HILAL SAMI HILAL
Nasceu no Espírito Santo, Brasil, descendente de família síria. Formado em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo. Um dos mais destacados artistas do país.
As imagens a seguir são do Catálogo “SEU SAMI – HILAL” de sua exposição recente em São Paulo.
“(...) estruturas formadas por gestos caligráficos materializados em pasta de papel. Elas recorrem aos signos para definir os vazados. Estes gestos de escrita permitem denominá-las “mantas semióticas” “Alguns gestos vêm muito do inconsciente. Outros são marcações acentuadas em cinza mais escuro”, informa Hilal.
TEXTO EM PORTUGUÊS – TEXT IN ENGLISH
LIVRO ESFÉRICO
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“Folhas e nomes embolam-se no fio de novelo da linguagem. A esfera da linguagem é uma bola de letras-nomes que ameaça rolar. Nesse esforço, opera a potência da língua em um processo dialético de individuação e desindividuação do sujeito. O livro esférico de Hilal propõe uma aproximação fenomenológica com rasgos comparativos na literatura, arte, astronomia, filosofia e psicanálise. Esse Livro redondo (2005) de Hilal é um sólido geométrico formado por chapas com nomes e ostentando uma superfície curva contínua e fechada de tal forma que todos seus pontos estão eqüidistante de seu centro. Este livro sustenta o diálogo com a infinitude abordada por Jorge Luis Borges no conto El Aleph (de 1949).:um ponto no espaço (o Aleph) contém todos os outros pontos. Quem o vê pode enxergar tudo no universo, de todos os ângulos, sem distorção. O Livro redondo é uma esfera em diálogo com a poesia e o livro neoconcreto. O motor do poema, diz o neoconcretista Ferreira Gullar, é a própria palavra. Para Hilal, o motor do livro é o nome. Para compreender certas conexões de Hilal com o neoconcretismo, é necessário citar o poeta Reynaldo Jardim, que definiu da seguinte forma a poesia neoconcreta:
“(...) estado uno e único estado primeiro, fato sem desenrolamento, não sequência da ação, expressão de uma só tomada global e total, objeto integral, não partível, desdobrável, mas inteiro em cada tempo desse desdobrar, impossibilidade vital de história, anedota. Esfera. Nem antes nem depois””.
IN ENGLISH
“Leaves and names migle in the yam ball of language. The sphere of language is a ball made of letters-names about to roll, in this effort, it operates the potency of the idiom in a dialectical process of indidivualization and e-individualization of the subject. Hilal´s Livro Redondo (“Round book”) (2005) is a solid geometrical form formed by sheets with names and displaying a continuous and closed curved surface in such way that all points are equidistant from the center. This book dialogue with the infinite dealt by Jorge Luis Borges in his short story The Aleph (1949): a point in space (the Aleph) contains all other points. Who looks at it can see the whole universe, from all angles, with no distortion. The Livro Redondo (“Round book”) is asphere in dialogue with poetry and the neoconcrete book. The driving force of the poem, says the neo-conretist Ferreira Gullar, is the word itself. For Hilal, the driving force of the book is the name. In order to understand certain connections between Hilal and neo-concretism, it isnecessary to quate the poet Reynald Jardim, who defined neo-concrete poetry in the following terms:
“(…) a single and unique first state, a fact with no unfoldment, no sequence of action, expression of a singe global and total take, integral object, not divisible, no foldable, but whole in each phase of such enfolment, vital impossibility of history, anedocte. Sphere. Neither before nor after.”” PAULO HERKENHOFF*
BASTIDORES / BACKSTAGES
Com os Bastidores, a economia dos signos de Hilal produz a sínte mais acabada da escritura do nome. Nessa estruturas, Hilal escreve no ar, isto é, inscreve a linguagem no vazio. No interior aberto dos Bastidores, fluturam letras e vocábulos sobre o vazio pleno. A escrita está solta no espaço real.
BACKSTAGES / BASTIDORES
With Bastidores (!”Backstages”) Hilal´s economy of signs produces the most finished- up synthesis of the writing of the name In these structures, Hilal writes on air, that is, inscribes language in emptiness. In the opne ineer space of Bastidores (!”Backstages”) , syllables and letters float on full emptiness. Writin is loos e on real space.
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*In; Museu Vale/ SESC SP. Seu Sami – Hilal Sami Hilal. São Paulo: 2008 ; Catálogo da Exposição realizada no SESC Pompéia, São Paulo, de 8 de outubro a i de novembro de 2008. ISBN 978-85-60008-09-4 Texto em português e inglês. |