POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
NIKOLAI TIKHONOV
(1896-1979)
Nikolai Aleksandrovitch Tikhonov (em russo: Николай Александрович Тихонов; Carcóvia, 14 de maio de 1905 — Moscou, 1 de julho de 1997) foi um político soviético. Foi primeiro-ministro da União Soviética, cargo conhecido como chefe do conselho de ministros da URSS, de 1980 até 1985.
Tikhonov estudou engenharia no Instituto metalúrgico de Dnepropetrovsk, sendo promovido em 1930. De 1930 a 1941 trabalhou na "Usina Metalúrgica Lênin" em Dnepropetrovsk e foi promovido para engenheiro avançado.
Leonid Brejnev se tornou chefe de partido em Dnepropetrovsk e se tornou um grande amigo de Tikhonov. Entrou para o PCUS em 1940, tornou-se diretor de usina na Ucrânia no fim dos anos 40, e se tornou um oficial no ministério de metalurgia nos anos 50 tornando-se deputado em 1955. Em 1960, Tikhonov torna-se membro do conselho científico e econômico do estado.
Em 1961 foi candidato ao Comitê Central do Partido Comunista.
Brejnev tornou-se secretário-geral do partido (um dos três maiores cargos na URSS) em 1964, e promoveu Tikhonov para Deputado Chefe do Conselho de ministros soviéticos. Depois de 2 de setembro de 1976, Tikhonov foi um dos dois "Primeiros Chefes dos Deputados".
Tikhonov também cresceu na pontuação do partido: Em 1966, no XXIII congresso do partido elegeu Tikhonov um membro supremo do comitê central e em 1979 tornou-se membro supremo do Politburo.
Em 1980, aos 75 anos, tornou-se chefe do conselho de ministros. Tikhonov teve seu posto durante a gestão de Iuri Andropov e Konstantin Chernenko.
Em 1984, apoiou Mikhail Gorbachev para secretário-geral, cargo que Gorbachev exerceria a partir do ano seguinte.
Pouco depois, em setembro, Tikhonov foi substituído. Em outubro de 1985 ele foi removido do Politburo, mas continuou no Comitê Central do partido até 1989. Em uma carta datada de 1989 para Gorbachev, Tikhonov comentou que retomava seu apoio.
Tikhonov foi o Chefe do Comitê de paz soviético, nos anos 1949-1979.
Fonte: wikipedia
POESIA SEMPRE. Ano 7 Número 10 abril 1999 – Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 1999. Editor Geral: Antonio Carlos Secchin. A edição inclui uma seção especial de Poesia Russa, organizada por Marco Lucchesi. Ex. bibl. Antonio Miranda
Balada dos pregos
Com toda a calma terminou de fumar o seu cachimbo,
com toda a calma desapareceu-lhe o sorriso do rosto.
"Destacamento, formar! Oficiais, avante!"
A passos secos aproximam-se do capitão.
As ordens revestem a máxima solenidade:
"Levantar âncora, às oito. Curso Leste."
Os que tiverem esposa, filhos e irmão deverão escrever: não voltaremos.
"Pelo menos será um grande jogo de xadrez."
E o mais velho respondeu: "às suas ordens, meu capitão."
E o mais jovem e temerário
olhava o Sol além das águas.
"Não importa para onde" — disse —,
"é bem cômodo jazer dentro d'água."
O amanhecer golpeou os ouvidos do almirante:
"A ordem foi cumprida. Ninguém se salvou."
Se fossem feitos pregos de homens como estes
não haveria no mundo outros mais firmes.
Tradução de Luís de Castro e Marco Lucchesi
***
Perdemos o costume de ajudar os pobres
de respirar o vento no alto das colinas,
de receber a aurora e de comprar nas tendas,
por uma ou duas moedas, limões dourados.
Os barcos aqui chegam por simples acaso,
e os trens, esses insistem por velho costume.
Se passássemos uma lista aos desta terra,
o número de mortes surpreenderia.
Com gestos solenes tudo foi desprezado.
A nada mais serve a lâmina enferrujada.
Esta grande lâmina enegrecida e rota
páginas imortais cortou na história pátria.
Tradução de Luis de Castro
Página publicada em abril de 2018
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