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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS



PRAYAG SHUKLA

 

 

Poeta, escritor de arte e crítica, Prayag Shukla nasceu em Kolkata em 1940. Ele publicou nove livros de poesia, cinco coleções de histórias curtas, três novelas, um livro sobre apreciação de arte, Dekhna e um livro sobre Satyajit Roy, Ek Filmkaar kee Oonchai . Ele editou Drawing-93, Drawing-94, Rang Tendulkar (no dramaturgo Marathi Vijay Tendulkar), Kavita Nadee (um livro de poesia nos rios) e a questão especial Kashi da revista Hindi Kalpana . Ele também escreve para crianças.

 

Ele traduziu os poetas de Bangla, Jibananda Das e Shankh Ghosh, além do Geetanjali de Rabindranath Thakur em Hindi.

 

Começando sua carreira em Kalpana , ele também trabalhou nos departamentos de notícias Dinman e Nav Bharat Times . Atualmente ele é o editor do jornal Hindi da National School of Drama, Rang Prasang .

 

Representante hindi no Iowa Writing Program em 1984, também visitou França, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia e China.

 

Seus prêmios incluem o prêmio de tradução da Sahitya Akademi, o Prêmio Kruti da Dilli Akademi e Dwijdev Samman.

 

 

 

 

 

 

POESIA SEMPRE Ano 17 – Número 34.  Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional – Ministério da Cultura, 2010. 228 p.  18x26 cm. ilus. Editor Marco Lucchesi.  Destaque para a Poesia Híndi contemporânea.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Sonho

 

Fez-se noite no meu sonho. Noite de um sono
         embargado.

Uma casa já esquecida se avistava.

Depois, uma viela da aldeia.

Passavam ônibus lotados.

E nos degraus rachados de um edifício qualquer,
         vi você sentada e melancólica.

0 dia submergindo nas águas.

 

De súbito, a cena se alterna.

Havia relva seca nos dois lados
         da calçada.

 

0 ferro de passar parou de funcionar.

0 sabonete do comercial de tevê
         descorava as roupas.

 

Os lamentos ressoavam
         como nunca dantes haviam.

Chamei, alvoroçado, meus amigos
         que entravam alvoroçados no ônibus.

 

0 ônibus andava entre a neblina.

         E eu também, seu passageiro:
         a vida a brotar da própria vida.

 

 

Na terra

 

Contemplo, em cada evento,
         as gotas de orvalho

caídas sobre a relva, ora viçosa ora murcha,
         os pingos da chuva,
         o sol e a sombra,
         o luar, a escuridão,

as folhas incrustadas na terra,

as árvores circundadas pelos muros de taipa

e os dias e noites incontáveis, assim confinados.

 

Contemplo, muitas vezes,
         as multicoloridas paredes das casas,
         o matiz enegrecido das paredes,
         e a relva que cresce nos peitoris.

 

Contemplo, à sombra do crepúsculo.

 

Caminho, às vezes,
         bem rente à terra,
         auscultando os objetos.
         De outras, da janela de um trem em movimento,
         contemplo a chácara, a árvore, a casa, a montanha, o povo
         a si mesmo se auscultando.

 

 

Aqui

 

De vez em quando alguém aparece por aqui.

Aqui não há floresta, nem deserto.

Tampouco há frutas ou madeira
         para estocagem.

Este lugar fica

entre a serra e o povoado.

Os esquilos pulam de galho em galho o dia inteiro.
         Há todo o tipo de formigas e tocandiras.

E montes de folhas secas caídas sobre a terra.

Há folhas viçosas e outras esmaecidas.

Há seixos dispersos por toda a parte.

0 solo é de duas formas:

ressecado em certos lugares; úmido em outros.

0 sol brilha de repente.

E que azul do céu!

Ao passar da nuvem, as coisas mudam de cor.

De novo, o sol ressurge.

As aves cantam e depois se calam.

Algumas produzem sons descontínuos
         como quem desperta aos poucos.

Um corvo solta a voz por longo tempo.

E o vento sopra, levando consigo as folhas secas.
         Depois, se acalma. E sopra novamente.

Há, também, uma vereda.

Depois de horas e horas, eis que surge alguém.
         Reclina-se sobre um tronco e permanece em silêncio.
         E logo desperta do recostado
         com os sons que o vento traz em sua direção.
         Desperta contemplando o azul do céu.

 

 

Dormir à noite no telhado

 

Nas noites de verão, dormimos no telhado
         entre miríades de estrelas.

E como cresceram as meninas este ano!
         Quantas perguntas!

De volta ao telhado da infância
         queremos ver algo.

O tamarindo cresceu imenso e negro.

E a tempestade!

Nossa pequena almofada caiu sobre a escada.
         Descemos de volta para casa e caímos no sono.

 

Os afazeres e as conversas de um dia inteiro
         preparam-se para o repouso.

Por longo tempo, não conseguimos dormir.
         Minha mulher coloca um unguento
         nos seus calcanhares ásperos e sulcados.

Em pouco tempo, todos estaremos dormindo.
         Estamos bem distante da rua e dos veículos.
         Mas não dos ruídos da noite.

Em pouco tempo, todos estaremos dormindo.
         Entre miríades de estrelas.

 

 

Página publicada em fevereiro de 2018

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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