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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://iwp.uiowa.edu

HU XUDONG

 

Hu Xudong (Chongqing, 1974) é um poeta, crítico e tradutor, mestre em Literatura Comparada e doutor em Literatura Chinesa Contemporânea pela Universidade de Pequim, onde trabalha. É professor assistente no Instituto de Literatura Mundial e vice-presidente no Centro de Cultura Brasileira. Entre 2003 e 2005, esteve como professor visitante na Universidade de Brasília.

 

Publicou oito livros de poesia, também prosa, ensaios, traduções de poemas e crítica de poesia. Ganhou vários prêmios, como o Prêmio de Poesia LiuLi’an, o Tomorrow-Ergun, o Top 10 Novos Poetas e o Prêmio Internacional do Rio das Pérolas.

 

Livros de poesia, em chinêsFrom Water’s Edge, Beijing: New Youth, 2001; Juice of the Wind, Beijing: New Youth, 2002; Amor en los Tiempos del SARS, Beijing: New Youth, 2003; What Time Is It There?, Hangzhou: BlogCN, 2005; The Strength of the Calendar, Beijing: The Writers Publishing House, 2007; The Eternal Inside Man, Guangzhou: Royal Media, 2010; Travel/Poems, Haikou: Hainan Publishing House, 2011; Poems of Diapers, Taipei: Showwe, 2013.

 

Obras em prosa, em chinês: Random Words of A Random Life, Beijing: Workers Press, 2006; Go to His Brazil, Beijing: China Friendship Publishing Corporation, 2007; Eat/Think, Beijing: Law Press China, 2011; A Casual Passion in Brazil, Nanjing: Nanjing University Press, 2012.

Biografia:  http://sibila.com.br

  

 

POESIA SEMPRE  Número 27 – Ano 14 – 2007  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2007.  Editor Marco Lucchesi.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Colina

 

I

 

Todas as noites os carros trazem até aqui a tranquilidade.

Perfumes desconhecidos enviam gente desconhecida

A rodas ocasionais para tomar um,

Deixando solitário o cachorro,

Que morde um pedaço da lua.

Até ele é desconhecido - Gustavo,

Ou Fernanda, abanando o rabo para mim.

Após o cachorro há o vento, após o vento, a indiferença

Filtrando-se no coração, devolvendo-me

A morna lua.

 

 

II

 

Alguém toca guitarra até desnudá-la.
Outros caminham com as suas vozes,
Parecendo caminhar para o outro lado do céu.
Entre as vozes, uma risada me apaixona
Mas a nuvem escura de dentro da risada
Nunca ri.

Daqui, para a casa vizinha do vizinho -
Há infinidades de vizinhos. O tempo hoje deverá ser bom -

0 meu balcão está no umbigo dela.

0 guarda diz boa-noite para alguém.

 

 

III

 

Oh, minha amada vindo da selva

Poderá descansar após entrar no ouvido da noite.

Não há qualquer pássaro à noite, mas há uma cigarra

Rastejando no segundo ponteiro do relógio,

Cantando.

Que horas serão por lá? Aqui na Colina, os poucos
Prédios solitários não podem preencher meu pijama.
Eu não sou o meu próprio magro corpo.
Nem é o Brasil o oeste de Ba Shu.

 

 

Traduzido do chinês por MARIA LÚCIA VERDI.

 

  

Página publicada em fevereiro de 2019

 

 

 
 
 
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