e. e. cummings
Cummings é um dos mais cultuados poetas da visualidade, fazendo parte do que se entende por paideuma de concretistas e neoconcretistas no Brasil.
O poema que aparece nesta página seria uma recriação formal de um hai-kai pelo Cummings, enquanto outaros paarte a forma textual de 5-7-5 síliabas.
Pouca gente se atreve a traduzi-lo. Um dos mais bem sucedidos é o Augusto de Campos que, geralmente faz intraduções ou versões livres mas, no caso presente, aproximou-se idealmente da arquitextura original do poema. Apresentamos, a seguir, o original e a versão do mestre Augusto de Campos e, por último, uma “intervenção” nossa, pelo uso da negrita, para da maior visibilidade a uma das palavras da composição: sol – folha cai - solitude. Antonio Miranda
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i n e s s i t u d e i t u d e
De
E. E. Cummings
10 POEMAS
Tradução de Augusto de Campos
Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura;
Serviço de Documentação, 1960
38 p.
Destacamos dois poemas desta edição, hoje de difícil localização, mesmo em sebos virtuais, do grande tradutor paulista Augusto de Campos. Como se sabe, E. E. Cummings é um dos autores da paideuma* do Concretismo brasileiro.
* Segundo Ezra Pound, Paideuma é "a ordenação do conhecimento de modo que o próximo homem (ou geração) possa achar, o mais rapidamente possível, a parte viva dele e gastar um mínimo de tempo com itens obsoletos".
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