Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

MIHAI EMINESCU

 

(1850-1889)

 

 

Romântico, é o poeta nacional da Romênia.


Também considerado poeta anarquista.

 

 

REVISTA DA ACADEMIA BRASILIENSE DE LETRAS.  Direção: Antonio Carlos Osorio.  Brasília. No. 6 –setembro  1987.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Tradução por CARLOS AMARAL FREIRE:

 

 

CARTA I   (Fragmento)

 

Podes idealizar um mundo, derrubá-lo, seja lá o que for,

por cima se põe uma pá de terra.

Os pensamentos do que quis ser rei do mundo, palavras

que abarcaram todo o mundo, cabem bem em quatro tábuas.

O cortejo fúnebre atrás de ti viria,

com olhares impassíveis, suntuosa ironia...

E por cima deles todos falaria um fanfarrão

não para glorificar-te, mas para dar brilho a ele,

à sombra de teu nome. Eis aqui o que te espera

além disso... será mais justa a assistência vindoura

se essa gente não te alcança, cres que te admiraria?

Aplaudirão por certo tua escassa biografia,

que tentará provar que não foste coisa tanta,

homens como eles foste... E quem quer que seja se encanta

que não foste mais do que eles. Os narizes ignorantes

de alguns se incham nos congressos importantes

quando se fala de tua obra. Cada um por sua parte,

com irónicos ademanes, pensa louvar-te

e assim, caído nas mãos de qualquer um, te reparam.

Tudo o que não entendem dizem que é coisa má...

Em tua vida buscariam, além de tudo isso,

encontrar maldades, manchas, um escândalo pequeno.

Isso te aproxima deles... Não a luz que deixaste

difundir-se pelo mundo, senão culpas, o pecado,

o cansaço, os deslizes, esquecimentos quaisquer,

que fatalmente reúne um punhado de terra;

os apuros, as misérias de uma alma consumida

Atrai mais do que tudo que foi pensado em tua vida.

Como caem entre muros, das árvores, as flores

e a lua cheia deborda seus tranqúilos esplendores!

Na noite da recordação pinta ânsias com engenho,

sem dor sentimos, como sombras no sonho,

pois em nosso próprio mundo ela abre uma porta

pela qual brotam as sombras que o anoitecer desperta...

Mil desertos centelham em tuas luzes inocentes

e em tua sombra cobre o bosque tanto resplendor de fontes

sobre quantas mil ondas em teu reino te deslizas

pelo mar das imensas solidões movediças!

Todos os que neste mundo são sujeitos da sorte

No teu raio são iguais para o génio da morte!

 

 

 

 

Poesia anarquista

 

 

Página criada e publicada em agosto de 2020

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar