POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS 
                   
                  
                    
                  PERCY BYSSHE SHELLEY  
                    
                    
                    
                  (Field Place,  Horsham, 4 de agosto de 1792 — Mar Lígure, Golfo de Spezia, 8 de julho de 1822)  foi um dos mais importantes poetas românticos ingleses. 
                  Shelley é famoso por  obras tais como Ozymandias, Ode to the West Wind, To a Skylark, e The Masque of  Anarchy, que estão entre os poemas ingleses mais populares e aclamados pela  crítica. Seu maior trabalho, no entanto, foram os longos poemas, entre eles Prometheus  Unbound, Alastor, or The Spirit of Solitude, Adonaïs, The Revolt of Islam, e o  inacabado The Triumph of Life. The Cenci (1819) e Prometheus Unbound (1820) são  peças dramáticas em 5 e 4 atos respectivamente. Ele também escreveu os romances  góticos Zastrozzi (1810) e St. Irvyne (1811) e os contos The Assassins (1814) e  The Coliseum (1817). 
                  Shelley foi famoso  por sua associação com John Keats e Lord Byron. A romancista Mary Shelley foi  sua segunda esposa. Um dos mais significativos poetas românticos da Inglaterra. 
                  Ver a biografia  completa na wikipedia 
                    
                    
                    
                  TEXT IN ENGLISH -   TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                    
                  LIBERTY. 
                  
                  
                    The  fiery mountains answer each other;  
                      Their thunderings are echoed from zone to zone;  
                      The empestuous oceans awake one another,  
                      And the ice-rocks are shaken round winter’s zone  
                      When the clarion of the Typhoon is blown. 
                      
                    From  a single cloud the lightning flashes,  
                      Whilst a thousand isles are illumined around,  
                      Earthquake is trampling one city to ashes, 
                      An hundred are shuddering and tottering; the sound  
                      Is bellowing underground. 
                      
                    But  keener thy gaze than the lightning’s glare,  
                      And swifter thy step than the earthquake’s tramp;  
                      Thou deafenest the rage of the ocean; thy stare  
                      Makes blind the volcanos; the sun’s bright lamp  
                      To thine is a fen-fire damp. 
                      
                    From  billow and mountain and exhalation  
                      The sunlight is darted through vapour and blast;  
                      From spirit to spirit, from nation to nation,  
                      From city to hamlet thy dawning is cast, 
                      — And tyrants and slaves are like shadows of night  
                      In the van of the morning light. 
                   
                    
                    
                  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    Tradução de Edmundo Muniz 
                    
                    
                    
                    
                  
                  MONIZ, Edmundo.  Poemas da Liberdade - uma antologia poética  de Dante a Brecht.     Rio de Janeiro: Edtora Civilização  Brasileira,  1967.   116 p.    14 x 21 cm  - Ex. bibl. Antonio  Miranda 
                    
                    
                  LIBERDADE  
                    
                    
                  Num diálogo entre si as montanhas se entendem  
                    E ecoam seus trovões de planície em planície.  
                    Os oceanos em fúria uns aos outros acordam.  
                    E os rochedos de gêlo agitam-se no inverno  
                    quando o forte clarim do tufão é soprado. 
                    
                  No céu em ziguezague os relâmpagos brilham,  
                    enquanto as ilhas são, em volta, iluminadas.  
                    Reduz o terremoto uma cidade a cinzas.  
                    E várias outras mais se vão desmoronando  
                    ante o ardente clamor da terra estremecida. 
                    
                  Teu olhar é, porém, mais ágil que o relâmpago,  
                    teu passo mais veloz que o rugir do trovão.  
                    Ensurdeces o oceano. E teu ar insolente  
                    vai cegando os vulcões. A lâmpada do sol  
                    comparada contigo é quase fogo extinto. 
                    
                  Nos mares em revolta e nas altas montanhas 
                  se estende a luz do sol pelas ondas e os ventos. 
                    Da nação em nação e de espírito em espírito, 
                    na aldeia e na cidade, a manhã vem surgindo. 
                    E serão, muito em breve, escravos e tiranos 
                    como sombras da noite ao despontar do dia. 
                    
                    
                    
                    
                  Página publicada em outubro de 2020 
                    
                
  |