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CLÁUDIO MANUEL DA COSTA

 

 

Em boa hora, a Editora Giordono, em sua Coleção Memória, nos brindou com a publicação da Lírica Italiana do poeta Cláudio Manuel da Costa. Esparsa em edições, agora reunida e traduzida ao português pelo Prof. Pedro Garcez Ghirardi. E é o próprio Ghirardi que nos informa:

“Embora vastíssima a bibliografia sobre o poeta, sua obra em língua italiana continua pouco acessível e menos estudada. Reedição recente dessa obra, sem tradução, encontra-se em A Poesia dos Inconfidentes (Rio de Janeiro,

Nova Aguilar, 1996), à qual se remete o leitor para maiores indicações bibliográficas. Os sonetos italianos de Cláudio (mas não o restante de sua lírica nesse idioma), foram há pouco reproduzidos, também sem tradução, pela editora Nova Fronteira (Cláudio Manuel da Costa, Sonetos, 1997).

 

São escassos, para não dizer inexistentes, os trabalhos específicos sobre a poesia italiana de Cláudio. Boas indicações a esse respeito acham-se em histórias literárias, antologias e ensaios, desde o Florilégio de Varnhagen, passando pelo estudo de João Ribeiro em sua edição do poeta, até a Formação da Literatura Brasileira de António Cândido e a História Concisa da Literatura Brasileira de Alfredo Bosi.

 

Importante, mesmo para a lírica italiana, é o texto dedicado a Cláudio por Sérgio Buarque de Holanda, nos Capítulos de Literatura Colonial, organizados por Antonio Cândido (São Paulo, Brasiliense, 1991). Sempre útil para o estudo da obra italiana do poeta (embora a ela não especificamente dedicado) é o trabalho de Carla Inama, Metastasio e i poeti arcadi brasiliani (São Paulo, FFCL-USP, 1961).”  

 

São 19 poemas, dos quais adiantamos dois nesta resenha, convidando os estudiosos para a edição – extremamente recomendável – citada em seguida:

 

 

COSTA, Claudio Manuel da. Lírica italiana. Introdução, tradução e notas Pedro Garcez Ghirardi. São Paulo: Editora Giordano, 1998.  83 p. (Coleção Memória, 8)  12,5x19 cm.  ISBN 85-86084-04-2  “As ilustrações da capa e do interior do livro reproduzem paisagens de Mariana e são da autoria do artista plástico Manilo Moretto.”  Col. A.M. 

 

 

10  (XCIII)

 

Dolci parole, or piú non siete quelle:

Nice, a cui piacqui un giomo, or me deride;

E le pupille sue, un tempo fide,

Or sono a danni miei harhare stelle.

 

Píú costante, che inconlro alie procelle

Scoglio, che urtano i venti e le onde infide,

Quanto piú col rigor crudel m'uccide,

Tanto ardo piú per le sue luci belle.

 

Quell'ira sua, cred' io, del amor mio

Alimento é tal volta, e dell' impuro

Per struggermi a suoi rai, nov' arti anch' ío.

 

Pur non veggo 'l Destin, com mé si avaro,

Se del tuo sdegno a stimol cosi rio

Sento l' incendio, Amor, esser píú chiaro.

 

 

10 [93]

 

Doces palavras, não sois mais aquelas:

Nize desdenha aquele a quem queria,

Seus olhos, que me foram fiéis um dia,

Contra mim já são bárbaras estrelas.

Qual penedo, que diante das procelas,

Constante, ondas e ventos desafia,

Por mais que a cruel me deixe em agonia,

Mais amo a luz de suas pupilas belas.

Meu amor cresce e aprende co'o ódio seu:

Pelas trêfegas artes que me ensina

Alcançar-lhe os olhares já sei eu.

Não foi comigo, não, avara a sina,

Pois teu desdém, Amor, que me ofendeu

É incêndio que me aquece e me ilumina.

 

 

11 [XCIV]

 

Nori lasciarmi, crudel; quella, ch'io rendo

Victima voluntária del mio cuore

É ben degna di te, se pur l'amore

Se pur il premio tuo non ti contendo.

 

Io senza speme a la tua luce attendo,

Come Clicie talor: se dei maggiore

Planeta ogn' un adora lo splendore

Senza ch' il raggio l'urte, 'l vá sieguendo.

 

Ma tu fuggi, crudel! Ah! non son io

Inteso a divorarti, o mostro, o fíera;

Placarti voglio con il pianto mio.

 

Se pur muoverti ancor l'alma non spera,

Questo, barbara (oimè!) questo desio

Pera, ma innanzi a tuoi bell' occhi pera.

 

 

11 [94]

 

Não me deixes, cruel! Pois te ofereço

Por vítima este peito adorador,

Sacrifício de ti merecedor,

Inda que amor em prêmio não te peço.

 

Nada espero, mas nunca me despeço

De tua luz, que é a luz do astro maior.

Como Clície, eu lhe sigo o resplendor;

De adorar-lhe o clarão nunca me esqueço.

 

Mas tu, bárbara, foges! Não sou eu

Quem queira devorar-te, monstro ou fera;

Abrandar-te é o que espera o pranto meu.

 

Mas se nada aplacar-te, cruel, pudera,

Diga-se que este amante pereceu

Sob o olhar que minh'alma inda venera.]

 

Clície [Clicie]: enamorada do Sol, seguia-o com o olhar até

ser transformada em girassol.

 

 

Extraído de

 

MIRAGLIA, TolentinoPiccola Antologia poetica brasiliana.  Versioni.  São Paulo: Livraria Nobel, 1955.  164 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

S O N E T T O

 

 

Di queste roccie fece la natura
La culla dove nacqui, Chi pensava
Che, tra pietre si dure, si creava
Un'anima si tenera e si pura ?

 

L'amor, che pur la tigre rende schiava,
Mi dominó e fece l’urditura,
Contra il mio cuore, d'una guerra dura,

E non mi fu fortezza l’alma brava.

 

E ben ch'io stesso conoscessi il danno,
Perchè la vita alia bontà s'inchina,
Ciammai potei fuggir al cieco inganno !

 

E voi, con la durezza che si ostina,
Tremete, roccie, che l’amor tiranno,
Ov'è piú resistenza, piu si affina.

 

 

 

 

 

 
 
 
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