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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

 

JAMES JOYCE

 

 

James Augustine Aloysius Joyce (Terenure, Irlanda, 2 de fevereiro de 1882 — Zurique, Suíça, 13 de janeiro de 1941) foi um romancista, contista e poeta da Irlanda que viveu boa parte de sua vida expatriado. É amplamente considerado um dos autores de maior relevância do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses/Gente de Dublin (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939) - o que se poderia considerar um "cânone joyceano". Também participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais eminentes poetas do imagismo.

Embora Joyce tenha vivido fora de sua ilha irlandesa natal pela maior parte da vida adulta, sua identidade irlandesa foram essenciais para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática de sua obra. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa.

Fonte da biografia: wikipedia

 

 

TEXTS IN ENGLISH  - TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

 

JOYCE, James.   Música de câmara.  Trad. Alipio Correia de Franca Neto.  São Paulo:  Iluminuras, 1998. 155 p.       Ex. bibl. Antonio Miranda 

 Obs. O livro inclui  XXXVI poemas em English e em) Português.   E uma longa seção de NOTAS (p.123 a 155)

 

Selecionamos e apresentamos aqui os poemas I a VI:

 

 

I

 

Strings in the earth and air

      Make music sweet;
Strings by the river where

     The willows meet.

 

There's music along the river
For Love wanders there,

Pale flowers on his mantle,
Dark leaves on his hair.

 

All softly playing,

       With head to the music bent,
And fingers straying

       Upon an instrument.

 

 

 

              I

 

 

        Cordas na terra e no ar
Meiga música compõem;

Cordas junto ao rio, lugar
Onde se unem os chorões.

 

Há música pelo rio —               

     É Amor, vagueando à toa;

Pálidas flores no manto,

     Folhas negras em coroa.

 

Suavíssimo tocando,

      A fronte à musica pendente,
E os dedos deslizando

      Num instrumento.

 

 

 

       II .

 

 

               

 

The twilight turns from amethyst

       To deep and deeper blue,
The lamp fills with a pale green glow

       The trees of the avenue.

 

The old piano plays an air,

       Sedate and slow and gay;
She bends upon the yellow keys,

       Her head inclines this way.

 

Shy thoughts and grave wide eyes and hands

       That wander as they list —
The twilight turns to darker blue

       With lights of amethyst.

 

 

 

       II

 

       O lusco-fusco passa de ametista
A azul, azul que se acentua;
A lâmpada, num débil fulgor glauco,
Inunda as árvores da rua.

O velho piano toca uma ária — um som
Calmo, vagaroso, animado;
Ela se inclina às teclas amarelas,
A fronte pende desse lado.

Tenções esquivas, olhos grandes, graves
E mãos que a esmo erram à vista —
O lusco-fusco passa azul escuro
Com reflexos ametista.

 

 

                       

              III

                  

                           

 At that hour when all things have repose
O lonely watcher of the skies,
Do you her the night wind an the sighs
Of harps playing unto Love to unclose
The pale gates of sunrise?

 

When all things repose do you alone
Awake to hear the sweet harps play
To Love before him on his way.
And the night wind aswering in antiphon
Till night is overgone?

Play on, invisible harps, unto Love
Whose way in heaven is aglow,
At that hour when soft lights come and go,
Soft sweet music in the air above
And in the earth below.

 

 

 

 

       III

Quando tudo repousa sobre a terra,
Ó guarda triste de astros celestiais,
       Você escuta o vento noturno e os ais
De harpas tocando até que o Amor descerre
As pálidas cancelas matinais?

 

       Sozinha, acorda, quando tudo é paz,
E escuta as harpas antes da chegada
De Amor, que segue pela sua estrada,
E o vento, a responde com antífonas,
Até que a noite fique atrás?

 

       Soem, harpas invisas, a louvar
Amor, no incandescer da estrada aérea,
Quando a luz suave apaga-se e verbera,
Sutil, suave música lá no ar
Que desce nesta esfera.

 

 

 

       IV

 

  When the shy star goes forth in heaven
All maidenly, disconsolate,
Hear you amid the drowsy even
One who is singing by your gate.
His song is softer than the dew
And he is come to visit you.

 

O bend no more is revery
When he at eventide is calling
Nor muse: Who may this singer be
Whose song about my heart is falling
?
Know you by this, the lover´s chant,
Tis I that am youru visitant.

 

 


IV

Quando essa estrela esquiva se apresenta
Com o ar desconsolado das donzelas,
Ouves em meio à tarde sonolenta
Alguém que canta próximo às cancelas;
Mais suave que o rocio é a sua arte,
E esse cantor vem para visitar-te.

 

       Não te debruces, devaneando tanto,
Quando ele aparecer na tarde calma,
Nem cismes: “Quem será esse cantor
Cuja canção decai na minha alma?”
Reconhece-o, o cântico do amante;
Sou eu que venho como visitante.

 

 

 

       V

 

Lean out of the window,
Goldenhair,
I heard yo singing
A merry air.

My book is closed;
I read no more,
Watching the fire dance
On the floor.

I have left my book,
I have left my room:
For I heard you singing
Through the gloom,

 

Singinf and singing
A merry air.
Lean out of the window,
Goldenhair.

 

 

              V

 

Inclina-te à janela,
Cabelo-de-ouro!
Te ouvi cantando
Ária encantadora.

Não abro mais o livro;
Olho a distância
A chama pelo chão
Na sua dança.

Deixei meu aposento,
Minha leitura,
Te ouvi cantando pela
Sombra escura,

Cantando sempre
Ária encantadora;
Inclina-te à janela,
Cabelo-de-ouro!

 

 

 

              VI

 

       I would in that sweet bodon br
(O sweet it is and fair it is!)
Where no rude wind might visit me.
Because of sad austerities
I would in that sweet bóson be.

I would be ever in that heart
(O soft I knock and soft entreato her!)
Where only peace might be my part.
Austerities were all the sweeter
So I were ever in that heart.

 

 

 

 

             VI

 

Quem dera o doce peito eu habitasse
(Tão belo ele é, tão doce e vero!)
E o vento rude nunca me rondasse...
Por causa do árido ar severo
Quem dera o doce peito eu habitasse.

Tivesse nesse coração morada
(De leve, bato, imploro à moça!)
E nele a paz me fosse partilhada...
Esse ar severo fora doce
Tivesse nesse coração morada.

 

(...)

 

 

Página publicada em outubro de 2020



      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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