| POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS 
 
   RITURAJ   Rituraj Mohanty  nasceu em Belapada (Khatuapada), Post; Nayahat em Nimapada, no distrito de Puri,  em Odisha . Ele é o filho mais velho de Sri Chakradhar Mohanty e Pravati  Mohanty. Sri Chakradhar Mohanty é um músico (Tabla) de profissão e cantor em  pequena época jatra dunia. O primo irmão mais velho Sri Sumanta Mohanty era um  diretor de música de renome na indústria de música clássica oriya. Ele aprendeu  a música clássica Hindustani em Utkal Sangeet Mahavidyalaya, Bhubaneswar. Ele  deixou de cantar depois de se encontrar com um acidente. Ele então partiu para  Mumbai procurando um emprego e conheceu sua família durante o show. 2011: Early career  and the Raw Star   Mohanty estava  tentando fazer uma pausa como cantora profissional. Em 2014, ele cantou a  música "Sahib" no filme Bollywood Bhoothnath Returns . Ele ganhou  como um dos três concorrentes da "Raw Star da Índia" e ganhou a  competição. Antes disso, ele também cantou uma música chamada Aam Ke Aam Honge  em Satyamev Jayate (2ª temporada) , então ele também conseguiu algum intervalo  na indústria de Bollywood, recentemente ele cantou uma música para o próximo  filme The Pushkar Lodge e também atuou no filme como um dos principais cantores  de uma banda de rock. Rituraj Mohanty  nasceu em Belapada (Khatuapada), Post; Nayahat em Nimapada, no distrito de  Puri, em Odisha . Ele é o filho mais velho de Sri Chakradhar Mohanty e Pravati  Mohanty. Sri Chakradhar Mohanty é um músico (Tabla) de profissão e cantor em  pequena época jatra dunia. O primo irmão mais velho Sri Sumanta Mohanty era um  diretor de música de renome na indústria de música clássica oriya. Ele aprendeu  a música clássica Hindustani em Utkal Sangeet Mahavidyalaya, Bhubaneswar . Ele  deixou de cantar depois de se encontrar com um acidente. Ele então partiu para  Mumbai procurando um emprego e conheceu sua família durante o show.       POESIA SEMPRE – Ano 17 – Número 34.  Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional –  Ministério da Cultura, 2010. 228 p.   18x26 cm. ilus. Editor Marco Lucchesi.   Destaque para a Poesia Híndi contemporânea.  Ex. bibl. Antonio Miranda     Condolências   Estavam todos vivos naquela casa. A mulher que há pouco enviuvaratambém estava lá, algures, invisível,
 tal como quando o marido ainda vivia.
   Outra mulher preparou o chá e me serviu numa xícara
 de forma tão comum
 que dificilmente parecia que ele  jamais voltaria. Era de praxe que eu o esperasse saboreando este chá.
   Mas não haveria hoje aquela espera  infindável. Nos olhos de sua filha, tristes e  ressecados, havia súplica e desespero.
 Além das condolências formais, senti que se me impunham
 cuidados com seu bem-estar.
   Ele me olhava, sorrindo, do retrato de  casamento. No rosto da noiva aquela tímida  alegria de quem havia conquistado um noivo de  alto valor.   Mostraram-me as marcas impressas na  escada do escorregão e da queda.
 Muitas vezes o vira subindo e descendo  aquela mesma escada. Nenhum membro da família tinha coragem
 de subir ao telhado e pisar naquelas marcas.
   Foi esse breve detalhe que me avivou a  consciência de que ele não voltaria a descer aquela escada.
 E que eu ali estava para apresentar  condolências e não para encontrá-lo.
     Para que apenas os olhos?   Para que apenas os olhos? 0 cenário também deve se mostrar: inquietude expressa em múltiplas tonalidades.
   0 sangue tem vários matizes. 0 vermelho não passa de um drama. E a crueldade dança em cores caleidoscópicas.   Para que apenas os olhos? Tudo o que pode ser visto pode também  tomar-se invisível. 0 que faz do olho cego o espinho da  tamareira, ao penetrá-lo sem dó?Ele o transforma em floresta conflagrada pelas chamas.
   Para que apenas os olhos? As cinzas se juntarão às provas. Hão de chamá-las uma quimera  conflagrada. Os fragmentos de ossos e os pedaços de  came macia das crianças serão iguarias no banquete do século.
 Para que apenas os olhos? 0 barbarismo os esmagou há muito tempo  atrás.     Gente pobre             Os olhos de gente pobre têm  binóculos embutidos. De longe, eles percebem se os jambos e as tâmaras
 estão verdes ou maduros.
            E,  de longe, localizam madeira  seca e estrume.
   A barriga de gente pobre é uma lareira  que queima e esfumaça e na qual se cozinha o pão.
          As  bochechas estão repletas de cebola. E as línguas estriadas, vermelhas  feito pimenta, trazem aos olhos lágrimas de alegria.
   Da alma de gente pobre brotam vapores que movem trens e impulsionam navios.
          De  seu suor brota petróleo.          De  seu sangue brotam todas as cores do mundo.          Sua  vontade de viver dá novo brilho          aos  rostos solenes dos filósofos e pensadores.          Seus  sorrisos e gargalhadas rejuvenescem  os sábios anciãos.
            A  barriga das mulheres pobresabriga  o mistério de pecados e virtudes de todo o universo.
 Na  beleza de suas mãos ásperas se encontra a generosidade
 das árvores carregadas de frutos.
          Gente  pobre dá para as mulheres os mais diversos nomes.          Suas  línguas possuem uma gama enorme de sinônimos.          Gente  pobre é poeta. Percebeste  tudo isso enquanto assavas pão no forno e pensavas na perecibilidade do carvão.
          És  pobre. Amarraste as cobertas com a corda de  tua cama quebrada e, depois, as penduraste ao teto.
   Pobre não sou. Cortei as mangas de minha camisa ras e a transformei em camiseta.
 Puxei suas pontas para usá-las como cordão das calças. E coloquei um alfinete para segurar a sola de borracha da sandália.
 Tenho um alfinete para segurar! Não sou pobre...     Onda   Ao atravessar a porta, surgem portas,  portas e mais portas.E, no final de todas, um peixe pequeníssimo
 que precisa de ar.
 Em cada porta, predomina a solidão. Em cada porta, a marca impressa do  amor. Quando a marca é lida do avesso,o peixe deixa de ser peixe,
 vira olho.
 E o olho deixa de ser olho, vira lágrima rolando em busca de ar  livre.     Página publicada em fevereiro de 2018   
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