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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

LI PO

(701-762)

 

TAMBÉM CONHECIDO COMO:

 

LI TAI PO

 

 

 

Nascimento 701 - Sui Ye, Dinastoa Tang, China, hoje Tokmok, Quirguistão - Morte         762 (61 anos) Dangtu

Li Bai, Li Po ou Li Bo (chinês: 李白, pinyin: Lǐ Bái, Wade-Giles: Li Pai) (701 762) foi um poeta chinês considerado o maior poeta romântico da dinastia Tang. O caráter , pronunciado bái em mandarim moderno, tinha no passado uma pronunciação alternativa pó, motivo pelo qual seu nome transcrevia-se antigamente como Li Po, representação segundo o sistema Wade-Giles.

Conhecido como o poeta imortal, encontra-se entre os mais respeitados poetas da história da literatura chinesa. Aproximadamente mil poemas seus subsistem em nossos dias.

As primeiras traduções para uma língua ocidental foram publicados em 1862 por Marie-Jean-Léon no seu Poésies de l'Époque des Thang. Em inglês, os trabalhos de Li Bai foram introduzidos pela publicação de Herbert Allen Giles, História da Literatura Chinesa, em 1901, e através da liberal, mas poeticamente influente, tradução da versão japonesa de seus poemas feita por Ezra Pound.

De linguagem menos subjetiva que Du Fu, o outro grande poeta do período Tang, é citado por Ezra Pound em ABC of writing como o maior exemplo da visualidade da poesia chinesa, característica mais típica desta em relação à poesia ocidental, poesia que o poeta-crítico considera o ápice da imaginação visual em poesia, Li Bai é muito conhecido pelas imagens inusitadas e o pensamento taoísta da sua poesia, ao mesmo tempo em que por suas loas ao vinho e à música como veículos de alegria e/ou transformação da percepção sensorial. Assim como Du Fu, Li Bai passou grande parte da sua vida viajando, situação que se pôde permitir graças à sua confortável situação econômica durante certo período, mas também a períodos de exílio político. Diz uma lenda que morreu afogado no rio Yangzi, tendo caído do seu bote ao tentar abraçar o reflexo da lua, estando sob os efeitos do álcool.

Foi traduzido em português por autores como Cecília Meireles, entre outros. Sua obra teve grande impacto sobre a poesia culta japonesa contemporânea a ele.                                             Fonte: pt.wikipedia.org

 

POESIA SEMPRE  Número 27 – Ano 14 – 2007  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2007.  Editor Marco Lucchesi.   Ex. bibl. Antonio Miranda 

 Tradução A. B. MENDES CADAXA:

 

         Noite, pensamentos tranquilos

        Junto ao leito,
O luar de prata
Sobre o soalho
É como geada.
Ergo a cabeça
E contemplo a lua.
Deito-a, cerro os olhos,
Volto em sonho à casa.

 

         Queixume da escadaria de jade

        Os degraus de jade estão cobertos de geada
E as duas pantufas de seda fina molhadas.
Amanhece, ela reentra, baixa a cortina diáfana;
Através dela contempla a lua de outono e espera ainda,

 

         Noite de primavera em Lo-Yang, ouvindo
uma flauta

        Qual a morada de onde uma flauta de jade envia notas tristonhas
Que vêm flutuando pelo ar, espalhando-se como o vento
Da primavera que se derrama por toda a Lo-Yang?
Esta noite, se ouvirmos a canção dos salgueiros partidos,
Quem não deixará de suspirar nos jardins de sua casa?

 

         Abandono

        Sentado,
Um jarro de vinho,
Caiu a noite
E não me dei conta.

         Acordo.
Nas dobras do manto,
Pétalas caídas
Durante o meu sono.

         Riacho acima
Sigo no encalço
Da lua esquiva,
Dos pássaros
Já não ouço o canto.

 

        Na fronteira

         Estamos ainda em junho
E os montes Altai brilham
Cobertos por camadas de neve.
Nenhuma flor desabrocha,
O solo continua gelado.
Pelo acampamento soam as notas
Plangentes de uma flauta tocando
A ária “Ramos de salgueiros partidos“.
As árvores não vestiram seus mantos coloridos
E os primeiros brotos sequer despontaram.
Ao amanhecer, tambores e gongos ressoam
Chamando homens à batalha.
À noite, adormecem agarrados
Ao arção de jade das selas.
Espada à cinta, dormem um sono leve
Para, num abrir e fechar de olhos,
Lançaram-se sobre os bárbaros, destruí-los.

 

         Lua sobre o passo fortificado

        A lua brilhante nasce por detrás da Montanha Celeste
Deslizando sobre um infinito oceano de nuvens.
Por milhares de milhas a ventania silva,
Assobia, pelo passo da Porta de Jade.
O exército imperial desce pela estrada de Po tung.
Os tártaros se emboscam nos acessos de Chin-hai.
Nossos guerreiros contemplam os céus da fronteira
Pensando com tristeza nos distantes lares;
Nenhum deles jamais voltou desses campos de batalha.
Ela espera esta noite, como em outras, na alcova
Suspirando, lamentando-se sem cessar.

 

        A Tu-Fu, um gracejo

        Encontrei-te no alto da montanha de Fan-kuo,
Chapelão na cabeça, sob o sol do meio-dia.
Achei-te emaciado, magro de dar pena.
Estarás sofrendo de novo do mal da poesia?

 

         Verão na montanha

        Inteiramente nu, no bosque verdejante,
Agito meu leque de penas brancas, indolente.
Tiro o boné, penduro-o num rochedo,
Banho a cabeça no vento dos pinheiros.

 

 

 

 

TELLES, Gilberto Mendonça,  org. Defesa da Poesia.  Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2017.  384 p.  (Edições do Senado Federal, v. 241).  Conteúdo: Da Antiguidade à Idade Média. ISBN 978-85-7018-831-1

Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

Vagando num leve barco de madeira de sorveira amarela
empurrado pelos preciosos ramos de magnólia,
Ao som da flauta de jade e da flauta de ouro,
Esvaziando nossas ânforas, enchendo mil vezes nossas taças,
Acompanhados de cortesãs, nós nos afastamos, nós
seguimos as ondas, nós nos abandonamos.

E portanto o imortal espera, ele cavalga, ele,
o grou amarelo da imortalidade.
Enquanto que eu, sobre este rio, muito despreocupado
sou as gaivotas brancas.

 

         Eu sei que os poemas de K´iu Ping são tão perfeitos
que podemos pendurar no céu entre o sol e a lua.
Enquanto que os terraços e os pavilhões do rei de Tch´ou,
seu senhor, desabam deixando a montanha deserta.
O entusiasmo me exalta, vou escrever, abaixo meu pincel
sobre o papel, meu poema abalará os cinco montes sagrados.

Ótimo! Meu poema terminou e pude me escarnecer,
costeando as bordas deste rio,
Do sucesso, das honrarias e das riquezas. Por que os
sufrágios do mundo são realmente de longa duração?

Mas não! seria também loucura acreditar que
as águas do Han pudessem voltar a subir seu curso.

[l´Art poétique.  Charper & Seghers.  Paris: Editions
Seghers, 1956.



[l´Art poétique.  Charper & Seghers.  Paris: Editions
Seghers, 1956

.   

Trad. De Maria do Rosário. ]

 

 

Página publicada em maio de 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2019; Página ampliada em junho 2020


 

 

 

 
 
 
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