MÁRCIA THEÓPHILO 
                       
                            La poesia di Márcia Tjheóphilo ci viene  da altrove, dal mondo mitico  dell´Amazzonia ma attaverso una lingua eruopea, Il portoghese del Brasile. I  testi di Márcia sono tessuti con segni, misure e musica d´Europa, ma nel loro  cuoreè racchiuso Il rovescio di questi segni: un sogno mitico diverso dal  sognare e dal mitologizzare dei popoli boreali. Questo sogno per significare la  sua diversità si serve di una língua altrettanto antica, ma di un´altra  civilità. I segni, le misure e la musica e Il loro rovescio formano cosi uma  congiunzione paradossale. Armando Gnisci 
                              
                    TEXTOS EM PORTUGUÊS     /    EN ITALIANO 
                     
                    
                     
            De  
                            IO CANTO  L´AMMAZONIA 
                              con uno scritto di 
                              Rafael Alberti 
                        Roma Edizioni dell´Elefante, 1992 
                        ISBN 88 7176 012.3 
                        
                       Quando começo o meu canto 
                             
                        Quando começo o meu canto 
  ninguém sabe o o que vem atrás 
                        cavalos, raposas 
                        pedaços de metais 
                        quebrantes 
                        montanhas de areia 
   
                        repousa vai, tu precisas 
                        sonhar te cansa demais 
   
                        1973 
                        
                      IURUPARI 
                             
                        Iurupari deus do sonho 
                        os sonhos povoam nossa mentes 
   
                        não são irrealidades que a nossa fantasia inventa 
                        são concretos e têm cores 
                        os sonhos nos aterrorizam 
                        os sonhos nos deixam felizes 
                        nos ensinam a viver 
                        brincam com a gente 
                        nos atormentam 
                        nos mostram caminhos 
                        os sonhos abrem portas 
           e  nós vamos por terras desconhecidas 
                        Iurupari 
           Iurupari 
   
                        quero voar nas asas de Iurupari. 
   
                        1979 
                       
                      A VISÃO DE IURUPARI 
                             
                        Durma sem lágrimas Ubirajara 
                        mas o amante continuava triste. 
   
                        Os amantes foram vistos unidos em vôo. 
   
                        A Amazonas ressoando os maracás e batendo fortes palmas 
                        procuram afastar de seus olhos a visão de Iurupari 
                        que foge na luz da manhã. 
   
                        Evocam a madrugada para que o dia chegue 
                        e afaste os sonhos. 
   
                        O IURUPARI 
   
           O IURUPARI 
                      1979 
                       
                             
                            SONHO AZUL 
                             
                        Voa gavião, leva meus olhos com as tuas asas 
                        e mostra-me onde mora o deus jaguar 
                        No sonho azul celeste, que abraça a terra 
                        no sonho sereno em alto 
                        que somente os pássaros acolhe. 
                        Eu quero ver o deus jaguar. 
   
                        Um pássaro verdadeiro atravessa o céu 
                        ou é um pássaro de metal 
                        que voa por longas distâncias 
                        e por onde voa o nosso pensamento? 
                      1981 
                        
                      FESTA DA LUA NOVA 
                      Não escutas as músicas que  se expandem no alto? 
                        Todos cantam e bailam sem parar. 
                        Invocam a lua nova. 
                        Por quatro dias dançando 
                        com o corpo pintado de um vermelho vivo. 
   
                        Para a festa da lua 
                        os dançarinos vão à casa das máscaras. 
                        Vestem-se de animais e troncos de árvores. 
                        Depois, na praça da aldeia, 
                        todos cantam e contam: seus ódios, seus amores. 
   
                        1984 
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                      EN ITALIANO 
                      Traduzione  italiana di Márcia Theóphilo e Elio  
                        
                      De  
                            IO CANTO  L´AMMAZONIA 
                              con uno scritto di 
                              Rafael Alberti 
                        Roma Edizioni dell´Elefante, 1992 
                        ISBN 88 7176 012.3 
                        
                      Quando comincio a cantare 
                             
                        Quando comincio a cantare 
                        nessuno as quel che segue 
                        cavalli, volpi 
                        metalli 
  íetre 
                        incantesimi 
                        montagne di sabbia 
   
                        va a riposare, ne hai bisogno, 
                        sognare ti stanca troppo. 
                      1973 
                        
                      IURUPARI 
                        
                      Iurupari dio del sogno 
                        i sogni che sono dentro di noi 
                        non sono invenzioni della nostra fantasia 
                        sono concreti 
                        hanno colori 
                        i sogni ci atteriscono 
                        i sogni ci fanno felici 
                        ci insegnano a vivere 
                        giocono com noi 
                        ci tormentano 
                        ci indicano i percorsi 
           e  noi voliamo per terre sconosciute 
                        Iurupari 
           Iurupari 
                        
                      Voglio volare sulle ali di  Iurupari. 
                      1979 
                        
                      LA VISIONE DELLO URUAPARÌ 
                             
                        Dorma senza lacrime Ubirajara 
                        ma l´amante ancora è triste 
   
                        Gli amanti furono visti in volo uniti. 
   
