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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Cartão postal antigo; bilhete postal – old postcard – tarjeta postalantigua –
Editor/publisher M. OROZCO, Rio de Janeiro circa 1904)


AFFONSO CELSO

(1860-1938)

 

Affonso Celso de Assis Figueiredo Júnior nasceu em Ouro Preto - Minas Gerais, 1860 e faleceu no Rio de Janeiro em 1938. Filho do visconde de Ouro Preto, último presidente do Conselho de Ministros do Império, e de D. Francisca de Paula Martins de Toledo, um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras.

 

 

 

Rosa colhia sósinha,

Lindas rosas no jardim.

E nas faces também tinha

Duas rosas de carmim.

 

 

(Obs. Conservamos a ortografia original, tal como aparece no cartão).

 

Este exemplar  faz parte de uma coleção de 16 “bilhetes postais” da coleção particular de Antonio Miranda registrada no texto Poesia em Cartão Postal Antigo.

 


A POESIA NA ESCOLA. Coletânea das poesias sugeridas pelos programas de Ensino  primário elementar. Belo Horizonte: Secretaria de Educação, Estado de Minas Gerais,  Imprensa Oficial, 1956.  177 p.  14x21 cm.   "Para distribuição gratuita às escolas primárias do Estado."                             Col. bibl Antonio Miranda

 

Poesia  infantil recomendada para leitura em classe

– 2ª. SÉRIE:

 


Fonte da foto:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/mundo-pet/noticia/2022

 

O AMIGUINHO DO GATO

Eu gosto do gato
Que é manso, que é bom;
Se o pelo lhe cato,
Que meigo ron-ron!...

Se o gato me arranha,
Bem caro lhe sai.
E o pobre se apanha,
Não chama seu pai.

Das vis ratazanas
Valente agressor,
Em troças maganas
O gato é doutor.

Se a mão não lhe estendo,
Não vem nem a pau;
Só eu é que entendo
Seu doce miau.

Oh! Nunca de ingrato
Ninguém me chamou:
Amigo do gato,
Serei, fui e sou!...


 

TEXTO EM ITALIANO

 

 

 

 

NA FAZENDA

 

Dorme a fazenda. Uniformes,
Com seu inclinado teto,
Têm as senzalas o aspecto
De um bando d´aves enormes.

Os cães, no pátio encoberto,
Repousam de orelha erguida;
São como oásis de vida
Da escuridão no deserto.

De vagos tons uma enfiada
Com o torpor luta e vence-o;
É no burel do silêncio
Franja sonora bordada.

Às vezes, da porta estreita
Sai um chorar de criança,
Chamando a mãe que descansa
Morta do afã da colheita.

Talvez no infantil assombro
Já se lhe antolhe mais tarde:
— O eito enquanto o sol arde,
E o peso da enxada ao ombro.

Os cães levantam-se a meio,
Geme a criança um momento
E, a pouco e pouco, em lamento
Sucumbe o isolado anseio.

Longe, na sombra perdido,
Há no perfil de um oiteiro
Algo de estranho guerreiro
Da cota de armas vestido.

Ao lado reluz a linha
De extensa e alvacenta estrada,
Como a lâmina da espada
Que lhe saltou da bainha.

E o disco da lua nova
No lar azul das esferas,
De nuvens que lembram feras,
Como um réptil sai da cova.

Ondula no espaço o fumo
De algum incêndio invisível;
Chora a criança, impassível
Prossegue a noite em seu rumo.

 

         (De Rimas de outr´ora, 1894)

 

CCXIII

 

Nunca o teu .corpo acostumes

Ao que de necessidade

Lhe ser estricta não vês.

Os vícios não lhe avolumes,

Porque é grave enfermidade

Cada vicio que lhe dês.

 

 

CCXIV

 

Eu dizia não ter senso

Quem no amor inda confia;

E acabei affecto immenso

Dando a quem não merecia

 

 

CCXV

 

Não zombes da cobardia

Deste peito a ti votado

Que tanto mais te aprecia

Quanto mais menosprezado.

 

 

CCXVI

 

Não me creias fugidio

Que sempre te hei de buscar,

Como a agua busca o rio,

Como o rio busca o mar.

 

 

CCXVII

 

Meu coração imprudente,

Quem é que tinha razão?

Eu te dizendo: " ella mente! "

Ou tu contestando; " não! "

 

CCXVIII

 

Do amor na escola inda aprendo,
        Sou principiante;

Lições estou recebendo
        Da minha amante.

Mas o alumno é tão ladino,

        Tanto se adextra,

Que já não aceita ensino,

        Fornece à mestra.

 

GCXIX

 

Faceira, entre as mais faceiras,

        Toma sentido,

As horas correm ligeiras;

Talvez te seja impedido

Recuperar, quando queiras,

Tamanho tempo perdido.

 

 

Extraído de

 

ALBUM DE POESIAS.  Supplemento d´O MALHO.   RJ: s.d.  R$ 26,  117 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

 

TEXTO EM ITALIANO

 

Extraído de

 

MIRAGLIA, TolentinoPiccola Antologia poetica brasiliana.  Versioni.  São Paulo: Livraria Nobel, 1955.  164 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda  

 

 

 

ANGELO INFERMO


Nei letticino geme la bambina
Inferma. Ancor non parla e già patisce !
— Perchè si cruda pena la subisce
Chi nella vita appena s'incammina ? —

 

Figlia mia, cosi tenera e piccina,
Se a me passare, il duol che ti colpisce,
Potesse, con la prece che lenisce,
Gioia sarebbe il male che si ostina.

