Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

AMIR GILBOA

 

 

Amir Gilboa (em hebraico : אמיר גלבע) (nascido em 25 de setembro de 1917 — falecido em 2 de setembro de 1984) foi um poeta israelense nascido na Ucrânia. Gilboa recebeu o Prêmio Israel de literatura em 1982.

Berl Feldmann (mais tarde Amir Gilboa) nasceu em uma família judia em Radziwillow (agora Radyvyliv , Volhynia ) na Ucrânia . Em 1937, ele imigrou para o Mandato da Palestina . Em 1942, ele lutou na Segunda Guerra Mundial na Brigada Judaica do Exército Britânico . Em 1948, ele lutou na Guerra da Independência de Israel . Ele morreu em 1984 no Hospital Beilinson em Petah Tikva devido a complicações da doença cardíaca isquêmica.

Em 1949, ele publicou um volume de poesia intitulado Sheva Reshuyot ("Sete Domínios") sobre suas experiências de guerra. Esta coleção, juntamente com o seu Early Morning Songs, publicado em 1953, estabeleceu sua reputação como um dos principais poetas hebreus. Seus primeiros trabalhos foram influenciados por Avraham Shlonsky e Natan Alterman , especialmente em seu uso do hebraico arcaico e bíblico. Mais tarde, sua linguagem se torna mais coloquial, com uma abundância de rimas, palavras e comentários satíricos. [1] eu quis escrever os lábios de dorminhocos, publicado em 1968, dedica-se ao ato de escrever poesia e sentimentos do poeta.

 

Placa comemorativa na casa de Gilboa em Tel Aviv. Em 1971, Gilboa recebeu o Prêmio Bialik de literatura . Em 1982, ele recebeu o Prêmio Israel, pela poesia hebraica.

 

 

Extraído de

 

 

POESIA SEMPRE – Ano 5 – Número 8 – Junho 1997. Revista semestral de poesia.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional de Livro.  Editor Geral: Antonio Carlos Secchin.  Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

Obs. Aparece “ALMIR GUILBOA” na publicação, em vez de AMIR GILBOA.

 

 

        A alma de Iossi, filho de minha irmã Brônia

 

         Toda a noite caíram estrelas no meu regaço,
         cansado de contar ri sozinho para dentro da noite feliz.
         E assim adormecido, e assim sonhador, céus coloriram meus olhos
                                               e águias mergulharam nas profundezas.
         Então abri meus olhos para o sonho. Veio o pequeno Iossi e
                                               redimiu a canção. E pairava e cantava.

         Na terra ouve-se a voz da rola. Sobre o viço matutino uma chuva
                                                                                              azula e cai.
         Aos pés do monte antes do sol eu me ajoelho e lembro e lembro e
                                                                                              lembro.
         Minha cabeça está nas águas que das alturas caem em verdes sons
                                                                            do sonho farto, pesado.
         Escuto todas as tuas canções, Iossi, pequeno Iossi, o brilhante. Iossi
                                                                               deveras assassinado.
         Teus esplendores que vagueiam por todo caminho perseguem o eco
                                                                            da tua voz sorridente.

         Senhor, Senhor, todas as fendas encheram-se então de água.
         E depois da chuva inundou-nos o verde e embebedou nossos passos.
         E por completo empalideceram cogumelos como uma lenda que se
                                                         insinua nas pupilas de mil olhos.
         E todas as árvores acenderam sóis em suas copas em nossa
                                                                                     homenagem.

         Ao Iossi, ai Iossi! O meu sussurro enviei com o final da noite pela
                                                                                     superfície do lago
         e teus patos esbranquiçados revolutearam para elevá-lo, uma coroa
                                                                            para as ondulações.
         Mas com um sol que se ergue também eu me ergo por inteiro... e
                                                                  queimo do fogo do desejo
         de beijar o pó do predileto dos amores.

 

                  Tradução de Dora Blatyta.

        
        

        E meu irmão se cala

 

        Meu irmão voltou do campo
         numa veste cinzenta.
         E cogite, quem sabe meu sonho revelar-se à mentira
         e comecei de imediato a contar suas feridas
         e meu irmão se cala.

         Depois vasculhei  nos bolsos do capote
         e encontrei um curativo cuja mancha estava seca.
         E num posta puído o nome dela
         debaixo de um desenho de papoulas.
         E meu irmão se cala.

         Então desatei o embrulho
         e tirei seus pertences, lembrança após lembrança.
         Bravo, meu irmão, meu valente irmão,
         eis que encontrei as suas medalhas!
         Bravo meu irmão, meu valente irmão,
         cantarei loas ao teu nome!
         E meu irmão se cala.
         E meu irmão se cala.

         E seu sangue da terra clama.

 

                            Tradução de Dora Blatyta.

 

 

        Isaac

 

        Ao amanhecer passeava o sol dentro da floresta
         junto comigo e com meu pai
         e minha destra está em sua mão esquerda.

         Como um resplendor fulgurou um cutelo entre as árvores
         e eu temo tanto o medo de meus olhos diante do sangue
                                                                  sobre as folhas.

         Pai, pai, rápido, salve Isaac
         e não faltará ninguém na refeição do meio-dia.

         Sou eu o degolado, meu filho,
         e já meu sangue está sobre as folhas.
         E meu pai, sua voz ficou obstruída.
         E suas faces, pálidas.

         E eu  quis gritar, me agito para não crer
         e arregalo os olhos
         e acordei.

         E exangue estava a destra

                            Tradução de Dora Blatyta.

 

 

            Canção do alvorecer

 

        De repente levanta-se o homem pela manhã,
         sente que povo e começa a caminhar
         e a todos em seu caminho ele saúda, shalom.
         Espigas erguem-se diante dele dentre as fendas da calçada
         e ao seu rosto as árvores aspergem o perfume.

         O orvalho gotejando e as colinas com miríades de raios
         formarão um dossel de sol para suas bodas.
         Ele sorri o heroísmo de gerações das montanhas
         e vexadas prosternam-se as guerras
         diante da glória de um milênio
         que fluiu secretamente.

         Mil anos jovens diante de si
         como um riacho frio.
         Como melodia de pastor.
         Como um ramo.

         De repente levanta-se o homem pela manhã,
         sente que é povo e começa a caminhar,
         vê que voltou a primavera e a árvore se cobriu de folhas.

 

                   Tradução de Nancy Rozenchan


        

Página publicada em abril de 2018


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar