POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
Foto e biografia: www.portaldepoesia.com
ANGELO MANITTA
(Castiglione di Sicilia, 1955)
Angelo Manitta é formado em literatura pela Universidade de Catania com uma tese sobre Il Mattia Pascal, de Pirandello .
Professor nas escolas de ensino médio, colabora com vários jornais. Nos últimos anos, recebeu inúmeros prêmios em eventos literários e, em 2000, além da revista Il Convivio , ele também fundou a Academia Internacional Il Convivio .
As publicações incluem: Fragmenta (poemas), Catania 1981; Basílica S. Maria della Catena e S. Giacomo Apostolo em Castiglione di Sicilia (ensaio), Eigraf Marconi, Castiglione di Sic.1990; Verzella e seus distritos (ensaio), Catania 1991; Carta a Horace (ensaio-carta) em 'Caro Piero', Pádua 1994; Ponta dos pés (poemas), Riposto 1995; Santa Maria della Catena venerada em Castiglione di Sicilia e no exterior (ensaio), Messina 1996; Como uma fábula (narrativa), Catania 1997; Castiglione di Sicilia, do patrimônio cultural ao patrimônio ambiental (ensaio), Randazzo 1997; Perfis de artistas: Nunzio Trazzera (catálogo), Giarre 1998; Menina de Mizpa (poesia), Roma 1998; Giacomo Leopardi é pessimista, mas não muito (ensaio), Catania 1998. Giulio Filoteo de Amadeo e Antonio Filoteo Omodei Escritores sicilianos do século XVI (ensaio curto), Accademia degli Zelanti e Dafnici, Acireale 1998; Deuses, heróis e ilhas perdidas (narrativa), ed. Mursia, Elemond Scuola Group, Milão 2001; Antonio Filoteo Omodei e Giulio Filoteo di Amadeo Escritores sicilianos do século XVI (ensaio), ed. do município de Castiglione di Sicilia, Catania 2001; Teorema da imagem , antologia da Academia Internacional Il Convivio, editado por A. Manitta, Catania 2001; Damas, cavaleiros e paladinos (ficção) ed. Mursia, Milão 2003.
EN ITALIANO - EM PORTUGUÊS
LITERATURA. Revista do Escritor Brasileiro. No. 20. Ano X – ABRIL / 2001. Publicação semestral da Editora Códice. Brasília, DF: 2001. Diretor: Nilto Maciel. Editor: José Carlos Taveira. ISBN 1518-5109 Ex. bibl. Antonio Miranda.
ORIZZONTE
I funghi crescono oltre la siepe,
cuscino d'astragali sull´orlo
del`abisso, dove mani s'intrecciano
in uragani di campi
diafani e vou di libellule,
sospese nel vuoto, trapassano
aerei crinali. L'orizzonte
è teatro d'infinite
forme. Ma nessuno conosce
i destini degli uomini o i mistici
volti dei prati cosparsi
di anemoni e orchidee,
margherite e miosotidi, iris
e viole, tulipani e verbene,
che ci attendono lassú, próprio lassú,
sulla cima dei colle.
TEXTO EM PORTUGUÊS
(Tradução por Nilto Maciel)
HORIZONTE
Os cogumelos crescem para além das sebes,
travesseiro de astrágalos nas orlas
do abismo onde mãos se enredam
em vendavais de campos
diáfanos e vôo de libélulas,
suspenso no vazio, perfurando
as crinas dos ares. O horizonte
é teatro de infinitas
formas. Mas ninguém sabe
o destino dos homens ou o místico
vulto dos campos cobertos
de anémonas e orquídeas,
margaridas e miosótis, íris,
e violetas, tulipas e verbenas,
que nos olham do alto, lá do alto,
no topo da colina.
Texto em Italiano, tradução para português
por Anfytias Soares de Moura, delegado da
"Academia Internazionale I Convivio, no Brasil.
MEYA PONTE. REVISTA QUADRIMESTRAL DE LITERATURA. No. 16 Editor: Arnaldo Sarty. Pirenópolis, Goiás: 2003. 162 p. 16 x 22,5 cm. Ex. bibl. Antonio Miranda
Lasciami dire
Non odo canto d´uccelli
né onde fruscianti che sbattono
logore scoglieri. Ali
piumate e scie
schiumose m´infondono sensi
d´oblio. L´acqua umile
non riflette le stelle. I Boschi
non comunicano orizzonti
infiniti. Lasciani dire
cose insensate mentre navigo
tra vergina flutti. Ah ! Se danzassi
su prati di perle!
Pierherei gli alberi rigidi,
scandaglierei le pietre, insegnerei
agli uomini ad amare.
Deixa-me dizer
Não ouço canto de pássaros
nem ondas murmurantes que agitam
gastos recifes. Asas
emplumadas e rastros
espumosos me infundem sentidos
de olvido. A água humilde
não reflete as estrelas. Os bosques
não comunicam horizontes
infindos. Deixa-me dizer
coisas insensatas enquanto navego
entre virgens vagas. Ah! Se dançasse
sobre prados de pérolas!
Dobrarei as árvores rígidas
sondarei abismos de imagens,
adoçarei as pedras, ensinarei
aos homens como amar.
*
Página ampliada e republicada em janeiro de 2023.
Página publicada em setembro de 2019
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