Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



ZÉLIA BORA 

ZÉLIA BORA 

A autora tem doutorado em Estudos Portugueses e Brasileiros, pela Brown University, USA e atualmente é professora de Literatura Brasileira da Universidade Federal da Paraíba –UFPb.  

 

La poesía de Zélia Bora es uma apuesta por la intimidad de la comunicación. En un mundo saturado de discursos de poder y control, la voz de Zélia se levanta como un idioma que de inmediato reconocemos como necesario: habíamos dejado de oírlo en el ruido, y de pronto nos llega su palabra que nos identifica. La comunicación poética esta hecha de esa delicada apelación al mundo emotivo, allí donde somos nombrados por el habla que nos reconoce como interlocutores. Humanizados, por eso, en el lenguaje mutuo, el poema lleva nuestra propia voz, como un espejo donde reverberan nuestras imágenes. Gracias a estos poemas fluidos, de tierno dibujo y empatía cálida, el habla de la poesía verdadera nos llega con su aliento fresco y vivo. Gracias, Zélia.  JULIO ORTEGA

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS Y ESPAÑOL

 

TEXTO EM ITALIANO

  

ZÉLIA BORA 

A poeta  e pesquisadora Zélia Bora no I Simpósio de Crítica de Poesia, organizado pelo TEL/UnB, durante a I BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA DE BRASILIA, de 3 a 7 de setembro de 2008.


DE HELOISA PARA ABERLARDO,

De

DE HELOISA PARA ABELARDO,
POEMAS NUNCA ESCRITOS

Baraúna, 2008. 100 p..
ISBN 978-85-98152-68-4
Lançamento durante a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília

 

        

Amor meu,

enfim chegastes

rompendo a minha eternidade seminal

meu vôo é leve

como uma felicidade                                                                  

compatível

que encanta os sentidos.

Ah!  esta liberdade

que faz de mim

esse ser refratário

exposto à maravilha da hora

SER EU

ateu,

feliz.

 

***

 

Me possuo,

desabrochada em pura felicidade do momento

pacto secreto da finitude.

Me possuo,

como a erupção do meu absoluto.

Meu Outro,

alma  exilada que agora volta para casa

saciada de tantas viagens

TU,  meu verdadeiro outro

            

***

 

 Mergulho em ti.

 Sou esse ente desenraizado

 que se dá ao extremo... 

 e convida-te

 a assumir o teu próprio ser

 para além dos nossos corpos.

 Não te percas nas possibilidades

 fatuais, pois

 A MORTE É CERTA.

 Acompanha-me vida minha

 encontra esse outro modo da certeza

 que emerge dessa estranha alegria.

 

***

 

  Rasga-me uma comoção muda

  e vejo que não venci a angústia da morte

  essa satisfação do amor insatisfeito

  e solidão dos sentimentos

  que não encontra respostas.

  Estou só, irremediavelmente só

  então, fecho os olhos e adormeço

  sem projetos

 

*****

BORA, Zélia.  Poemas das cidades mortas e dos pequenos seres invisíveis.   Belo Horizonte: Nandyala, 2013.  80 p.  13x21 cm.  ISBN 978-85-61191-87-0   Col. A.M. 

 

Réquiem para um beija-flor adormecido

 

Dorme, dorme pequenina ave.

Contigo cessa uma. pequena centelha de vida do Infinito

que se juntará às outras para formar de novo a vida

se não aqui, em algum paraíso.

 

Oh, pequeno ser dos céus,

tuas peninhas verdes já não brilham

como acontece às matas brasileiras.

Não mais viajarás pelas flores dos jardins desta crua cidade

 

Náo sei se eras pai, mãe ou filho.

Nada sei dos passarinhos, a não ser que cantam

como brilha o sol.

 

Dorme, dorme, ser da linhagem dos anjos

fizestes a obrigação de voar,

de carregar contigo a vida,

fazendo nascer as flores.

 

Dorme agora, pequena ave,

te devolverei à terra.

Dormirás feliz e, como último ato de amor,

darás à terra teu corpinho minúsculo.

