| POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS HENRI MESCHONNIC   Henri Meschonnic , nascido em Paris em  18 de setembro de 1932 e morreu em Villejuif em 8 de abril de 2009 , é um  teórico da língua francesa, ensaísta , tradutor e poeta. Henri Meschonnic intervém regularmente  no Fórum de Idiomas mundiais . Ele foi presidente do National Center for  Letters, que em 1993 se tornou o National Book Centre 1 . Ele foi o vencedor  dos Prêmios Max-Jacob em 1972 e Mallarmé em 1986. Em 2005, ele recebeu o Prêmio  Jean Arp de Literatura Francesa em Estrasburgo para todo o trabalho 2 e foi  vencedor do Grande Prêmio Internacional. poesia Guillevic-cidade de Saint-Malo  em 2007 3 . Ele foi membro da Academia Mallarmé desde 1987. Henri Meschonnic nasceu de pais judeus  russos da Bessarabia em 1924. Criança escondida durante a guerra, ele  prosseguiu estudos de letras. Durante seu serviço militar, ele realizou um  hiato de oito meses na guerra da Argélia em 1960. Seus primeiros poemas  testemunham isso. (...) Fonte: wikipedia   TEXTES EN FRANÇAIS –  TEXTOS EM PORTUGUÊS   Extraído de   POESIA SEMPRE – Revista Semestral de Poesia.  ANO 3 – NÚMERO 5 –  FEVEREIRO 1995.  Rio de Janeiro: Fundação  Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro,  1995.   Ex. bibl. Antonio Miranda     Dédicaces proverbes     1   Mon  rouge amour on a coupé deux tournesols tu ris de voir tant de joie sur une tige
 ils sont en avance sur nous
 donnant  une heure que nous ne vivons pas encore sur eux je règle nos jours.
   2. Dans  nos proverbes on aime chacun pour deux comprendre pond des oeufs
 attendre vient sur toi comme le fruit sur l'arbre
 l'ami le prend mieux
 au  feu qui me brûle mon temps je me chauffe il  ne faut qu'une ride pour saigner d'espoir quand  tu es la mon sable ne fait qu'un tour mon  coeur fait ma peau je t'en couvre ce  qui vient de l'amour retourne à nous celui  qui a peur de l'amour ne doit pas sortir de son ombre il  peut se laver jamais il ne verra comme on se voit avec la courbe que tu fais avec les lignes que j'ai brisées
 j'écris droit
     3 La  main ne sait pas qu'elle a faim la  peau ne voit pas la nuit venir mais  le temps me donne sur le coeur j'ai  fait le tour d'attendre les  yeux rapprochent les lèvres le  rire de te voir fait perdre la tête au jour de te revoir nous  tenons dans peu de place       Dedicatórias  proverbiais    1   Meu  rubro amor cortou dois girassóis sorris por ver tanta alegria sobre um caule
 eles nos antecipam
 uma hora que não vivemos ainda
 sobre eles ajusto nossos dias.
     2. Em  nossos provérbios ama-se cada um por doiscompreender põe ovos
 esperar  vem sobre ti como o fruto sobre a árvore o amigo o colhe melhor
 no  fogo que me queima meu tempo me aquece não  é preciso senão uma ruga para sangrar a esperança quando  estás ali minha areia gira apenas uma vez meu  coração imita minha pele com ela me cubro o  que vem do amor retoma a nós quem  teme o amor não deve abandonar a sua sombra nunca  podemos lavar não veremos como se vê com  a curva que descreves com as linhas que rompi escrevo  reto.     3.A mão não sabe que tem fome
 a  pele não percebe a noite que se avizinha mas  o tempo bate em meu coração faço  a torre esperar os  olhos reaproximam os lábios a  alegria de te ver faz-me perder a cabeça quando te revejo basta-nos pouco  espaço.             Tradução  de Ivan Junqueira       Dans nos recommencements   Ceux qui  parlent ont un pays ils ont la gorge heureuse dans leur langage
 ils ne voient pas leurs traces
 tant ils s'y confondent
 ils portent leurs frontières dans leur bouche
 même si leur histoire danse sur des épines
 ils sont un livre qui n'a pas besoin de livres
 leurs rires reconstruisent des murs
 }toutes les larmes y conduisent.
   Je n'ai pas  notre histoire à la main on se  connaît comme on met son pied dans son chapeau pour dire où  la cruche est cassée parce que  l'enfance tire on rit dans  ses chaussures on baisse  avec le ciel on monte avec la terre plus on a vu  plus on se tait on fait son  lit dans ses yeux on ne finit  pas ses contes.                    Em nossos recomeços    Os que falam  têm um país têm a garganta feliz em sua fala
 não vêem seus traços
 de tanto que neles se confundem
 trazem suas fronteiras na boca
 mesmo que sua história dance sobre espinhos
 são como um livro que dispensa livros
 seus sorrisos reconstroem paredes
 para as quais convergem todas as lágrimas.
   Não tenho  nossa história à mão não sabemos  como enfiar o pé em seu chapéu para dizer  onde o cântaro se quebrou porque a  infância nos atrai sorrimos em  seus sapatos descemos com  o céu e subimos com a terra quanto mais  vimos mais calamos fizemos  nosso leito em seus olhos não  terminamos sua conta.             Tradução de Ivan Junqueira     Página publicada em  janeiro de 2018 |