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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

FRANCESCO SCARABICCHI

 

Francesco Scarabicchi (Ancona, 10 febbraio 1951) è un poeta e traduttore italiano, che si occupa anche di letteratura e arti visive Ha collaborato con Fabio Pusterla e con Franco Scataglini.

La sua è definita una poesia realistica e le sue tematiche sono concentrate sui temi del ricordo, del tempo e della morte. Si occupa da sempre di arti figurative. Una scelta delle sue Cronache d'arte 1974-2006 in L'attimo terrestre (Affinità elettive, Ancona 2006). Per Donzelli, nella collezione di poesia, ha pubblicato L'esperienza della neve (2003) e L'ora felice (2010). Per Liberilibri nel 2010 ha curato lo scritto del libro di Fabian Negrin La via dell'acqua.

Fonte: wikipedia

 

TEXTO EM ITALIANO   -   TEXTO EM PORTUGUÊS

 

Extraído de

POESIA SEMPRE – Revista Semestral de Poesia.  ANO 3 – NÚMERO 6 – OUTUBRO 1995.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional do Livro, 1995.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

La cristalliera

 

Ci si rammenta, a volte,

di un nome, un volto

còlto dalla memoria

con tac d’interruttore,

lui che ragazzo

giuoca agli indiani

e solo per errore

con il gomito infrange

la cristalliera ad angolo;

in ginocchio raccoglie

i frantumi di vetro

e chi lo scruta avverte

l’appena bisbigliato

 

come tornare indietro?

 

 

Il catino di smalto

 

Lavandosi si accorse che al catino
mancava dello smalto ne fondo;
vide la piccola macchia
asciugandosi verso la finestra.
Si voltò impaurito como chi,
con la valigia in mano,
vien fato scendere ad un binario morto.
“Non cu sibi soer sempre più stazioni”
sussurrò come uscito da um sogno.

 

La mancanza, dal fondo, como dirla?

 

 

Mais ou sount

Non è stato un retorno il riapprodare
all´isola nascotas della casa.
Credo fosse il dicembre
di un natale felice,
la pioggia che batteva il lungomare,
le stanze vuote como gusci d´uovo.

         In piedi, nel vano della porta
         (il segno dei quadri alle pareti),
         come se fosse stata muta al fianco,
         ti ho chiesto: “I vivi di qui, adesso,
         dove sono?

               

TEXTO EM PORTUGUÊS

 

                A cristaleira       

         Acontece às vezes nos lembrarmos,
         de um nome, um rosto
         colhido na memória
         com tac de interruptor,
         ele que, menino,
         brinca de índio
         e só por engano
         esbarro o cotovelo
         na quina da cristaleira;
         ajoelhado recolhe
         o pedaço de vidro
         e quem o percebe
         indaga murmurando

         como voltar atrás?

                            Tradução de Suzana Vargas

        

         A bacia esmaltada

         Percebeu ao lavar-se que faltava
         no fundo da bacia um pedaço de esmalte;
         viu a mancha pequena
         secando-se já perto da janela.
         Virou-se estremecido como quem,
         com a mala na mão,
         foi obrigado a saltar no fim dos trilhos.
         “Para sempre não há mais estações” murmurou
         como ao sair de um sonho.

         A falta, ao fundo, como dizê-la?

                            Tradução de Suzana Vargas

 

                Mais ou sount

         Não foi dessa vez novamente aportar
         na ilha oculta pela casa.
         Creio que era dezembro
         de um feliz natal,
         a chuva golpeava a beira-mar,
         vazios os quartos como casca de ovo.

         Em pé, no vão da porta
         (a marca do quadro na parede)
         como se estivesse quieta ao lado,
         E eu te pergunto: “Os vivos daqui, agora,
         onde estão?”

                   Tradução de Suzana Vargas

 

Página publicada em janeiro de 2018

 


 

 

 
 
 
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