POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
Imagem e biografia: Wikipedia
ANATOLE FRANCE
Jacques Anatole François Thibault, mais conhecido como Anatole France (Paris, 16 de abril de 1844 — Saint-Cyr-sur-Loire, 12 de outubro de 1924) foi um escritor francês.
De tom céptico, suas publicações obtiveram grande sucesso. Seu primeiro grande êxito foi O Crime de Silvestre Bonnard, premiado pela Academia francesa. Outras obras são: Thais, O Lírio Vermelho, O poço de Santa Clara, A rebelião dos anjos, etc.
Segundo Fulgrosse, durante a guerra Franco-Prussiana (1870-1871), Anatole France participou na defesa de Paris como guarda nacional, integrado na 1ª Companhia do 20º Batalhão da Guarda Nacional do Sena (companhias de guerra), na reserva no reduto de Faisanderie (Joinville-le-Pont) enquanto decorria a batalha de Champigny, foi declarado impróprio ao serviço por ser de fraca constituição e passou a cívil em Janeiro de 1871. Foge de Paris no início da insurreição da Comuna de Paris.
Tendo sido primeiramente bibliotecário do Senado, foi eleito para a Academia francesa em 23 de janeiro de 1896, para a poltrona 38, onde ele sucede Ferdinand de Lesseps. Foi recebido na Academia Francesa em 24 de dezembro de 1896.
Anatole France apoiou a Émile Zola no caso Dreyfus; ao dia seguinte da publicação do "J'accuse", assinou a petição que pedia a revisão do processo. Devolveu sua Legião de Honra quando foi retirada a de Zola.
Participou na fundação da Liga dos Direitos do Homem.
Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1921, pelo conjunto de sua obra.
Poesia:
Les Légions de Varus, poema publicado em 1867
na Gazette rimée.
Poèmes dorés (1873)
Les Noces corinthiennes (A esposa de Corintio) (1876)
UM SENADOR ROMANO
Em sua toga branca e no solo encarnado,
César vencido jaz com toda a majestade.
O bronze de Pompeu olha na eternidade,
com seu verde sorriso, o corpo ensanguentado.
A alma que abandonou o homem apunhalado
por Brutus, que interpreta o ideal da liberdade,
ronda onde a morte dá, com gélida crueldade,
uma estranha beleza ao crime consumado.
Com seu enorme ventre a roncar fortemente,
no mármore do banco a tudo indiferente,
dorme profundamente um velho senador.
Pelo grande silêncio ele foi despertado.
E soa sua voz no recinto gelado:
— Voto pela coroa a César ditador!
(Tradução de Edmundo Moniz (1911-1997)
Página publicada em julho de 2020
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