PAULO SOUSA
Paulo Augusto Guimarães de Sousa, nasceu no dia 30 de junho de 1965,
em Brasília. Ex-jogador de futebol. Estudo antropologia. Estudou na Irlanda, com notoriedade no campo científico e literário:
https://www.qub.ac.uk/schools/InstituteofCognitionCulture/FileUploadPage/Filetoupload,529405,en.pdf
SOUSA, Paulo. Sousa quase sósia. Poemas. Brasília: D Anta Casa Editora, 1995. 62 p. col. formato 22x29 cm. Capa e projeto gráfico de Paul A. G. de Sousa. Poemas textuais e visuais executados em Corel Draw, pela Taba Comunicação. Impresso pela Caligráfica editora. Ex. bibl. Antonio Miranda.
MENEZES Y MORAIS, org. Mais uns: coletivo de poetas. Brasília: 1997. 200 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
COMO SE
Como se o espírito fosse duplo
pleno de dois desejos opostos
Como se a carne fosse dupla
plena de duas escolhas opostas
Como se a carne fosse o espírito
expiando um dos desejos
Como se o espírito fosse a carne
desencarnando uma das escolhas
Como se a escolha fosse duplo
pleno de dois espíritos opostos
Como se o desejo fosse a escolha
escolhendo um dos corpos
Como se a escolha fosse o desejo
desejando um dos espíritos
AMORTE
Amar-te
tornou-se
a morte
Mas a arte do “a” que veio a ser meu “o”
ornou-se da tara de atar-te
para como um aro que se enforca em “.”
tapar o ar que me asfixia.
Agora é tarde para te dar meu remorso.
Amar-te
tornou-se
o “a” que veio a ser tu ”o”.
NA SALA DE AULA
Na sala de aula, uma ataraxia
da afasia das falas de aula
Na sala de aula, uma distonia
da alma de uma fala de aula
Essa fala tem luma perfeita sintaxe
que acentua um recanto da sala
Essa alma tem uma perfeita sinapse
que encanta outra alma da sala
Meu desejo vivia fora da sala
vive agora, na sintaxe de sua fala
Minha alma vivia fora da aula
vive agora, na sinapse de sua alma
MEUS CORAÇÕES
(1)
Girando sempre em torno do sol,
bate mesmo ao brilho de seu olhar
Meu coração
sendo noite quase pára, solitário,
sobrevivendo apenas de quimera de-luar
(2)
De tanto amadurecer para ser acolhido
despencou da árvore da esperança
Meu coração
agora no solo apodrece, solitário,
não fixando porém caroço de desengano
SOBRE O ACASO DO ESCARRO
O
Asco
no
acaso
do
vicoso escarro
escorre
o
caos
do
descaso
e
causa
o
ocaso
de
um
caso
de
a m o r
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