                        Le Amazzoni scuotendo le maracas, 
                      e battendo a ritmo le  palme 
                        di alllontanare cercano dagli occhi 
                        la visione dello Iuruparì che fugge all aluce del giorno. 
   
                        Evocare l´alba perché il giorno arrivi 
                        e allontani i sogni. 
   
                        LO IURUPARÌ 
                       
                               LO IURUPARÌ 
                             
                        1979 
   
   
   
  SOGNO AZURRO 
   
                        Aquila, vola, porta i miei occhi sulle tue ali 
                        mostrami dove si trova il dio giaguaro. 
                        Nel sogno azzurro celeste, che abbraccia la terra, 
                        nel sogno sereno ed alto 
                        Che solo gli ucelli accoglie. 
                        Io voglio vedere il dio giaguaro. 
   
  È un vero uccello che attaversa il cielo 
                        o um ucello di metallo 
                        che vola per lunghe distanze 
                        e dove vola Il nostro pensiero? 
   
                        1981 
   
   
    FESTA DELLA LUNA NUOVA 
   
                        Nono di le musiche che si spandono in alto? 
                        Tutti cantano e ballano senza fermarsi. 
                        Invocano la luna nuova. 
                        Quattro giorni di danza 
                        con il corpo dipinto di rosso vermiglio. 
   
                        Per la festa della luna 
                        i danzatori vanno nella casa delle Maschere, 
                        si travestono da animali e da tronchi d´albero. 
                        Poi, nella piazza del villaggio, 
                        tutti cantano e raccontano gli odi e gli amori. 
                        
                        
                      
                        
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                      THEÓPHILO, Márcia.  O Rio  O Pássaro  As Nuvens.  Il Fiume   L´Ucello  Le Nuvole.  Opere di Aldo Turchiaro.  Roma: Rossi & Spera Editori, 1987.   60 p.   16X22 cm. La traduzioni sono state curate de Mercedes La Valle, Elio  Pecora, Antonella Cammisa e Carla Masella.“ Márcia Theóphilo “  Ex. bibl. Antonio Miranda.  
                        
                      COBRA GRANDE 
                        
                      A noite era uma sombra pousada no fundo dos rios  
                      no fundo dos lagos  
                      no fundo dos mares 
                        
                      Cobra Grande tinha uma filha enamorada de um jovem guerreiro. 
                      — Vamos dormir — disse a jovem 
                      — Somente quando a noite chegar. 
                      — Não existe noite, existe somente o dia. 
                      — A noite existe: Cobra Grande minha mãe  
                      a tem guardada no fundo das águas. 
                        
                      O jovem chamou três curumins e encarregou-os de buscar a noite. 
                      Quando chegaram à casa de Cobra-Grande os curumins, 
                      ela lhes entregou a noite bem fechada dentro de um coco tucumã. 
                      — Aqui está, levai-o, mas não se deve abrir senão tudo se  perderá.  
                      Do coco tucumã se ouviam rumores: 
                      teleco teco, teleco teco, squindô, ziriguidum,  
                      ten ten xiuí xiuí. 
                        
                      Era o barulho da noite. 
                      — Vejamos o que será este rumor? 
                      — Não, não senão nos perderemos. 
                      — Vamos embora rápido, rema. 
                      Eles continuaram a escutar 
                      — Não abram, senão tudo se perderá. 
                        
                        
                        
                      COBRA GRANDE 
                        
                      La notte era un'ombra posata sul  fondo dei fiumi 
                      sul fondo dei laghi 
                      sul fondo dei mari 
                      Cobra-grande una figlia aveva, con  un giovane guerriero viveva 
                      - Andiamo a dormire, disse il  giovane 
                      - No, soltanto se arriverà la notte. 
                      - Ma non c'è notte, esiste solo il  giorno 
                      - La notte esiste. Cobra-grande, mia  madre  
                        la tiene in serbo sul fondo delle acque. 
                        
                      E il giovane chiamò tré  "curumins" e ordinò loro di cercarla 
                      Quando giunsero a casa di  Cobra-grande 
                      Questa dette loro la notte ben  chiusa dentro un cocco tucumà 
                      - È qui, prendete, non si può aprire  altrimenti le cose 
                      Tutte si perderanno 
                      Dentro il cocco tucumà, s'udivano  rumori: 
                      teleco teco, teleco teco, squindò  ziriguidum  
                      ten ten xiui xiui 
                        
                      Era il rumore della notte. 
                      - Vediamo che cos'è questo rumore? 
                      - Mai, mai, sennò ci perderemo. 
                      - Andiamo via, subito. Rema. 
                        
                    Continuarono a ascoltare. 
                      - Non apriamo, sennò tutto si  perderà.  
                        
  
                      Página  publicada em janeiro de 2009; ampliada e republicada em junho de 2015. 
                    
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