Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

AVRAHAM SHLONSKY

Avraham Shlonsky (6 de março de 1900 - 18 de maio de 1973, hebraico : אברהם שלונסקי , russo : Авраам Шлёнский ) foi um poeta e editor israelense significativo e dinâmico nascido no Império Russo .

Ele foi influente no desenvolvimento do hebraico moderno e sua literatura em Israel através de suas muitas e aclamadas traduções de clássicos literários, particularmente do russo, bem como seus próprios clássicos de crianças hebraicas originais. Conhecido pelo seu humor, Shlonsky ganhou o apelido de " Lashonsky " dos pesquisadores de sua geração ( lashon significa "língua", ou seja, "linguagem") por suas inovações inusualmente inteligentes e astutas na língua em hebraico que evoluiu recentemente.

Shlonsky publicou seu primeiro poema em 1919 no jornal Ha-Shiloah . Ele contribuiu para a vida cultural judaica com músicas para produções de estágio satírico, bem como as bolas de fantasia de férias Purim  que eram uma tradição no início de Tel Aviv. Mesmo nesta fase inicial de sua carreira como poeta, ele mostrou uma tendência para a escrita espirituosa, incorporando inovações linguísticas na língua hebraica revivida e em desenvolvimento. Durante este período, ele editou as colunas literárias de vários jornais.

Gradualmente, ele se tornou o representante do grupo "rebelde" que se rebelou contra a poesia de Bialik e sua geração, expressando uma certa aversão ao que foi visto como seus clichês característicos. O novo grupo tentou criar uma poesia vibrante, jovem e animada, e não perpetuar o que eles viram como sendo algo de segunda mão do estabelecimento literário.

Texto traduzido da wikipedia, onde há mais informação sobre o autor:
https://en.wikipedia.org/wiki/Avraham_Shlonsky

 

 Extraído de

 

POESIA SEMPRE Revista Semestral de Poesia. Ano 5 – Número 8.  Junho 1997.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional – Ministério da Cultura. Departamento Nacional do Livro, 1997.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Labor

 

a

 

Temos mão pequena, e ela tem cinco dedos dedos de
cera, finos, quebráveis.
No seu início bate um pulso, e em sua ponta, unhas.
Oh, que faremos com dedos no dia em que trabalharmos com eles?

 

Bata com força, punho humano! Cresçam selvagens, unhas!
Nós vamos à labuta.

Oh, felizes são vocês, os dedos, seguram uma foice no dia da colheita abraçam um torrão coberto de urtiga!

Digam vocês:

o que acontecerá aos dedos ternos?

 

b

Oh, suor!

Oh, gotas de bênção que caem de minha testa alta
como orvalho de céu puro.

 

Eis minha carne pura e peluda,
e o cabelo é relva preta.
Oh, suor, suor salgado,

orvalhe, por favor, a minha carne como um campo arrepiado
                                                                  ao amanhecer.
Aleluia!

 

c

 

Alçar-se-á o céu matinal, a frondosidade de um grande terebinto,

e a cabeça de Absalão de cachos dourados

se prende em sua copa,

Sol! Sol!

E me curvarei para a areia

da opressão do cimento aqui gemerão as dunas:

por que vieste, homem, aos desertos

colocar um freio à nossa boca?!

 

E repentinamente açoitou o vento
leste e como cáfilas que não conheciam cabresto,
investiram contra a cidade em construção.
Areias!

 

Sobre estradas e fundações seu galope cairá como tempestade

e com pequenas ferraduras,

ferraduras de grão de areia

no meu rosto pisarão com cascos.

Vingança!

 

E eis

voltaram as suas faces

e com assobios:

aos desertos! aos desertos!

 

E retardei minha mão

(e em minha mão há uma pá cinza com cimento)
e se acenderão estradas tortuosas:
Atrás deles!
Estenderam as mãos:
Pisoteiem-nos! Pisoteiem-nos!

 

Arreiem os desertos!
E com rédeas estendam estradas!
Estou sentado na plataforma!
Eu — o labor!

Como grandes punhos estendem-se nas areias:
Casas, casas, casas.

 

E eu sinto:

sou eu que na copa da madrugada me segurei

e em minha mão como um raio brilhante se encontra a espada.

E ri diante de mim a cidade construída.

Sol! Sol!

 

d

Veste-me, boa mãe, uma túnica listrada esplêndida

e ao amanhecer conduze-me à labuta.

Envolve-se minha terra na luz como um manto de orações.

Casas se colocaram como filactérios,

e como suas tiras desenrolam-se estradas, abertas pelas mãos.

 

A oração da manhã assim rezará a cidade bonita ao seu criador

e entre seus criadores

seu filho Abraão,

poeta construtor de Israel.

 

E à noite ao crepúsculo retornará papai de seus sofrimentos

e como uma oração sussurrará prazeroso:

é-me querido o filho Abraão,

pele, tendões e ossos,

aleluia.

 

Veste-me, boa mãe, uma túnica listrada esplêndida
e ao amanhecer conduze-me à labuta.

 

Tradução de Nancy Rozenchan

 

Três anciãs

No anoitecer cinzento
talvez sopre um vento,
sentam três anciãs
em três tábuas vãs,
o banco, a casa branca
ao lado, tarde mansa.
E faz silêncio em torno
dentro do ar não morno.
Como se de repente
congelado, tão rente,
em seu voo um abutre
em busca do que nutre.

E alguém silencioso,
com tecido lanoso
sobre suas cabeças
tricota às avessas
a meia azul ao modo
antigo, vê-se logo
todo de ouro um novelo
no horizonte, são elos.
Elas três vislumbraram
um menino, que olharam.

Três anciãs despertam
e pronto já concertam:
um órfão, certamente
no repentinamente.

Depois se aproximaram,
a face lhe tocaram.
O menino, que espanto,
então abriu-se em pranto.

Depois caiu a noite,
esse menino foi-se
assim, incompreendido
num momento perdido.
Deslizaram as três,
fila de uma por vez,
para dentro da casa
branca como uma asa.

E faz silêncio em torno
dentro do ar não morno.
Alguma humilhação
paira na escuridão
como um abutre branco
por cima desse banco
vazio junto à casa,
um pássaro sem asa.

Versão de Moacir Amâncio a partir de tradução de Nancy Rozenchan

 

Página publicada em janeiro de 2018


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar