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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

WANG WEI

(701-761)

 

Wang Wei (王維) (simplificado: ) (Pinyin: Wáng Wéi) (Taiyuan, Shanxi, 701-761) foi um pintor, calígrafo e poeta, e estadista chinês da Dinastia Tang. Também foi conhecido como o "Poeta de Buda".

Aprovado nos exames imperiais no ano de 721, chegou a ocupar no ano de 758 o cargo de "Chanceler da China" (丞相) (Cheng Xiang) ou (宰相) (Zai Xiang), o mais alto posto no governo imperial da China antiga após o Imperador.

Durante a Rebelião de An Lushuan contra a dinastia Tang, evitou servir de forma ativa aos insurretos durante a ocupação da capital fingindo ser surdo.

Por dez anos estudou com o Mestre Tch'an Daoguang. Após a morte de sua esposa no ano de 730, não voltou a se casar e estabeleceu um monastério em suas terras.

Poesias de Wang Wei

Segundo a apreciação de Nienhauser [1], ele reafirma através de sua obra a beleza do mundo, simultaneamente questionando a sua realidade. Ele também tece uma comparação entre a aparente simplicidade de seus trabalhos e o caminho Tc'han para a iluminação espiritual, construída através de uma preparação cuidadosa, mas adquirida sem esforço consciente.

 

As criações mais famosas de Wang Wei, como o poema "Deer Park" ("Parque dos cervos"), integram um conjunto intitulado "coleção do Rio Wang". Registram a jornada de um poeta, presumivelmente do próprio Wang Wei e seu amigo próximo Pei Di. Tem um caráter mais universal que uma simples viagem, tendo inspirado poetas ao longo de diversas gerações, como registra o ensaio de Weinberger e Paz [2]. Há inclusive adaptações bem recentes, como a de Barry Gifford "Replies to Wang Wei" (ISBN 0-88739-441-8) e a de Gary Blankenship "A River Transformed" (ISBN 1-4116-6227-X).

 

Um dos poemas de Wang Wei, Weicheng Qu ("Canção para a Cidade de Wei") recebeu uma adaptação para a famosa melodia musical chinesa Yangguan Sandie ("Três Refrões sobre a Passagem Yang"). A mais conhecida versão desta melodia é tocada em guqin, instrumento tradicional chinês provavelmente utilizado por Wang Wei.

Foto e biografia: wikipedia

 

POESIA SEMPRE  Número 27 – Ano 14 – 2007  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2007.  Editor Marco Lucchesi.   Ex. bibl. Antonio Miranda

Tradução de A. B. Mendes Cadaxa

 

Pavilhão do bambuzal

 

Sento-me só, entre bambus sombrios
Dedilhando o alaúde, assobiando baixinho
Sem ninguém para me escutar
Exceto minha companheira, a lua, a brilhar.

 

 

A corrente verde

 

Para chegar ao rio da Flor Amarela,

Sigo sempre a corrente de água esmeralda

Que dá mil voltas por entre as colinas,

Embora não diste mais do que cinquenta milhas.

E onde tenho o murmúrio da água contra as rochas

E a paz das cores na profundidade dos pinheiros.

Doce, docemente, descem as castanhas d água:

Clara, claramente, nela se espelham canas e juncos.

Sempre amarei a tranquilidade

E quando miro esta corrente, clara e calma,

Quero postar-me sobre rochedo.

Ali ficar pescando para sempre.

 

 

Linhas ligeiras, sobre uma rocha

 

Querida rocha lisa, bem em frente à corrente
Onde de novo os salgueiros tocam minha copa de vinho,
Dizem que a brisa da primavera não tem entendimento,
Então por que sopra sobre mim pétalas este vento?

 


Canto de pássaros no vale

 

Os homens descansam, flores de cássia tombam.
Quietude noturna. na primavera as colinas estão vazias.
Nasce a lua, despertam os pássaros da montanha que, às vezes,
Vêm cantar neste vale na primeira estação do ano.

 

 

Flores de lótus à beira-rio

 

Saio todos os dias para colher lótus
Lá na ilha; às vezes regresso ao anoitecer
Usando o varejão cuidadosamente, com medo
De molhar o esplendor carmesim das suas pétalas.

 

 

Vida nas montanhas

 

Em calma solitude fecho a porta

Sob um céu resplandecente.

As cegonhas aninham-se no pinheiral;

Não há ninguém junto à cancela.

Tenros bambus florescem, enquanto

Os lótus vermelhos se despem.

Lá fora. no vau do rio. brilha uma lâmpada,

Os apanhadores de castanhas d água regressam.

 

 

Página publicada em fevereiro de 2019


 

 

 
 
 
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