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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

FRANÇOIS COPPÉE

 

François Édouard Joachim Coppée, né le 26 janvier 1842 à Paris où il est mort le 23 mai 1908 , est un poète, dramaturge et romancier français. Coppée fut le poète populaire et sentimental de Paris et de ses faubourgs, des tableaux de rue intimistes du monde des humbles.

 

François Édouard Joachim Coppée, nascido em 26 de janeiro de 1842 em Paris, onde morreu em 23 de maio de 1908, é poeta, dramaturgo e romancista francês. Coppée era o poeta popular e sentimental de Paris e seus subúrbios, cenas de rua intimistas do mundo humilde.

Biografia e imagem: wikipedia

 

Extraído de

 

FRÓES, Heitor FMeus poemas dos Outros. Traduções e versões.  Bahia, 1952.  312 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda+

 

 

L'UN OU L'AUTRE

 

François Coppée

 

C´était en Thermidor, à la Conciergerie.

Ils étaient là deux cents, parqués pour la tuerie,

Pêle-mêle, arpentant le sinistre préau.

La Terreur redoublait. Derniers coups du fléau

Sur les épis! derniers éclairs de la tempête!

Sur Paris consterné, le sanglant coupe-tête

Fonctionnait sans trêve. Ils étaient là deux cents,

Condamnés ou du moins suspects, tous innocents!

Chaque matin, un homme, à figure farouche,

Entrait, puis, retirant sa pipe de sa bouche

Et lisant bien ou mal ses immondes papiers,

Appelait par leurs noms, souvent estropiés,

Ceux qu'attendait dehors la fatale charrette.

Mais l´âme de chacun à partir était prête;

Le nouveau condamné, sans même avoir frémi,

Se levait, embrassait à la hâte un ami

Et répondait: "Présent!" à l´appel sanguinaire.

Mourir était alors une chose ordinaire;

Et tous, les gens du peuple et les gens comme il faut,

Du même pas tranquille allaient à l´échafaud.

Le Girondin mourait comme le royaliste.

Or, un jour de ces temps affreux, Vhomme à la liste,

En faisant son appel dans le troupeau porqué,

Venait de prononcer ce nom: "CHARLES LEGUAY",

Quand, parlant à la fois, deux voix lui répondirent;

Et du rang des captifs deux victimes sortirent.

L´homme éclata de rire en disant: "fai le choix".

L'un des deux prisonniers était un vieux bourgeois,
Débris de quelque ancien parlement de province,
En poudre, et qui gardait, sous son habit trop mince,
L'air digne et froid qu'avaient les députés du tiers;
L'autre, un jeun? officier, au front calme, aux yeux fiers,
Très beau sous les haillons de son vieil uniforme.
L'homme à la liste, ayant poussé son rire énorme,
Reprit:

         "Vous avez donc tous deux le même nom?"

—      "Nous sommes prêts tous deux", fit le vieillard.

                                                         — "Non, non,
Dit le greffier, "il faut s'expliquer, quand je parle."

 

Tous les deux se nommaient LEGUAY; tous les deux
                                                                  CHARLES;

Tous les deux, de la veille ils étaient condamnés.

 

Alors l'autre, roulant ses gros yeux avinés:

"Du diable si je sais qui des deux je préfère!

Citoyens, arrangez entre vous cette affaire,

Mais sans perdre de temps; car SANSON n'attend pas".

Le jeune vint au vieux et lui parla tout bas;

L'héroique marché fut très court à débattre:

 

"Marié n'est pas?

                   — Oui.

                            — Combien d'enfants

                                                            — Quatre."

Le greffier répétait en riant:

                                           "Dépêchons!

 

— C'est moi qui dois mourir, dit l'officier. Marchons!"

 

 

 

 

UM  OU  O  -OUTRO

 

Tradução por Heitor P. Froes

 

Foi pelo Termidor, lá na "Conciergerie",

Duzentos cidadãos encontravam-se ali,

Num sinistro recinto, em vil promiscuidade!

Redobrara o Terror — infrene tempestade

A talar os trigais!... E em Paris anhelante

Sangrenta a guilhotina agia a todo instante!

