Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LEWIS CARROLL

 

Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido pelo seu pseudônimo Lewis Carroll (Daresbury, 27 de janeiro de 1832 — Guildford, 14 de Janeiro de 1898), foi um romancista, poeta e matemático britânico. Lecionava matemática no Christ College, em Oxford, e é mundialmente famoso por ser o autor do clássico livro Alice no País das Maravilhas.  Seus poemas escritos em estilo nonsense ao longo de sua carreira literária, são considerados por críticos, em função das fusões e da disposição espacial das palavras, como precursores da poesia de vanguarda. É o caso deste que escolhemos para revelar o talento deste grande poeta:




ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS


 

 

CARROLL, LewisCaça ao Esnarque. Uma agonia em 8 surtos. Tradução de Alexandre Barbosa de Souza, e Eduardo Brigagão Verderame. Ilustrações de Gosia Bartosik.           São Paulo: Laranja Original, 2016.  96 p.  ilus. ISBN 978-85-92875-03-9  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

         7

 

         Procuraram com dedais — com cuidado, perseguiram,
Caçaram com fé e facão —
Despertaram sua cobiça com ações de ferrovia —
Seduziram com sorrisos e sabão.

         O Banqueiro, inspirado por coragem nunca vista,
Depois foram todos comentar que,
Loucamente, avançou e sumiu de vista,
Na ânsia de encontra o Esnarque.

         Mas enquanto buscava com dedais e cuidado,
Um Bandernete sorrateiro viu surgir,
E agarrou o Banqueiro, que gritou de desespero,
Pois sabia que não adiantava fugir.

         Ofereceu desconto — ofereceu um cheque
(“Ao portador”, escrito), setecentas pratas,
Mas não convenceu o Bandernete,
Que agarrou o Banqueiro de graça.

         Sem parar um instante, a bocarra furigante,
Animalesca, tentava abocanhá-lo —
O Banqueiro pulou, patinou, tropicante,
Até cair no chão desmaiado.

         O Bandernete fugiu quando os outros chegaram:
Atraídos pelo grito de horror;
E o Sineiro comentou: “Era o que eu temia!”
E solenemente seu sino tocou.

         O rosto todo sujo, nem lembrava o dito cujo,
Os amigos mal puderam reconhecer,
O susto foi tanto que seu colete ficou branco —
Coisa linda de se ver!

         Para o espanto de todos presentes no dia,
Levantou-se vestido pra um jantar de gala.
E com caretas sem sentido ainda dizia
O que sua língua já não expressava.

         Afundou na cadeira, pôs mão na cabeleira,
E falou com voz desgrafraca
Coisas cuja pequenez provavam sua insensatez,
Enquanto um par de ossos chacoalhava.

         “Deixem o maluco para trás — está tarde demais!”
Pôs-se o Sineiro a exclamar que
“Perdemos do dia metade, se deixarmos para mais tardem
À noite não se pega Esnarque!”

 

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar