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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA INFANTIL / INFANTO-JUVENIL

MARÍA HELENA WALSH

MARÍA HELENA WALSH

Nasceu em Matanza, província de Buenos Aires, em 1930. Formou-se pela Escola Nacional de Belas Artes. Residiu quatro anos na Europa. Escreveu programas de TV para crianças e adultos; deu recitais interpretando canções de sua autoria. Recriou as vivências da infância em linguagem coloquial, incluindo o absurdo e o insólito. Seu primeiro livro, publicado aos 17 anos, recebeu elogios de Juan Ramón Jiménez. Alcançou maturidade expressiva com composições de tom infantil. O cotidiano, o lirismo e o humor conjugam-se numa dimensão nostálgica em obra de rara unidade, apesar da diversidade de expressão.

Obra para adultos: Otoño imperdonable (1947); Baladas con ángel (1951);

Casi milagro (1956); Hecho a mano (1965); Juguemos en el Mundo (1970);

Cancionero contra el Mal de Ojo (1977).

 

“Maria Helena Walsh é um dos ícones de minha juventude, desde que andei pela Argentina nos anos 60 do século passado . Na Venezuela onde, por certo, produzi um poema a pedido do Grupo de Teatro Rajatabla para uma cena inicial da montagem caraquenha da peça LA GRANADA, da celebra teatróloga e poeta argentina. O texto está disponível em:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_ilustrada/espanhol/la_granada.html
Ao encontrar as traduções de Helena Ferreira, publicadas na antologia POESIA ARGENTINA lançada em 1990 pela editora Iluminuras, de São Paulo, fiquei eufórico e arrisquei a ousadia de reproduzi-la em nosso Portal de Poesia, pedindo compreensão do editor, na certeza de que a internet não inibe – ao contrário, promove — a aquisição de livros, haja visto o crescimento exponencial das vendas pela web e o florescimento de sebos eletrônicos...  É importante promover autores e obras que acabam sendo incorporados nos curricula das faculdades e escolas, promovendo a leitura de sítios e blogs, mas também visitas às bibliotecas e ás livrarias, numa rede de relacionamentos que vai do virtual aos contatos pessoais, aos eventos literários, a toda sorte de compartilhamento de conhecimentos e emoções.”  Antonio Miranda

Poemas extraídos de POESIA ARGENTINA 1940-1960.  Seleção, prefácio e tradução de Bella Jozef. [São Paulo: Iluminuras, 1990] Em colaboração com o Instituto Cultural Brasil-Argentina da Embaixada da Argentina no Brasil.

TEXTOS EN ESPAÑOL    /   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

LA VACA ESTUDIOSA

 

Había una vez una vaca

eu la Quebrada de Humahuaca.

 

Como era muy vieja muy vieja

estaba sorda de una oreja.

 

Y a pesar de que ya era abuela

un día quiso ir a la escuela.

 

Se puso unos zapatos rojos,

guantes de tul y un par de anteojos.

 

La vio la maestra asustada

y dijo: — Estás equivocada.

 

Y la vaca le respondió:

— ¿Por qué no puedo estudiar yo?

 

La vaca, vestida de blanco,

                               se acomodo en el primer banco.

 

Los chicos tirábamos tiza

y nos moríamos de risa.

 

La gente se fue muy curiosa

a ver a la vaca estudiosa.

 

La gente llegaba en camiones,

en bicicletas y en aviones.

 

Y como el bochinche aumentaba,

en la escuela nadie estudiaba.

 

La vaca, de pie en un rincón,

rumiaba sola la lección.

 

Un día, toditos los chicos

nos convertimos en borricos.

 

Y en ese lugar de Humahuaca

la única sabía fue Ia vaca.

 

 

                       (El Reino del Revés) 

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

A VACA ESTUDIOSA

 

          Tradução de Helena Ferreira

 

E era uma vez uma vaca

na Quebrada de Humahuaca.

 

Como era bem velha, bem velha

estava surda de uma orelha.

 

E embora já sendo avó

quis um dia entrar para a escola.

 

Uns sapatos vermelhos calçou,

finas luvas, óculos usou.

 

A mestra a viu apavorada

e disse: — Estás equivocada.

 

E a vaca lhe respondeu:

—Porque não posso estudar eu?

 

A vaca, vestida de branco,

sentou-se no primeiro banco.

 

Atiravam-lhe giz os meninos,

não mais podiam conter o riso.

 

Veio gente muito curiosa

para ver a vaca estudiosa.

 

Gente chegava de caminhão,

de bicicleta, de avião.

 

E como o tumulto aumentava

na escola ninguém estudava

 

A vaca de pé em um rincão,

ruminava sozinha a lição.

 

Um dia, os tais menininhos

tornaram-se todos burrinhos.

 

E na Quebrada de Humahuaca

a única sábia era a vaca.

 

 

 

Página publicada em fevereiro de 2009

 

 

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