 

Come 1'angustia stringe il frágil petto !
E Dio, che tutto vede, non ha un atto;
Dio ch' è padre, ch' è buono, ch' è perfeito !

 

Si . . . è padre, lo insegna la Dottrina,
—      Ma se mori Gesu, uomo già fatto,
Giammai ebbe una figlia piccolina
!

 

PUJOL, Hypolyte.  Anthologie Poètes Brésiliens. Preface de M. de Oliveira Lima.      S. Paulo: 1912.  223 p.   
Ex. biblioteca de Antonio Miranda



 

ANGE MALADE

La pauvre enfant gémit dans son berceau, soupire
En longs féminssements de poigante douleur.
Née dejà la pauvrette est vouée au martyre!

Pour soulager tes maux, ó fille, ó mon Elvire,
Si le ciel exauçait les vouex d´un pauvre couer,
Si le Ciel, se laissant toucher par ma ferveur,
Injectait dans mon sang ta fièvre et son délire,

La douleur que te poigne, ah! oui, serait pour moi
Jouissance suprême... Ah! que mon Dieu de toi
Ait pitié, lui si bom, et toi, toi si gentille!

Mais il te fait souffrir, Lui Père,  Lui parfait:
S´il vit mourir Jésus quand homme dejà fait,
Ah! c´est, nous dit a la Foi, qu´il n´eut jamais de fille!


LES JOIES

Bien solvente, au matin, un couple d´oisillons
Vient s´abattre joyeux au bord de la fenêtre
D´un tranquillee logis, assidus compagnons
D´un vieillard solitaire, en un site champêtre.
Le ramage si doux de ces enfants de l´air,
Qui dans leurs jeux d´amour se caressent des ailes,
Donne un charme vivant, rend le soleil plus clair,
A l´hôte du logis rend les heures plus belles.

Mais le moindre murmure… un soufflé… un léger bruit…
Et le couple effrayé bat de l´aile et s´enfuit!
Comme ces oisillons, visites passagères,

Heurs de joie, en vain je veux vous retenir;
Un nuage lointain vou oblige à me fuir,
Emportant mes jours clairs su r vos ailes légèress!


LA  VOIX DE LA CROIX

J´étais un pauvre bois, et vil, e méprisable,
Rebut de la fôret, inutile, impuissant.
Mais Jésus m´ennoblit en me sanctifiant,
En rachetant en moi l´humanité coupable.

Je rachetant en moi l´humanité coupable.

Je fus aussi parf lui racheté… Pitoyable
Épave des forêts, comment pu-jse, comment
De si bas que j´étais, monter replendissant
D´um culte universel, de gloire impérissable?

Marie — honneur san nom! — vist poser sur son sein
Dieu dont ele guida les pas dand son enfance.
Un bien plus grand honneur échut à mon destin:
Sous mon poids Dieu faiblit toman ten défaillance;
Son sang coula sur moi, je le sentis souffrir,
Et c´est entre mes bras qu´un Dieu voulust morir!...


TABLEAU BIBLIQUE

Le bussaate sculplural du terrible Sanson
Etale une vigneur en pleine floraison.

D´epaisse chevelure on voit sa têe altière
Onbragéel, ainsi que la fauve criniere

Orne la noble front du roi de nos déserts;
Son mon est couronné de lauriers toujours verts.

Dans le coeur du guerrier bouillonne la vaillance,
Héroique ferment de noble incandescence.

Quand sa colère éclate, au feu de ses regards
Tous tremblent dans les rangs des bataillons épars

Que la terreur d´un nom,  d´un seul nom précipite,
Poursuivis par l´ardeur du jeune israélite.

Tout succombe et périt sous les coups de ses bras;
L´Océan rugit moins que le bruit de se pas.

Mais voici que s´avance une femme charmante,
An gracieux sourire, à la démarche lente...

Quel parfum de douceur! quel aspect sédiusant!
A as vue aussitôt, sous um charme puissant,

Le guerrier sent se fondre em son coeur as colère;
Ses traits si mâles où régnait um air sèvère

S´illuminent baignés d´um Rayon de plasir,
Et, tel qu´une brebis que l´on voite accourir,

Si docile au premier gest de la bergère,
Le heros, abdiquantson humeur guerrière,

Amoureux et soumis, à l´appel séducteur
De l´amante obéit, sons un charme vainqueur...

Et ce heros, fameux par as fierté si brave,
Ivre d´amour, se laisse enchaîner comme esclave.

Elle, perfide, aimable et feignant s´esquiver,
D´impétueux désirs s´efforce à l´enivrer.

Mai lui, tout fascine, séduit par tant de charmes,
Enlace la sirène et la supplie en larmes,

Reposant sur son sein le front, front immortel,
Comme l´enfant que dort sur le sein maternel.

L´Océan se soumet à la goutt de pluie,
Le feu du ciel fait grâce à la fleur du vallon,
La forde en vain résiste à l´amour qui supplie:
Un baiser de Dalile a subjugué Sanson!

*

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http://www.antoniomiranda.com.br/poesie_bresilienne/poesie_brasilienne_index.html

Página publicada em março de 2024.




 

Página ampliada e republicada em janeiro de 2009; ampliada e republicada em junho 2013. Ampliada e republicada em dezembro de 2015. Ampliada em março de 2019

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