares em que sois mães em desespero e escutais vindos de outros ares choros de invisível canteiro,
eu, de minha própria alma expulso por não ter luz que me transporte, rogo guardeis meu sol convulso na hora sempre da minha morte.
SOUSA, Afonso Félix de. Álbum do Rio. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1965. 81 p. 19c25,5 cm. “ Afonso Félix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
DAS ESCRITURAS — I OU PONTEIO DO RECÉM-CHEGADO
Saibam todos que uma porta fechou-se — e eu por ela entrava. Saibam que do alto descia o sol desfeito em luz brava. Saibam que batia à porta minha voz, que me chamava, pois quando entrei, para trás um pouco de mim ficava. Saibam todos que a cidade pedaços meus já tragava, dando lições à minha alma de como tornar-se escrava.
— Poeta; aqui corre o leite que restou de muitas luas. Hás de estar melhor que em casa em qualquer das minhas ruas. A teu encontro em meus mares virão velozes faluas, Filhas minhas que sonhares terás em carne e osso e nuas. Dar-te-ei todas as virtudes e outras mais que te atribuas. As chaves de minhas portas serão todas elas tuas.
— Cidade, se me dás muito, muito mais meu ser reclama. Mas antes deixa que eu volte à minha voz, que me chama, e traga-a com outros trastes que não estão no programa. Tudo o que fui e amei antes essa voz em mim derrama com a água dos pensamentos que me acompanham na cama. E em ti quer estar inteiro este que, cidade, te ama.
— Poeta, se repetires que amas sem que amando estejas, far-te-ei lamber as entradas de minhas muitas igrejas para limpares a boca de tais palavras sobejas. Se queres me amar, arranca do corpo as pernas andejas. Teu coração traz-me em postas em uma ou duas bandejas. Então, quando só meu fores, me amarás se assim desejas.
— Cidade, venho de longe e nem sei bem o que quero, mas ser de alguém totalmente é coisa que não tolero. Por seres bela ofereço-te amor bobo mas sincero, que o amor se faz de bobagens e sendo enganoso é vero. És bela e por teus encantos muito do que sou libero. Mas o que fui não me roubes com teu exigir severo.
— Poeta, a entrega é o primeiro de outros muitos exercícios, se queres receber a alma dos cariocas vitalícios. Entrega-te, e quando achares naturais meus artifícios, até aos teus descaminhos serão os ventos propícios. Filhas minhas que sonhares virão cuidar de teus vícios, e hás de ouvir à minha sombra Drummond, Cecília, Vinícius.
— Cidade, mas onde a escolha? Como voltar, se não posso? A porta está bem fechada e o teu desejo é o nosso. Teu sabor de céu e inferno sinto cada vez mais próximo, e cada vez mais se apaga o que fui, feito em destroço. Quero cantar-te, cidade, e meu canto é um paradoxo que tem raízes na terra enquanto nuvens esboço.
— Poeta, vai, pega a lira e por aí sai cantando. Mas segue como um cão dócil sempre fiel a meu mando. Não cantes em falsos hinos meu passado venerando, nem fiques em odes ocas a meus encantos, e quando triste estiveres não chores, mesmo que estejas chorando. Canta só o que viveres, sempre fiel a meu mando.
E saibam todos que em volta de mim fechou-se a cidade. E saibam todos que preso respirei a liberdade. E se uma porta se abrisse, onde andaria a vontade de escolher uma outra sorte ou libertar-me da grade? Minha vida amores dores correm no chão da cidade. Disto, os cantos que se seguem dão fé e conformidade.
SOUSA, Afonso Félix de. Pretérito Imperfeito. 25 anos de poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; MEC/INL, 1976 p. 302 p. 14x21 cm. “ Afonso Félix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
EMBALO
Onde quer que estiveres entregue ou fugitivo verás o que não queres na morte e no estar vivo.
Onde quer que banhares a carne e os pensamentos virão de outros lugares banhar-te outros momentos.
Onde quer que dormires será teu sono prece que sobe em arco-íris e sem que alcance desce.
