MARIZE CASTRO
FENECER
Feneço na ausência
dos homens cor de bronze
do prepúcio de púrpura.
Quem me lapidou
esqueceu de me tirar
o veneno.
Ateio
fogo na minha própria
teia.
Como quem preserva fortalezas
corto minhas / alheias
veias.
Feneço, infinitamente
na presença dos homens
que têm grandes pés e nenhuma fé.
Que me rasgam a carne
e me sepultam em suas glandes.
Não fosse eu
uma pessoa de múltiplos escudos
viveria a vida toda
como um único vestido
de veludo.
TO PERISH
Translated by Steven White
I perish in the absence
of bronze-colored men
with purple foreskins.
The one who stoned me
forgot to throw me
the poison.
I set
fire to my own
torch.
Like someone protecting fortresses
I cut my own / foreign
veins.
I perish infinitely
in the presence of men
who have big feet and no faith.
Who tear my flesh
and bury me in their glands.
If I weren´t
a person of multiple shields
I´d like my entire life
in a single
velvet dress.
From: HELICOPTERO, V.3-4, 2000, Eugene, Oregon, EE.UU. (The newspapers directors are professors of the Romance Dept. Languages, University of Oregon.)
Página publicada em novembro de 2008 |