POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
PUBLIUS SIRUS
Publili Sirus (85 a. C. – 43 a. C.), poeta llatí de l’antiga Roma.
Publílio Siro. (Século 1 a.C.), escritor latino da Roma antiga. Também conhecido como Publilio Sirio, ou como Publilius Syrius ou Publio Sirio, ou Publius Syrius ou Publilio Siro ou Publilii Syri). Era nativo na Síria e foi feito escravo e enviado para a Itália, mas graças ao seu talento, ganhou o favor de seu senhor, que o libertou e o educou.
S E N T E N Ç A S
(Tradução de A. F. de Castilho)
Velho em fogo, e moço em gelo...
Qual dos dois é mais camelo?
*
Amar é juízo ter,
Só em Deus se pode ver.
*
O bom pai cumpre adorá-lo,
O pai ruim suportá-lo.
*
Vejo os defeitos do amigo,
Lamento, mas não maldigo.
*
Quando um amante arde em ira
Prega a si muita mentira.
*
Deus de dívidas nos livre
Que fazem cativo um livre.
*
Co bêbado não litigo,
Que ali não está o inimigo.
*
Basta mil vezes um dito
Para um desgosto infinito.
*
Em matéria de ofender,
Antes réu do que autor ser.
*
Enfados de namorados,
Cuma lágrima apagados.
*
Sentenciar num momento,
Só traz arrependimento.
*
Para deitar à parte,
Todos têm valor e arte.
*
Quem num ponto a outro excede,
Em outro ponto lhe cede.
*
Facho que arte e peito que ama,
Mais se agita, mais se inflama.
*
O mal que a outrem molesta,
Nunca o tomes tu por festa.
Textos extraídos de:
POESIA – 1º. Volume. Seleção e prefçaciao de Ary de Mesquita. Rio de Janeiro: W. M. Jackson Inc., 1952.
392 p. (Clássicos Jackson, volume XXXVIII) capa dura.
Ex. bibl. Antonio Miranda
Página publicada em julho de 2020
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