Duzentos cidadãos estavam lá presentes,

Por suspeita ou denúncia — e todos inocentes;

E todo santo dia um guarda furibundo

Retirava da boca o seu cachimbo imundo,

E relendo uma lista extensa e amarrotada,

Fazia a gaguejar a lúgubre chamada

Dos que, fora, aguardava a carrêta fatal.

"Presente!" respondia o mísero mortal

Num tom deliberado, evitando tremer;

Abraçava um amigo, e quasi que a correr

Rumava à guilhotina — a fera sanguinária!

Tal morte, nessa quadra, era cousa ordinária:

O modesto burguês, o fidalgo importante,

Morriam par a par, de modo semelhante;

Tal qual o Girondino ...  o próprio Realista!

Um dia sucedeu que o guarda, lendo a lista,

Com certa hesitação parou na letra C,

Bradando finalmente: — "Aqui, CHARLES LÉGUAY"!

Ao apelo fatal dois homens responderam

E sem demora entre os demais apareceram.

O verdugo estrilou: — "Teremos que escolher"...
O mais velho dos dois bem deixava entrever,

Metido no seu terno escuro, amarrotado,

A austéra compostura, o aspecto reservado,

De antigo deputado eTidadão brioso;

O moço — oficial de olhar calmo e orgulhoso,

Era belo, apezar de seu roto uniforme.

 

O guarda comentou, num gargalhar enorme;

— "Ambos com o mesmo nome? E agora que faremos?"

 

O velho respondeu: — "Todos dois morreremos!"

— "O', não; falei bem claro: Há de ser um somente. . ."

 

Mas, sendo ambos LEGUAY ... e CHARLES igualmente
Difícil era a escolha entre os dois condenados!

 

O guarda remexia os olhos avinhados:

—      "Co'a bréca, não sei bem qual seja o preferível!
Regulem vocês dois esse problema incrível,

Mas logo, que SANSÃO não gosta de esperar!"      

 

O jovem dirigiu-se ao velho, a sussurrar,
E a cena foi sublime — um lance de teatro:

— "Tem Esposa?"

                        — "Sim, tenho..."

                                                  — "E filhos?"

                                                            — "Tenho quatro."

Irônico insistia o guarda: — "Vamos ver..."
E o jovem respondeu:

— "Sou eu quem vai morrer!"

 


CLÁSSICOS JACKSON – VOLUME XXXIX  POESIA 2º. Volume. Seleção de ARY MESQUITA.  São Paulo, SP: W. M. Jacson Inc., 1952.  293 p.  encadernado.         14 x 21,5 cm         Ex. bib. Antonio Miranda 

 

                (Traduções de RAIMUNDO CORREIA)

 

       
       
NA TASCA

         
       
Dentro, na esconsa mesa, onde fervia
      Fulvo enxame de moscas sussurrantes,
      Num raio escasso e trêmulo do dia,      
      Espanejando as asas faiscantes.

       Vi-o: bêbado estava, e inebriantes
      E capitosos vinhos mais bebia,
      E em tédio, como os fartos ruminantes,
      A larga boa estúpida movia....

       E eu pensativo, eu pálido, eu descrente,
      Aproximei-me do ébrio, com tristeza,
      Sem ele quase a pressentir sequer;

       E vi: — seu dedo, aos poucos, lentamente,
       No vinho esparso, que ensopava a mesa,
      Ia traçando um nome de mulher.
 

 

       MAIO

      
Há um mês foste-te embora;
       E eu sofro de ti distante,
       Embalde viceja agora
      O lilás fresco e odorante.

       A sós, fujo ao claro brilho
       Deste céu que me exaspera,
       Pois aumenta o horror do exílio
      O esplendor da primavera.

       Contra os vidros transparentes
       Da alcova de onde não saio,
       Batendo as asas trementes
       Ouço os insetos de Maio.

       Do sol ao rútilo beijo
      Cerro os lábios, desgostoso,
       E só, do lilás desejo
       O húmido ramo cheiroso;

       Pois em meio às suas dores,
       Do lilás, minh´alma em ânsia,
       Vê teus olhares — nas flores,
       Teu hálitgo — na fragrância.

 

 

*

Página ampliada e republicada em maio de 2023
      

 

 

 

 

 

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2017

 

 

 


 

 

 
 
 
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