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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Imagem e biografia: https://pt.wikipedia.org

 

GEORGE HERBERT

 

(Montgomery, País de Gales, 3 de abril de 1593 – Bemerton, Wiltshire, 1 de março de 1633) foi um poeta, orador e sacerdote anglo-galês.

 

Membro de uma família aristocrática, estudou na Westminster School e no Trinity College, em Cambridge. Em 1618 foi considerado Fellow da Universidade de Cambridge, instituição onde foi orador entre 1620 e 1628.

 

Toda a sua obra foi publicada a título póstumo, da qual se destacam: The Temple: Sacred Poems and Private Ejaculations (1633), Herbert compilou o livro Outlandish Proverbs (1640), A Priest to the Temple (ou The Country Parson) (1652).

 

 

POESIA METAFÍSICA - UMA ANTOLOGIA.   Seleção, tradução , introdução e notas de Aíla de Oliveira Gomes.  Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1991.  195 p.  Edição bilingue Inglês - Português.  sobrecapa. 
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

THE AGONIE  

Philosophers have measur'd mountains
Fathom'd the depths of seas, of states, and kings,
Walk'd with a staffe to heav'n, and traced fountains:
But there are two vast, spacious things,
The which to measure it doth more behove:
Yet few there are that sound them: Sinne and love.
Who know Sinne, let him repair
Unto Mount Olivet; there he shall see
A man so wrung with pains, that all his hair,
His skinne, his garments bloudie be.
Sinne is that presse and vice, which forceth pain
To hunt his cruell food through every vein.
Who knows not Love, let him assay
And taste that juice, which on the crosse a pike
Did set again abroach; then let him say
If ever he did taste the like.
Love is that liquor sweet and most divine,
Which my God feels as bloud; but I, as wine. 

 

A AGONIA 

Homens de ciência já têm medido montes
Sondado a fundo mares, reinos e reis;
Perscrutam o céu, medindo-o; rastreiam fontes.
Mas duas coisas há bem mais vastas, e eis

Que melhor estas convinham a um medidor —
Poucos as sondam: são o pecado e o amor.
 

Vá ao Horto das Oliveiras quem quiser
Conhecer o pecado; ali, torturado
De infindas dores, um homem vai-se ver:
Cabelos, pele, vestes ensanguentados.
O pecado é o instrumento que carreia
A dor: compele-a a nutrir-se em cada veia.
 

E aquele que o Amor quiser avaliar,
Procure provar o sumo que, da cruz,
Uma lança fez jorrar; diga depois

Se jamais provou de um outro similar.
Pois o Amor é esse licor, doce e divino,
Que a meu Deus soube a sangue; e a mim sabe a vinho. 

 

DENIALL  

When my devotions could not pierce
Thy silent eares;
Then was my heart broken, as was my verse:
My breast was full of fears
And disorder.

 My bent thoughts, like a brittle bow,
Did flie asunder:
Each took his way; some would to pleasures go,
Some to the warres and thunder
Of alarms. 

As good go any where, they say,
As to benumme
Both knees and heart, in crying night and day,
Come, come, my God, O come,
But no hearing. 

O that thou shouldst give dust a tongue
To crie to thee,
And then not heare it crying/ all day long
My heart was in my knee,
But no hearing. 

Therefore my soul lay out of sight,
Untun'd, unstrung:
My feeble spirit, unable to look right,
Like a nipt blossome, hung

Discontented.
 

O cheer and tune my heartlesse breast,
Deferre no time;
That so thy favours granting my request,
They and my minde may chime,
And mend my ryme. 

 

 

A RECUSA

 

Quando não penetram teus ouvidos adversos

          Essas minhas devoções,

O coração fica quebrado como os versos —

          No peito, só inquietações

                   E só desordem.

 

Como de arco frouxo, meus tortos pensamentos

          Partem desviados, e vão

Tomando rumo vário: uns a divertimentos,

          Outros à guerra — um trovão

                   De sobressaltos.

 

Antes tomar outros caminhos, se diria,

          Do que assim entorpecer;

Joelhos e coração gritando noite e dia,

          "Vem, Deus meu, vem-me socorrer!"

                   E não ouvires.

 

Por que razão se conceder linguagem ao pó,

          Para ele por ti clamar,

Se tu não ouves? O dia todo, sem dó

          De um coração a se ajoelhar —

                                     E não o escutas.

 

Por isso minha alma fica tão consumida,
Desafinada, silente;
Meu fraco espírito sem visão definida,
Flor machucada, flor pendente,
Insatisfeita...

 

Vem! e meu peito, que em desalento estremece,

          Harmoniza e reanima —

Pois, se em tua bondade, atendes-me à prece,

          A minha mente então se arrima —

                   E acerta a rima.

 

 

 

                                              HOPE

I gave to Hope a watch of mine: but he
An anchor gave to me.
Then an old prayer-book I did present:

And he an optic sent.
With that I gave a viall full of tears:

But he a few green ears.
Ah Loyterer! Vie no more, no more Vie bring:

I did expect a ring. 

 

 

A ESPERANÇA

À Esperança o meu relógio ofereci:

Dela uma âncora recebi.
Velho livro de orações dei-lhe de presente:

Retribuiu-me com uma lente.
Dei-lhe então um frasco de lágrimas antigas:

E ela, algumas verdes espigas.
Nada mais te trago, não aguento tua tardança

O que eu queria era uma aliança.

 

 

 

Página publicada em setembro de 2019

 

 

 


 

 

 

 
 
 
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