 

 

++++++



 OUTROS POEMAS

A Garcia Lorca

 

Inventei uma dedicatória santa,

como se tu tivesses oferecido a mim o teu último poema.

Assim, pensei arrancar de ti o fluxo poético desta

descontinuidade chamada vida,

interrompido pela morte assassina.

Porém, sabias que bendita e antiga é a morte

e então, aprendeste a aplacar esta agonia difícil

de conter

chamada vida,

comunicada pela ilusão das palavras.

Por isso penso:

é tempo de arrancar de mim essa agonia,

esse amor incurável de inventar,

não mais resistir ao apelo impessoal e

descomedido das palavras

que atordoam o espírito como uma dor pungente

de adeus.

Ainda assim, entrego-me à solidão das palavras.

 

 

A García Lorca

 

Inventé una dedicatoria santa,

como si tú me hubieses ofrecido tu último poema.

Así pensé arrancarte el flujo poético de esta

discontinuidad "amada vida,

interrumpido por la muerte asesina, aunque

sabias cuan bendita y vieja es la muerte

Por eso tú sabías la forma de aplacar esta agonía

difícil de contener

comunicada por la ilusión de las palabras.

Es tiempo de arrancar de mí esta agonía,

ese amor incurable de inventar

Y no resistir más a la llamada: impersonal y

desmedida de las palabras

que me sacuden el alma y aturden mi cuerpo

como un dolor punzante de adioses.

Y pese a todo, me entrego a la soledad de las palabras.

 

 

 

Gostaria de nada desejar esta noite a não ser

O sono dos inocentes,

repousar minha cabeça cansada sobre um

travesseiro quieto.

Não sonharia, porque os sonhos projetam nossos

desejos fatigados

pelas perdas e ganhos.

Dormiria e acordaria sem alegria,

sem tristeza

e sem saudade,

enquanto o momento seria um leve

reconhecimento do que chamamos vida.

E, se eu desejasse algo,

lembraria, repentinamente, quem sabe,

teus olhos;

depois, tocaria meu lençol de flores miúdas de

um verão imaginário,

dormiria feliz e, pela manhã,

o sol brilharia lá fora e desafiaria inerte minha tola

existência.

 

 

Me gustaría no desear nada esta noche a no ser

el sueño de los inocentes,

reposar mi cabeza cansada sobre una almohada

quieta.

No soñaría, porque los sueños proyectan nuestros

deseos fatigados

por las pérdidas y las victorias.

Dormiría y despertaría sin alegría, sin tristeza ni

nostalgia,

en cuanto al momento, sería un leve

reconocimiento que llamamos vida.

Y si yo desease algo,

me recordaría repentinamente, quien sabe, de tus

ojos;

después tocaría mi sábana de flores diminutas de

un verano imaginario,

dormiría feliz y por la mañana,

el sol brillaría allí fuera y desafiaría inerte mi

insensata existencia.

 

 

 

Todas as flores morrem em silêncio,

lindas, elas emitem por algumas horas

discretas singularidades,

que nos lembram a vida ameaçada

apesar de ausente.

LEMBRA-TE:

ainda estamos no mundo

e além de mim, o outro lado

onde não nasci e

provavelmente nunca irei;

porém, desejo

fora da luz

fora do escuro

desejo desmedidamente.  

 

 

Todas las flores mueren en silencio,

Lindas, ellas emiten por algunas horas

discretas singularidades,

que nos recuerda la vida amenazada

no obstante ausente.

ACUÉRDATE:

todavía estamos en el mundo

y más allá de mí, al otro lado

donde no nací y

probablemente nunca iré;

sin embargo, deseo

fuera de la luz,

fuera de lo oscuro,

deseo desmedidamente. 

 

 

 

Poemas extraídos da obra A GRANDE MÃE E OUTROS POEMAS. Recife: Editora Baraúna, 2006.  160 p. Edição bilíngüe.
 


Voltar para o topo da página Poesia de Iberoamerica Brasil Voltar para Paraíba

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar