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SÉRGIO FINGERMANN

 

O artista e poeta nasceu em São Paulo em 1953 e desde 1973 vem desenvolvendo sua obra pictórica e gráfica. Segundo Fernando Peixoto, “Fingermann é dado a essa atenção reflexiva que produz a convivência de pensamento e imagem. Mais ainda: desde a origem ele mantém compromisso com a atitude poética enquanto fonte geradora de significação capaz de urdir e configurar seus emas e dilemas.”  Certamente que sim. 

         Além das imagens de lírico figurativismo, o artista faz algumas peças que classificamos na categoria de “arte verbal”, figurante do universo tão amplo do que agora se entende por poesia visual.  Elegemos exatamente os 4 “Elogios ao Silêncio”, todos de 2007, que constam de seu livro com o mesmo títulos, e alguns versos que acompanham as imagens.

         O livro “ELOGIO AO SILÊNCIO E ALGUNS ESCRITOS SOBRE PINTURA”, de Sérgio Fingermann (São Paulo: BEI Comunicação, 2007.  64 p. ilus. col. IBSN 978-85-86518-86-7) é de excelente qualidade, tem o mérito de divulgar peças da exposição homônima do artista que foi levada a museus brasileiros  do centro-sul do país  (entre eles o Museu Oscar Niemeyer de Curitiba e a Pinacoteca do Estado de São Paulo) e que continua sendo apresentado.

SÉRGIO FINGERMANN

ELOGIO AO SILÊNCIO No. 16
Óleo sobre tela, 
1, 80m x 1,60m

 

O silêncio faz um lugar?

Que escadas, que andaimes constroem o silêncio?
Onde o silêncio principia?
Onde ele começa a é claro ou escuro?
É no silêncio que se ouvem as vozes dos deuses?
Que lugar faz o silêncio?

SÉRGIO FINGERMANN

ELOGIO AO SILÊNCIO No. 27
Óleo sobre tela
1,80m x 1,60m

Há chamados do silêncio.
Há sentimentos que vêm de lá,
Ou, então, são feitos ali.
No silêncio pensamos sem palavras.

SÉRGIO FINGERMANN

ELOGIO AO SILÊNCIO No. 17
Óleo sobre tela
1,80m x 1,60m

 

Outros ensinos do pintor

Ficar em silêncio.
Olhar para bem longe.
Olhar bem de perto.
Ler poesias.
Escutar música.
No escuro, descobrir cores e formas.
Observar atentamente as águas que passam.
Conquistar tempo pra não fazer nada.

SÉRGIO FINGERMANN

ELOGIO AO SILÊNCIO No. 12
Óleo sobre tela
1,80m x 1,60m

 

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De

FINGERMAN, SergioFragmentos de um dia extenso.  São Paulo: Bei Comunicação, 2001.  s.p. ilus. col. capa dura. ISBN 85-86518-20-4  Maurice Touchon, tradução pra o francês.  Owen Beith e Isa Maria Lando, traduções para o inglês. Projeto gráfico de Kiko Farkas. Em caixa dura contendo também o livro   “Cronologia – Fragmentos de uma obra”, 83 p. ilus. col. formato 22x26,5 cm. ISBN 85-86518-21-2   Patrocínio Unibando.  Col. A.M. (EE)

 

É preciso tenta,
mesmo sabendo de toda impossibilidade.

É preciso insistir,
mesmo sabendo de toda inutilidade.



 


 

Página publicada em fevereiro de 2010; ampliada em dezembro de 2011.

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