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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

RAGHUVIR SAHAY

(1929-1990)

 

 

Raghuvir Sahay (9 de dezembro de 1929 - 30 de dezembro de 1990) era um versátil poeta hindi, escritor de curta, ensaísta, crítico literário, tradutor e jornalista. Ele continuou sendo o editor-chefe da notícia, político-social, hindi semanal, Dinmaan, 1969-82.

 

Ele recebeu o Prêmio Sahitya Akademi de 1984 em Hindi para sua coleção de poesia, Log Bhool Gaye Hain (They Have Forgotten, 1982).

 

Suas outras obras notáveis ​​são Atmahatya Ke Viruddh (आत्महत्या के विरुद्ध), Hanso Hanso Jaldi Hanso (हँसो हँसो जल्दी हँसो) e Seedhiyon Par Dhoop Mein (सीढ़ियों पर धूप में).

 

 

 

POESIA SEMPRE Ano 17 – Número 34.  Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional – Ministério da Cultura, 2010. 228 p.  18x26 cm. ilus. Editor Marco Lucchesi.  Destaque para a Poesia Híndi contemporânea.

Tradução de DILIP LOUNDO:

 

Teus pensamentos

 

Os pensamentos que, com ardor,
agora expressas,
me pertencem.

 

Não são, contudo,

— e felizmente! —

meus exatos pensamentos:

jamais os expressei com tanto ardor.

Expressei-os com humilde fé: "talvez esteja certo'';
jamais com a presunção de que ao dizê-los
pouco importava fossem falsos ou verdadeiros.

 

Tamanho ímpeto não tinha antes teu verbo.
Tampouco havia substância em teu pensar.
Quando, agora, ao furtar meus pensamentos,
os veiculas com tal ímpeto e presunção,
sinto-me explodir em gargalhadas.

Urge, entretanto, controlá-las,

pois para manter meus pensamentos

a salvo da ruína em tuas mãos,

devo preservar sua expressão

para o modo que me é próprio de expressar.

E deixo você para trás
a transviar no sombrio da viela.

 

 

 

Minha morada

 

No meu poema, a mãe.

No meu poema, a mulher e as crianças.
No meu poema, o pardal da primavera.
E as lembranças do sol e da chuva.

Lá, tudo permanece.

Eu passo, todavia.

As lembranças do todo permanecem.
Lá, em minha morada.

 

Vai até lá, durante a breve pausa
da jornada.

Verás minha mãe

ou talvez a flor que, em sua memória,
ao sol desabrochou.

 

Aloja-te em minha morada.

 

 

 

História de uma ponte

 

Parti para uma terra distante.

 

Troquei de avião em três aeroportos.

Em clima ameno, segui de carro

por veredas sinuosas de indômita montanha.

Ao crepúsculo, alcancei uma ponte.

Por essa ponte, de quatro séculos de história,
passaram amantes, tunantes, rebeldes e heróis.

Os que, no século vinte, se tornaram personagens de romance.
Vi-os num livro, nessa mesma ponte:

exércitos modernos, de percussões e armas sempre renovados,
em exercício, em treinamento.

 

À luz remanescente da jornada, tirei um retrato.

 

Ao voltar à casa pela mesma estrada sinuosa
notei, com pasmo, que a máquina não tinha filme.

 

Jaz agora, em minha mente, meu próprio retrato naquela ponte: ereto, segurando a máquina a duras penas,
em meio aos viajantes que passavam.

 

 

 

Minha morada

 

No meu poema, a mãe.

No meu poema, a mulher e as crianças
No teu poema, o pardal da primavera.
E as lembranças do sol e da chuva.

Lá, tudo permanece.

Eu passo, todavia.

As lembranças do todo permanecem.
Lá, em minha morada.

 

Vai até lá, durante a breve pausa
da jornada.

Verás minha mãe
ou talvez a flor que, em sua memória,
ao sol desabrochou.

 

Aloja-te em minha morada.

 

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2018


 

 

 
 
 
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