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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

ANACREONTE

Anacreonte (em grego: Άνακρέων, na transliteração Anakréōn (Teos, 563 a.C. — Teos, 478 a.C.), foi um poeta lírico grego.

Foi conselheiro de Polícrates, tirano de Samos. Com a morte deste em 522 a.C., partiu para Atenas, onde foi recebido por Hiparco, filho de Pisístrato. Tendo ele sido assassinado em 514 a.C., o poeta voltou para sua terra natal, onde morreu.

A poesia de Anacreonte chegou até nós sob a forma de fragmentos. Cantava as musas, Dioniso e o amor. Foi muito apreciado pelos gregos, e seu estilo, posteriormente conhecido como "anacreôntico", foi muito imitado ao longo da antiguidade e do período bizantino, tendo nos chegado diversas odes anacreônticas. Segundo Clemente de Alexandria, ele foi o inventor das canções de amor.   (Leia mais em:  pt.wikipedia.org)

 

      ODES
        Da sua lira

         De Atridas os feitos, de Cadmo os louvores
tentei celebrar;
e a lira rebelde só cantos de amores
me quis entoar.

         Impus-lhe outras cordas... trabalho perdido!#
A lira troquei;
aos feitos de Alcides a nova convido...
e Amor, lhe escutei!

         Adeus, grandes homens! Buscai noutra lira
o vosso louvor!
A minha não sabe; não pode; suspira
só cantos de amor.

                            Tradutor: António  Feliciano de Castilho

 

                   O AMOR E A ABELHA

                   Amor um dia
rosas colhia;
não atentava
que uma ocultava
o leve inseto
que suga o mel.

                   Trépida zune
a abelha, pune
co vivo espinho
o alvo dedinho
desse indiscreto,
com dor cruel.

                  Amor, gritando,
parte chorando,
voa ao materno
regaço terno,
e alça, mesquinho,
querela tal:

                   — “Ó mãe, socorro!
Vale-me! eu morro!...
Vê! vê! que dores!
Naquelas flores
um dragãozinho
me fez o mal;

                   fera mui brava
mas que voava
cumas asinhas;
abelha a chama
o lavrador.”

                   — “Se uma abelhinha
tal dor te excita” —
diz Vênus: — “pensa
que dor intens
dão a quem ama
farpões de Amor.”

                            Tradutor: Antônio Ribeiro dos Santos

 

 

A ANDORINHA

 

 

Gentil andorinha
que vive anualmente
na bela estação,
tecer-me vizinha
o ninho inocente
da tua aflição;

e a anúncios de inverno,
temendo senti-lo
lá vais a cantar,
refúgio mais terno
pedir ao teu Nilo,
de Mênfis gozar!

Vem cá, passarinho!
Amor neste peito
não faz nunca assim!
É o ninho e mais ninho;
um ido, outro feito;
renova-os sem fim:

Ver cum Cupizinho
como abre as asitas
tentando avoejar!
Este, inda no ovinho,
estoutro as casquitas
já quase a largar!

De bicos abertos,
nenhum dos mofinos
se cala jamais!
Os já mais espertos,
aos mais pequeninos
mantêm como pais;

Depois, os mais novos,
apenas criados,
produzem também;
de todos vêm ovos;
dos ovos dobrados
amores provêm.

São tais seus clamores,
que às vezes abalos
de raiva me dão;
mas tantos amore...
Como hei-de lançá-los
do meu coração?


(Tradução de A. F. DE CASTILHO)



 

 

Página publicada em fevereiro de 2019; Página ampliada em agosto de 2020

 


 

 

 
 
 
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