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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

WILFRED OWEN

 

Wilfred Edward Salter Owen (Plas Wilmot, Shropshire, 18 de março de 1893 – Batalha de la Sambre, 4 de novembro de 1918) foi um poeta e militar inglês. Estudou nas Universidades de Liverpool e Londres, e veio a morrer em combate, sete dias antes do armistício. As suas elegias sobre a guerra — Poems — publicadas por S. Sassoon, um de seus amigos mais próximos, em 1920, revelam-nos um poeta, na linha de Keats, de gosto depurado e pleno de autenticidade, que veio a exercer um fascínio decisivo na poesia inglesa da década de 30. Alguns dos seus poemas inspiraram o War Requiem de B. Britten.

Wilfred Owen foi morto em combate na manhã de 4 de novembro de 1918, uma semana antes do armistício que acabaria a guerra. Ele estava tentando cruzar o Canal Sambre-Oise durante a Batalha de la Sambre, perto de Ors, na França.Sua família recebeu o telegrama informando de sua morte no dia 11 de novembro, enquanto os sinos da cidade batiam e os outros celebravam o fim da guerra. Owen foi promovido a tenente um dia após sua morte. Siegfried Sassoon só soube da morte de Owen meses depois, e foi uma perda com a qual ele nunca conseguiu lidar.

Mais informações sobre o poeta na wikipedia.

 

                TEXTS IN ENGLISH   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

POESIA SEMPRE  - Ano 6 – Número 9  - Rio de Janeiro - Março 1998. Fundação BIBLIOTECA NACIONAL – Departamento Nacional do Livro -  Ministério da Cultura.  Editor Geral: Antonio Carlos Secchin.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

       Anthem for Doomed Youth

 

What passing-bells for these who die as cattle?
         Only the monstrous anger of the guns.
         Only the stuttering rifles' rapid rattle
         Can patter out their hasty orisons.
         No mockeries for them from prayers or bells,
         Nor any voice of mourning save the choirs, —
         The shrill, demented choirs of wailing shells;
         And bugles calling for them from sad shires.
         What candles may be held to speed them all?
         Not in the hands of boys, but in their eyes;
         Shall shine the holy glimmers of good-byes.
         The pallor of girls' brows shall be their pall;
         Their flowers the tenderness of silent minds,
         And each slow dusk a drawing-down of blinds.

 

Greater Love

 

Red lips are not so red
    As the stained stones kissed by the English dead.
Kindness of wooed and wooer
Seems shame to their love pure.
O Love, your eyes lose lure

When I behold eyes blinded in my stead!

 

Your slender attitude

    Trembles not exquisite like limbs knife-skewed,
Rolling and rolling there
Where God seems not to care;
Till the fierce Love they bear

Cramps them in death's extreme decrepitude.

 

Your voice sings not so soft, —

    Though even as wind murmuring through raftered loft, —
Your dear voice is not dear, Gentle, and evening clear, As theirs whom none now hear,

Now earth has stopped their piteous mouths that coughed.

 

Heart, you were never hot,

    Nor large, nor full like hearts made great with shot;
And though your hand be pale,

Paler are all which trail

Your cross through flame and hail:

    Weep, you may weep, for you may touch them not.

 

 

            TEXTOS EM PORTUGUÊS

         Tradução de Abgar Renault

 

Antífona à mocidade que vai morrer

 

Que sinos dobrarão por estes que assim morrem
como animais? Só a ira horrenda dos canhões.

Só o rápido estrondar dos fuzis gaguejantes

deles dirá as apressadas orações.

Nenhum escárnio: nem prece ou dobre de finados;

nenhuma voz de dor, salvo os coros — os coros

insanos e ásperos das balas soluçantes,

e trompas a chamar de tristonhos condados...

Que velas poderão sua morte ajudar?

Em seus olhos, e não entre as mãos de meninos,

a sacrossanta luz do adeus há de brilhar.

Terão na palidez de frontes femininas

a mortalha; no amor de almas pacientes — flores,

e em cada anoitecer — um baixar de cortinas...

 

1918

 

 

 

Mais alto amor

 

Os lábios rubros tão rubros não são
como as pedras beijadas por ingleses mortos.
A doçura do amante e sua amada
ao deles puro amor parece nada.
Amor, teus olhos perdem sedução,
se vejo, em vez dos meus, olhos cegados!

 

Não treme tua grácil atitude

com o raro tremor dos corpos que, chanfrados

a baioneta, rolam, rolam lá

não se sabe por onde, ao deus-dará,

até que o seu cruel Amor os paralise

da morte na total decrepitude.

 

Embora musical como o vento entre os

                                                                       caibros

do sótão, tua voz não canta, amor, tão doce,

tua querida voz não é querida,

nem clara e suave como a deles, não ouvida

já por ninguém agora, quando a terra

a aflita boca lhes tapou e sua tosse.

 

Nunca foste sensível, generoso

e ardente como os corações engrandecidos

a tiro, coração, e, se essa mão

é pálida, bem mais pálidas são

as que arrastam a tua cruz por entre as balas:

chora, podes chorar, pois não podes tocá-las.

               

            1918

 

Página publicada em abril de 2018


 

 

 

 
 
 
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