Fonte: http://antonioalves.blogs.sapo.pt
ARTUR BARRIO
Artur Barrio (Porto, 1945) é um artista plástico Luso-brasileiro que vive no Rio de Janeiro desde 1955.
Ingressou na Escola de Belas Artes em 1967 e foi um dos primeiros artistas a realizar gigantescas instalações com composições caóticas, onde misturava múltiplos elementos.
Participou de exposições no Brasil e no exterior, entre elas, do Salão de Bússola no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1969); da exposição Information, em Nova Iorque (1970); e da Documenta 11 de Kassel (2002), na Alemanha, um dos mais importantes eventos de arte contemporânea do mundo. Foi vencedor do Premio Velázquez em 2011, e representante único do Brasil na Bienal de Veneza, no mesmo ano.
A maioria de suas obras não pode ser guardada em museus nem pendurada na parede. Ele faz arte conceitual, cria performances, e valoriza a experiência e não a imagem ou o objeto. Suas intervenções caracterizam-se pela utilização de materiais efêmeros e precários, como o sal, o papel higiênico, o sangue, o pó de café, o pão, a carne.1 Uma de suas obras mais conhecidas é justamente a intitulada Livro de carne, um pedaço de carne talhado em forma de livro que, após alguns dias, decompõe-se diante do público e tem de ser reposto a cada 3 dias. O livro de carne participou de exposições em Paris e na Bienal de São Paulo. Fonte: wikipedia
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“Quando Artur Barrio surgiu na cena artística brasileira, no final da década de 1960, sua obra determinou uma fratura, diante de tudo o que se havia produzido anteriormente no país. (...) Na época, propunha-se a arte experimental como forma de desviar a arte do domínio puro da imagem, característica da modernidade, para o domínio da experiência. O corpo ganhava então estatuto importante na produção da obra. Foi também o momento em que, além da experiência do corpo, a arte brasileira começar a discutir o primado do visual, a questionar a pureza dos meios e suportes artísticos, e a pensar na alteração do lugar da arte. Os artista iniciaram então um verdadeiro “laboratório de invenções”, libertando-se das linguagens convencionais. Performances, interferências urbanas, filmes e vídeos apareciam como práticas do que Mário Pedrosa chamava de “exercício de uma experimentalidade livre”. Tais ações, identificadas com a noção de “antiarte”, buscavam esgotar a tradição. Dizia ainda Pedrosa: “A arte moderna entra agora numa fase irremediável de pura invenção e experiência, que arrebenta com os gêneros tradicionais”.
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