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THIAGO CERVAN

 

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Thiago Cervan nasceu em São Bernardo | SP (1985).  É corinthiano e comunista. Desenvolve um trabalho voltado à experimentação poética em diversos meios.  Em 2012 publicou o livro "Sumo Bagaço" pelo selo Poesia Maloqueirista.

Blog: http://cervan.blogspot.com.br

 




 

A POESIA VISUAL é uma denominação polissêmica, que abarca diferentes modalidades de produção. Desde aqueles artistas que cobriam paredes nos templos egípcios e gregos  com textos pictografados aos grafiteiros que fazem composições de letras em muros das cidades modernas. Inclui os caligramistas que faziam figuras com textos, os concretistas que faziam composições tipográficas com letraset industrial ou composições gráficas, além dos calígrafos persas, chineses e árabes que ornamentaram telas, tecidos e livros. Sem esquecer dos que usam programas de animação em videopoemas.

Muitos partem dos textos ou letras para construções verbais, não raras vezes criando figuras que representam situais reais, vale dizer, vão da palavra à imagem. É o caso de Thiago Cervan neste conjunto pictoverbal ou verbivisual , no verdadeiro sentido.  Não se trata de compor um ideograma verbal como os concretistas, mas de transformar a palavra naquilo que ela representa ou em criações associadas à ideia original da palavra...  É o caso de “PONTE”. 

Em “Ponte”, Thiago Cervan experimenta uma combinação criativa entre a dimensão da palavra e a forma plástica, quando a poesia mais praticada atualmente — (não vamos dizer “mais tradicional” porque, em verdade, a poesia visual é tão antiga quanto a poesia escrita, se atentarmos para os poetas gregos e os do Oriente) — costuma combinar mais frequentemente as formas fonológicas e semânticas. “Ponte” — e desculpem o jogo de palavras... — faz a ponte entre o verbo e a imagem, entre a arte verbal e as artes plásticas. Como nos ensina Antonio Vicente, “ou a escrita enfatiza formas do conteúdo, buscando reproduzir formas semânticas; ou enfatiza formas alfabéticas quando representam sílabas ou fonemas.”*
Alguém poderá indagar se podemos considerar “poema” algo construído com uma única palavra, como no caso de “Ponte” e praticamente todos os exemplos apresentados aqui por Thiago Cervan. Em verdade, Cervan estende a palavra em significados semióticos pela conjunção com o  elemento visual, ao experimentar um discurso ampliado, além da palavra que serviu de base à criação.

 

Os demais – LEI, ALÔ e ÓDIO fazem associação de ideia e imagem em mensagens inteligíveis: LEI associada ao revólver, como poderia ser com outra imagem; ALÔ vem ilustrado com um telefone à antiga; e ÓDIO associa-se à algema.

 

Há quem negue tratar-se de “poema”. Tanto faz. Eu prefiro chamar de ARTE VERBAL, mas trata-se de uma relação intergenérica de artes plásticas com literatura, em que o sentido verbal vem com o pictórico na interpretação do artista e do seu público. Não é a ilustração de uma ideia, é uma ideia ilustrada.    A. M.

 

*PIETROFORTE, Antonio Vicente.  O discurso da poesia concreta – uma abordagem semiótica.  São Paulo: Annablume, 2011.


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