VILLARI HERMANN
Às vezes, a mera introdução de um ou sois signos de visualizar mas difícil de mensurar, cria um fato estético. A palavra “sombras”, por si só, não e portadora de nenhuma surpresa. Contudo,
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ao se escrever “sombras” sobre um fundo preto, configura-se um poema visual(tal qual foi
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concebido, por Villari Hermann, em 1974) o símbolo br, além de sugerir o nome do nosso país, anuncia o logotipo da Petrobrás, remetendo-nos à crise do petróleo ocorrida na década de 1970, o fundo escuro conota, além do naufrágio petrolífero, a sua trevosa consequencia: o depauperamento econômico do terceiro mundo. E nestes anos recentes de “apagão” e de estiolamento nacional, o poema de Hermann adquire novas nuanças...”
Extraído de
CAMPOS, Roland de Azeredo. Arteciência – afluência de signos co-moventes. São Paulo: Perspectiva, 2003. 157 p (Coleção big bang/ dirigida por Gita K. Guinsburg). ISBN 157 p. 85-273-0668-9
INFINITO (1981)
Cartão Postal
I MOSTRA INTERNACIONAL DE POESIA VISUAL DE SÃO PAULO 1988
Catálogo da mostra
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