SOUSA, Afonto Félix de. Nova antologia poética. Goiânia, GO: Cegraf/UFG, 1991. 193 p. 15,5x21,5 cm. Projeto gráfico e capa: Laerte Araújo Pereira. Revisão linguística: Darcy França Denófrio. Isbn 85-85003-86-3 “ Afonso Félix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
AVES SEM POUSO
Onde há carne há solidão. LEDO IVO
Percorro o território de teu corpo e um ninho, um pouso busca a boca cega salivando saliências e reentrâncias que dás e negas, tão cheia de graça, e és tão cheia de ninhos, só que pairas em paramos que esboças pelo teto quando descerro as portas que me trancam o coração, e o coração já voa também por outros paramos, por onde como soltos no espaço nós soltamos asas de aves que em vão buscam um pouso.
SOUSA, Afonso Felix de. Antologia poética. 2ª. Edição revista e ampliada. Introdução de Gilberto Mendonça Teles. Seleção do autor. Organização de Domingos Félix. Goiânia, go: Oriente, 1979. 208 P. 172 p. 14x21 cm. “Orelha” do livro por Adovaldo Fernandes Samapio. A capa contém o erro: “Souza” em vez de Sousa no nome do autor. “ Afonso Félix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
50 ANOS
INSCRIÇÃO NO TRONCO DE UM CEDRO Vencer o tempo
SOUSA, Afonso Félix de. Poemas. Org. Astrid Cabral. Brasília: Thesaurus Editora, s.d. 16 p. (Série Escritores Brasileiros Contemporâneos, 19) 10,5x14,5 cm “ Afonso Felix de Sousa “ Ex. bibl. Antonio Miranda
CONFIDENCIAL A SANTA BARBARA
Tenho tudo, mas não tenho o que é meu.
Basta-me saber que morre uma coisa, para amá-la com a dor de quem se cala enquanto um grito percorre o peito afogado em porre. De tão morto nem alcanço o que mais amo, ao balanço do que a vida já me deu. Tenho tudo, mas não tenho o que é meu.
O tempo, sei, tudo come. Mas na igreja pequenina a branquejar na colina, deixe, para minha fome, pelo menos os dois nomes: meu nome e o nome da morta bem juntos bem junto à porta - e foi o amor que escreveu. Tenho tudo, mas não tenho o que é meu.
Foi numa tarde. Doçura! O sol de quem sente a amada dourava a Serra Dourada. Instante que sempre dura na mais funda sepultura, onde dorme, minha Santa, a luz que nada suplanta, que o amor me deu mas não deu. Tenho tudo ... só não tenho o que é meu.
TEXTOS EN ESPAÑOL
DESTINO
Trad. De Felipe Trimboli e Eduardo Dalter
Porque naciste oscuras raíces se desparramaron trazando esos caminos. Ahora vas adelante. Aun cuando desees detenerte debajo de un árbol, comer un fruto que no sea tuyo, echarte a la sombra que no cae del cielo para todos, o desviarte por otros caminos que soñaste y sólo por eso juzgas tuyos, irrevocables y mecánicos son los pasos que te van llevando, inerme, sobre la cuerda floja hasta la otra margen - de donde volver no puedes. Volver atrás no puedes; es tarde, siempre es tarde, que a cada momento la cuerda revienta detrás de ti y se arma de nuevo a tu frente para que de nuevo la pises, vayas adelante, llegues allá. Pero ¿a qué lugar u orilla? ¿A que destino? Manos invisibles trazan el destino; y los hilos con que los trazan, traman, son igualmente invisibles. Y vas. Por donde vas, sean o no los caminos que sueñas tuyos y pisas, en toda agua a la que te asomes, ves, encuentras la imagen de la que huyes y es la imagen que buscas.
Extraído de CUADERNO CARMIN DE POESIA 13, 1999, P. 10 Revista dirigida por el poeta Eduardo Dalter, Buenos Aires. =========================================
DURACIÓN DEL POEMA
Traducción de Adán Mendez
El amor aplasta el amor y los campos de Ia vida se deshacen. Las ventanas que daban a tu exterior, y a se cerraron todas. Es tarde para abririas. Ahora vuelves de dónde? ahora sabes que es necesario el silencio para sentirte mejor el exiliado. Playa dei espanto. Islas, oh islas lejanas, impalpables! Quieres correr el verde país de ayer, donde el niño que fuiste juega todavía. Y es tarde para el retorno. Forzoso es despertar en el extraño que, pálido, despierta en tu íntimo. Los árboles, de piedra! Oh, pájaros enmudecidos. Entre cuatro paredes, tu alma clama por los caminos libres, en el azul... en el azul! Ah, no ser el pastor tocando las nubes por invisibles campinas. O más alia, en las playas más retiradas, no guardar el rebaño de estrellas, apenas se adormecen. Vuelo inútil de la imaginación estallada en aves, si no huyes más alia de Ia carne y de ti mismo. Pero, oyes. Qué oyes? Son los pensamientos, los dulces pensamientos de otrora que vuelven, pero envueltos en vientos que cuentan ay! de un desengañado. Escucha: alguien más triste que tú, alguien que pudiera atravesar el arenal en llamas, repite lo que callaste cuando las palabras te cegaron con su luz más pura. Necesitas aire. Necesitas abrir Ia puerta y dar una carcajada para que despiertes el mundo y de nuevo te sepas vivo. Necesitas... que en el fondo de ti se descubran Ias palabras y en el fondo de Ias palabras escucha: hablan cosas Las cosas hablas. He ahí lo indecible.
Las bocas... nada dicen las bocas, pero todo se revela. Los ángeles, ya fríos e informes, he aquí que se animan, y te transportas, en alfombra de ausencias, a las regiones de la fábula. Caballos galopan sobre la arena. El mar recibe el mensajero de otro mar de llanto donde ahogaste el alma. Barcos nocturnos llevan el mensaje. El cielo se desmorona sobre ti, dominado, el clamor de los dioses en furia.
Y he aqui: con Ias olas de la nada llegan... Goiás en mil violines...
O las colinas en que, dominado, te reencuentras sobre tus propios rastros, en lo antiguo? En paz te acuestas y bajo las bendiciones de Venus, a quien ofreciste en sacrificio lo mejor de ti, el niño que fuiste, duermes. Y sabes que a tu sueño, lo guarda lo indecible.
(Extraído da obra THIAGO DE MELLO – VISIÓN DE LA POESÍA BRASILEÑA. Santiago de Chile: Red Internacional del Libro, 1996. Publicada com o apoio da Embaixada do Brasil e do Banco do Brasil).
MECIMIENTO
Traducción de Gabriel Rodríguez
Donde quiera que estuvieres entregado o fugitivo verÁs lo que no quieres en la muerte y estando vivo.
Donde quiera que bañares la carne y los pensamientos vendrán de otros lugares a bañarte otros momentos.
Donde quiera que durmieses será tu sueño rezo que en arco-iris sube y baja sin que lo alcance.
(Do Sonho e da Esfinge)
SONETOS
Traducción de Gabriel Rodríguez
III
Si viene la noche a generar encantos, puedo inventar penínsulas y mares, pisar islas al sur entre olas mansas, pero poco aún tendré en manos de barro. Dios ha de estar entre las sombras.. .Díganme como tenderle las manos y mirar el absurdo. Así, frágil y mortal, para que yo siga es forzoso que me apoye en la cal de los muros humanos. Es noche y se deshace toda la belleza de lo que amara en formas hechas humo. Para que la sienta en mí va el alma encendida a arrancar mi vida de sus túmulos. Y los sitios que habité, mas los otros que sofié habitar, con la noche vuelven.
(Memorial do Errante)
A POESIA GOIANA NO SÉCULO XX (Antologia) – Organização, introdução e notas de Assis Brasil. Rio de Janeiro: FBN / Imago / IMC, Fundação Biblioteca Nacional, 1998. 324 p. (Coleção Poesia brasileira) ISBN 85-312-0627- 3 Ex. bibl. Antonio Miranda Selecionamos o seguinte poema:
Toada goiana Correr chapadas e serras O vento vem, dá na vida.
(O amoroso e a terra/ 1953) Imagem: https://www.elfikurten.com.br/
Pranto por Federico Garcia Lorca [texto copiado em caderno (manuscrito) de 1960, somente agora,
Não.
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VEJA e LEIA outros poetas de GOIÁS em nosso Portal: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/goias/goias.html
Página ampliada e republicada em maio de 2022.
Página ampliada e republicada em janeiro de 2009.
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