MIRA SCHENDEL
SEM TÍTULO
da série Objetos gráficos, 1972
Coleção Clara Sancovsky
Fotografia de Rômulo Fialdini
Myrrha Dagmar Dub (Zurique, Suíça 1919 - São Paulo SP 1988). Pintora, desenhista. Muda-se para Milão, Itália, na década de 1930, onde estuda arte e filosofia. Abandona os estudos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Estabelece-se em Roma em 1946, e, em 1949, obtém permissão para mudar-se para o Brasil. Fixa residência em Porto Alegre, onde trabalha com design gráfico, faz pintura, escultura de cerâmica, restauro de imagens barrocas e poemas. Sua participação na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, permite contato com experiências internacionais e a inserção na cena nacional. Dois anos depois muda-se para São Paulo e adota o sobrenome Schendel. Na década de 1960 realiza desenhos em papel-arroz. Em 1966, cria a série Droguinhas, elaborada com papel-arroz retorcido e trançado, que é apresentada em Londres, na Galeria Signals, por indicação do crítico Guy Brett (1942). Nesse ano, passa por Milão, Veneza, Lisboa e Sttutgart. Conhece o filósofo e semiólogo Max Bense (1910 - 1990), que contribui para a realização de sua exposição em Nurembergue, Alemanha, e é autor do texto do catálogo. Em 1968 começa a produzir obras utilizando o acrílico, como Objetos Gráficos e Toquinhos. Entre 1970 e 1971 realiza um conjunto de 150 cadernos, desdobrados em várias séries. Na década de 1980, produz as têmperas brancas e negras, os Sarrafos e inicia uma série de quadros com pó de tijolo. Após sua morte, em 1988, muitas exposições apresentam sua obra dentro e fora do Brasil e, em 1994, a 22ª Bienal Internacional de São Paulo lhe dedica uma sala especial. Em 1997, o marchand Paulo Figueiredo doa grande número de obras da artista ao Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP.Fonte: Itaú Cultural
Não é um poeta no sentido tradicional, mas sua obra entra na categoria de “arte verbal” por causa do uso da caligrafia como base para muitos de suas telas e gravuras. Recentemente visitamos uma exposição da obra do artista conjuntamente com a de León Ferrari, que trabalha na mesma linha de criação.: EL ALFABETO ENFURECIDO, no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, de 25 de novembro de 2009 até 1 de março de 2010, em Madri, Espanha.
Pintura suspensa, de duas faces, exposta numa mostra sobre Geometrismo nas artes plásticas no Museu da República do Conjunto Cultural da República, Brasília, 2012.
Sem título, da série Escritos, 1965
Desenho com transferência de óleo sobre papel-arroz fino, 47x23 cm.
Sem título, da série Objetos gráficos, 1967-1968
Desenho com transferência de óleo sobre papel-arroz
fino, entre placas de acrílico pinta 975x9775x 1 cm.
Sem título, da série Objetos gráficos, 1973
Tipos transferências sobre papel-arroz fino entre
placas de acrílico transparente, 559x559 x 1 cm.
Colección Patricia Phelps de Cisneros |