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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

YONATAN RATOSH

[ Uriel Shelach ]

 

Uriel Shelach ( hebraico : אוריאל שלח ) (18 de novembro de 1908 - 25 de março de 1981), mais conhecido por seu nome de canção Yonatan Ratosh ( hebraico : יונתן רטוש ), era um poeta israelense e fundador do movimento cananeu .

Uriel Heilperin ( אוריאל הלפרין ) nasceu em Varsóvia , Polônia , em 1908, para uma família sionista . Seu pai, Yechiel, era um educador hebraista que criou Uriel e seus irmãos em hebraico . Em 1921, a família imigrou para a Palestina . Uriel mudou seu sobrenome de Heilperin para Halperin, depois para Shelakh. Mais tarde ele usou o pseudônimo Yonatan Ratosh na escrita poética e política. Ele freqüentou a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Sorbonne e publicou seu primeiro poema em 1926. Em meados da década de 1930, ele editou o jornal do movimento revisionista e estava ativo em organizações subterrâneas de direita.

Ratosh foi premiado com o Prêmio do Primeiro Ministro. [2] Seu filho, Saharon Shelah , um matemático, ganhou o Prêmio Israel . Outro filho, Hamman Shelah, foi morto junto com esposa e filha no massacre Ras Burqa . Um de seus irmãos era o lingüista Uzzi Ornan . Ratosh morreu em 1981.

Fonte com o texto completo da biografia: https://en.wikipedia.org/wiki/Yonatan_Ratosh, texto parcialmente traduzido.

 

Extraído de

 

POESIA SEMPRE Revista Semestral de Poesia. Ano 5 – Número 8.  Junho 1997.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional – Ministério da Cultura. Departamento Nacional do Livro, 1997.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

            Sacrifício e dádiva

        A

         Ampliaste-me meu campo, oferenda do Nilo e barro,
         uma extremidade de deserto roubado, legado de gerações.
         Do amanhecer ao entardecer dei de beber a um sulco
         por um pedaço de pão de farelo para as crianças, por migalhas
                                                                                     emboloradas.
         Minhas crianças foram golpeadas: respondam pássaros!
         Meu pai e sua mulher foram escalavrados pela charrua.

         Senhor das encostas de carvão e das fontes, que dá o pão aos
                                                                                              viventes,
         aceita a dádiva pobre, labuta de gerações.
         Louva! O deus aceitou!
         e um feixe de cereais
         dos celeiros de trigo para os graneiros do faraó.

        

         b
         Único era meu filho, primogênito e filho de minha semente
         uma brasa de intenção e o pobre das flores de meu dia.
         Meu coração arrancou o fertilizante para o altar
         cinza de desejos e uma vela de esperança eterna:
         acende a minha tocha com o negro de gerações do futuro,
         carrega a minha bandeira que vacila ao esplendor de pai e filho.

         Senhor do fogo, criador da alma
         aceita a dádiva pobre, esta desesperança.
         Louva! O deus aceitou!
         E uma chama fumegante
         entre os consumidos na pira para o poderoso Maloch.

 

         c

         Marchou uma estrela! Não tem pai. Aborto de gigantes.
         Alto-forno de um segmento de gênese do ventre da terra.
         Tu és terra desfilhada! Tudo que é bom e tudo que arde
         se tudo que não é duro na secura — te abandonará.
         Solo enlutado! Fecha da senda açoitada!
         Tudo é bom e tudo arde inelutavelmente!

         Nem pai e nem senhor! Eu sou senhor e pai
         Subo acima das nuvens, forjo destinos!
         Abençoarei e será engrandecido!
         E um bloco escuro caiu
         dentro da dispersão de faíscas num rio de foto se apagou.

 

                            Tradução de Nancy Rozenchan e Moacir Amâncio.
 
 

 

Página publicada em janeiro de 2018

 

 

 


 

 

 
 
 
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