Não no oceano
Dos mundos todos
Quero lançar-me!
Não pairar, onde criaturas primeiras,
Onde os coros em júbilo dos filhos da luz
Adoram, profundamente adora,
E desfalecem em êxtase!
Apenas em torno da gota no jarro,
Em torno da Terra apenas, quero pairar,
E adorar!
Aleluia! Aleluia!
Também a gora no jarro
Escorreu da mão do todo-poderoso!
Então, quando da mão do todo-poderoso
Jorraram as maiores terras,
Então as correntes de luz
Bramiram, e tornaram-se órions;
Então a gota escorreu
Da mão do todo-poderoso!
Quem são os mil vezes mil,
Que miríadas de vezes cem mil,
Que habitam a gota?
E habitam?
Quem sou eu?
Aleluia ao criador!
Mais que as Terras que jorraram!
Mais que os órions!
Que de raios confluíram!
Mas tu, verminho primaveril,
Que dourado verdejante
Brinca ao meu lado,
Tu vives;
E tu, talvez –
Ah, não és imortal!
Vim para fora,
A adorar;
E eu choro?
Perdoa, perdoa do finito
Também estas lágrimas,
Ó tu, que ira ser!
Tu irás desvendar-me todas,
As dúvidas todas,
Ó tu, que através do escuro vale
Da morte me conduzirás!
Então saberei:
Se o dourado verminho
Tinha uma alma?
Foste só pó formado,
Verminho, então torna
De novo pó esvoaçante,
Ou o que mais o eterno quiser!
Derrama tu, novamente, meu olho,
Lágrimas de alegria!
Tu, minha harpa,
Louva o senhor!
Aqui esou eu
Em minha volta é tudo onipotência!
É tudo milagre!
Com profunda reverência,
Eu vejo a criação!
Pois tu,
O mais inominável, tu!
Criaste-a!
Brisas, que sopram à minha volta,
E doce frescor
Vertem em minha face ardente,
Maravilhosas brisas, vos
Envia o senhor? O infinito?
Mas agora ficam quietas; quase não respiram!
O sol da manhã fica úmido!
Nuvens acima efluem!
Isso é o eterno visível,
Ele vem!
Os ventos revolverm e voam, e bramem agora!
Como curva-se o bosque que treme!
Como erguer-se da correnteza!
Visível, como podes ser a mortais,
Sim, tu és visível, ser infinito!
O bosque curva-se!
A corrente foge!
E eu não me prostro?
Senhor! Senhor! Deus! Misericordioso! E chieio de graça!
Tu, perto!
Tem misericordia de mim!
Iras, senhor, por que noite é teu manto?
Essa noite é benção da terra!
Não estás irado, pai!
Ela vem despejar frescor
Sobre o talo que fortalece!
Sobre a vinha que alegra!
Pai, não estás irado!
Tudo é silêncio diante de ti, tu, perto!
Em torno tudo é silêncio!
Também o verminho dourado percebe!
Talvez não é sem alma?
Ele é imortal?
Ah, possa senhor, como estou sedento, louvar-te!
Sempre mais glorioso revela-te!
Sempre mais escura, senhor, torna-se a noite à tua volta!
E mais cheia de benções!
Vedes o testemunho do ser próximo, o irradiante relâmpago?
Ouvis o trovão Jeová?
Ouvi-lo?
Ouvi-lo?
O tremulante trovão do senhor?
Senhor! Senhor! Deus! misericordioso! e cheio de graça
Adorado, louvado
Seja teu divino nome!
E os ventos da tempestade? Trazem o trovão!
Como bramem! Como bramem os bosques!
E então silenciam! Mais magnânimas
As nuvens ascendem!
Vedes o novo testemunho do que é perto,
Vedes o raio voador?
Ouvis, alto nas nuvens, o trovão do senhor?
Ele clama Jeová!
Jeová!
Jeová!
E em lascas o bosque fumega!
Mas não a nossa choupana!
Nosso pai ordenou
A seu destrutor
Passar ao largo de nossa choupana!
Ah, já brame, já brame
Céu e terra de chuva gratificante!
Agora está, como estava sedenta! a terra revigorada,
E o céu desanuviado da carga da benção!
Vê, agora não mais na tempestade vem Jeová!
Em sussurro calmo, suave,
Vem Jeová!
E sobre ele inclina-se o arco da paz.